Algumas dúvidas frequentes sobre varizes.

Depilação à laser

Você já deve ter visto veias dilatadas e tortuosas visíveis a olho nu nas pernas de algumas pessoas. Essas são as chamadas varizes, um problema de saúde que pode acometer qualquer um, mas que se torna mais comum com o avanço da idade e com a presença de fatores de risco. Mas, afinal, o que são varizes? Quais são as causas e os sintomas? E o mais importante: existe tratamento? Neste artigo, vamos responder a essas e outras perguntas e mostrar que, embora as varizes sejam um problema estético bastante incômodo, elas podem ser tratadas com sucesso e sem grandes riscos à saúde. Além disso, vamos falar sobre a importância da atividade física na prevenção e tratamento das varizes. Se você quer saber mais sobre esse assunto, continue lendo!

Vamos direto ao assunto?

O que são varizes?

Varizes são veias dilatadas e tortuosas visíveis a olho nú nos membros inferiores. Se não tiver uma dessas características, não pode ser considerada uma veia varicosa.
 

Quais são as causas?

Dividimos as varizes em duas categorias, as primárias e as secundárias. As primárias são decorrentes da genética e da hereditariedade, enquanto que as secundárias ocorrem devido a alguma outra doença ou condição médica, como por exemplo uma trombose venosa prévia ou uma fístula arteriovenosa que é uma comunicação anormal entre as artérias e veias.
 

Quem pode sofrer com esse problema?

Todos estão sujeitos à essa doença, mas quanto mais fatores de risco, maior a probabilidade de ocorrer. Um fator importante, por exemplo, é a idade. Quanto mais idade, mais provável ter varizes. Crianças é bem mais raro, pois depende de alterações congênitas infrequentes.
 

E em qual idade?

As varizes primárias começam a aparecer mais frequentemente na 2 e na 3 década de vida, enquanto que as varizes secundárias iniciam mais tardiamente na vida, em torno da 5 década de vida.
 

Fatores genéticos estão ligados a elas?

Sim, muito, pois é um defeito genético mesenquimatoso. Veja que interessante, quando pai e mãe apresentam a doença, a chance do filho ou filha herdar é de 90%. Quando pai ou mãe têm varizes, o risco vai de 25% a 62%. Mas, mesmo quando nenhum dos dois têm varizes, ainda há uma chance de 20%.
 

Quais são os fatores de risco?

Os Fatores desencadeantes são Idade, Gravidez, Hormônios (anticoncepcional, reposição hormonal) e Obesidade. Profissão e  Alterações Posturais são fatores agravantes e o fator predisponente principal é a hereditariedade, encontrada em 84% dos casos.
 

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas são dor, cansaço e sensação de peso na perna. Algumas pessoas relatam um desconforto, ardor, prurido ou coceira, formigamento, inchaço e cãimbras. Obviamente, como as varizes são visíveis a olho nú, o fato de ver as veias varicosas também é um sintoma.
 

Existe tratamento?

Sim, existem vários tratamentos. É uma doença benigna e muito frequente, de modo que é um assunto muito estudado pela medicina atualmente. Os tratamentos visam a retirada ou fechamento das veias doentes. Infelizmente não há tratamento gênico. A genética continua influenciando nas veias que sobram. Normalmente não há um procedimento que resolve todo o problema venoso, frequentemente temos que criar uma estratégia de tratamento, que envolve alguns procedimentos.
 

Se sim, qual?

Costumo dividir em três categorias: tratamento clínico, escleroterapia e cirurgia. As diversas técnicas que existem encaixam sempre em uma delas.
O tratamento clínico consiste basicamente no uso da meia elástica. Os medicamentos orais são sintomáticos mas não resolvem o problema, enquanto pomadas e cremes tópicos também não passam de sintomáticos na sua maioria.
Escleroteapia é um conjunto de técnicas que visam o fechamento do vaso por intermédio da injeção de alguma substância, do uso do laser ou radiofrequência. Aqui existem escleroterapias muito potentes como a espuma de oxypolyethoxydodecane, que consegue fechar vasos grossos, mas com grandes riscos, e escleroterapias mais amenas, que fecham vasos finos e médios, mas com menos riscos. A escolha da técnica deve sempre ser feita em conjunto com cirurgião vascular habilitado. Esse é um procedimento exclusivamente médico, com potencial de causar danos como feridas, úlceras e manchas. Não arrisque fazendo com quem não é habilitado.
 
 

A atividade física tem alguma relação de melhora ou de evitar esse problema?

A atividade física é muito importante para evitar os fatores de risco como obesidade e além disso fortalece a musculatura da panturrilha, considerada o coração periférico, que bombeia o sangue de volta para cima.
 

O vídeo apresentado pelo Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, aborda dez tabus sobre o tratamento de varizes. Ele explica que, quando o tratamento é adequado e as veias doentes são retiradas, as varizes não voltam. Cada paciente tem um objetivo diferente para o tratamento, seja estético, dor ou inchaço, e é impossível comparar pacientes diretamente. O tempo de recuperação da cirurgia de varizes é minúsculo com as técnicas atuais de laser, microcirurgia, anestesia local e sedação. O tratamento das varizes pode diminuir manchas, principalmente quando não há ainda pigmentação na pele. O uso da meia elástica é necessário de forma terapêutica para tratar uma doença e profilática para evitar a progressão da doença. O tratamento das varizes é customizado para cada caso, e é importante passar em consulta com um cirurgião vascular para avaliar as melhores técnicas e tratamentos para cada paciente.

Olá, sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje vou falar sobre 10 (dez) tabus do tratamento de varizes. Primeiro deles: as varizes voltam? Já fiz um vídeo sobre o assunto. A resposta curta é não! Não voltam, se for feito o tratamento adequado e retirar as veias que estão doentes. Agora, tratamentos que são feitos de forma inadequada. As veias podem acabar voltando. O que pode acontecer é que veias que são normais hoje, podem, por causa da genética, acabar evoluindo e ficar doentes no futuro. O primeiro primeiro tabu varizes voltam? não não voltam. Segundo o tabu: “minha vizinha fez a cirurgia e não gostou do resultado, então não vou fazer!” Bom, é importantíssimo levantar essa questão, que um paciente não é igual ao outro e o objetivo de um paciente é diferente do objetivo de outro paciente. Então, varizes pode ter uma questão estética, pode ser uma questão de dor, pode ter uma questão de inchaço, e, talvez, uma pessoa esteja buscando estética, outra esteja buscando a melhora da dor. Em fases diferentes da doença. Ou numa fase em que tem pequenos vasinhos ou numa fase final, onde já tem manchas enormes. Então, é impossível comparar um paciente diretamente com outro paciente. A probabilidade de você ter uma vizinha com as varizes na mesma fase, na mesma situação, fazer o mesmo tratamento, com o mesmo resultado é muito baixa! Então, passem a avaliação com o seu cirurgião vascular, para ver qual é o melhor tratamento para você! Para o seu caso! E, discuta quais as várias possibilidades e quais resultados associados ao tratamento das pacientes que estão na sua fase, e com seu objetivo de tratamento. Terceiro tabu: cirurgia de varizes precisa de um tempo muito prolongado de recuperação. Não é verdade! Com as técnicas atuais de laser, micro cirurgia, anestesia local e sedação, o tempo de recuperação é minúsculo. Então, o paciente faz a cirurgia às 9 horas da manhã, meio-dia / uma hora já está indo embora para casa com o uso da meia elástica. Já voltando gradativamente à vida normal, as atividades normais. Em uma semana já está quase fazendo tudo o que fazia antes. Então, aquilo que acontecia antigamente de um mês / dois meses de repouso não existe mais. Ou se existe é para algumas determinadas técnicas mais antigas. Então converse com seu cirurgião vascular, entenda quais as técnicas que ele está utilizando, se ele está utilizando as técnicas minimamente invasivas: de laser, de radiofrequência que tem uma recuperação muito melhor e mais rápida e, se está fazendo a sedação com anestesia local onde a recuperação é melhor. Quarto tabu: as manchas que não somem. Quando a gente olha uma perna com varizes a gente vê manchas. Primeiro tem que entender o que são as manchas se elas são veias escuras por trás da pele que estão dando um aspecto mais escuro, ou se é a pele já manchada. Quando as veias estão deixando a pele mais escura, e essas veias são retiradas, e não há uma pigmentação da pele não há mancha então retirou a veia e esse local não vai ficar com uma mancha. Agora, se já havia uma mancha, já havia pigmentação no local, já tinha dermatite ocre, já tinham as complicações das varizes, a cirurgia das varizes eles pode até minimizar o impacto dessa coloração, mas, não vai fazer a mancha desaparecer. Depois é necessário um tratamento dermatológico pra aliviar essas manchas. Então, o tratamento das varizes vai diminuir essas manchas, principalmente quando não há ainda a pigmentação na pele. Tabu 5: A cirurgia vai causar manchas? Um pouquinho diferente do outro tabu. Então, você conhece alguém que fez uma cirurgia de varizes e ficou manchado depois. Bom, não é para causar. É uma das possíveis complicações da cirurgia, mas a gente faz de tudo para tentar evitar. Eu também não quero que manche a perna de ninguém. Agora, quando a gente retira a veia, pode haver um pequeno sangramento no local e formação de hematoma. Esse hematoma pode ter uma dificuldade para o corpo de reabsorver. No sangue há a hemossiderina, o ferro que acaba depositando no tecido gorduroso na pele. Essa hemossiderina é de difícil absorção então pode ficar uma mancha que leva um tempo pra desaparecer. As semanas, às vezes meses, mas não é o habitual, porque a gente faz várias técnicas para diminuir essa formação de hematomas e consequentemente a formação de manchas. E mesmo se ocorre, há também o tratamento. Tabu número 6: o laser é sempre melhor que outras técnicas? Não necessariamente, então o laser é uma excelente técnica, nós temos o laser tanto para a via transdérmica que é por fora da pele, quanto pela via endovenosa, que é por dentro da veia. Cada uma com uma utilização e indicação diferente. Mas algumas cirurgias, não há necessidade do laser. A micro-cirurgia de varizes por exemplo, são veias muito pequenininhos, onde a cirurgia tradicional, principalmente aqui no Brasil, Essa técnica foi desenvolvida aqui no Brasil, com pequenos furinhos essas veias são retiradas de forma minimamente invasiva e com resultados excelentes. Nesses casos, o laser endovenoso não tem nem como fazer, porque a fibra ótica é mais grossa do que a própria veia não dá para entrar dentro da veia. E o laser transdérmico pode ser uma possibilidade, mas pode ser necessário várias sessões, então, nesse caso a micro cirurgia que é uma técnica já tem mais idade, mas feita com os princípios atuais de sedação, anestesia local, uso de vasoconstritor para diminuir a formação de hematoma. Os resultados são excelentes! Então, o laser não é para todo mundo. O laser ele pode ser muito útil, mas às vezes ele não vai trazer grandes benefícios. Tabu número 7. “Eu tenho esses vasinhos que me incomodam. Já fiz um monte de aplicação e não melhora. Então não adianta tratar varizes.” É extremamente frequente encontrar pacientes que estão fazendo tratamento de vasinhos, não com cirurgiões vasculares, com outros profissionais, que não identificaram uma doença maior por trás e essa doença é a causa. Ela nutre esses vasinhos. De nada adianta fazer o tratamento desses vasinhos superficiais sem fazer o tratamento da doença originária. A causa de tudo isso. Então, por isso que é importante fazer o tratamento e a avaliação adequada com o cirurgião vascular. Se tiver uma doença por trás, trata-se essa doença já há algum benefício estético bem grande. Depois, pode fazer o tratamento final estético desses vasinhos da estético das teleangiectasias. Tabu número 8. “Fiz um exame de ultrassom e não mostrou nada”. Esse é o pior tabu de todos porque o exame de ultrassom não é igual em todos os locais. O exame de ultrassom ele é extremamente dependente de quem está fazendo. O que isso significa? o ultrassom é uma máquina, que, se a gente trocar a “pecinha”, a pessoa que está usando essa máquina, ele pode ser uma boa máquina de exame ou uma péssima máquina de exames. Então, eu vejo muito frequentemente aqui no consultório: pacientes que fazem exames que levaram, três /quatro /cinco minutos para ser realizado. E vem um exame normal. Isso não foi, com certeza absoluta, um exame bem feito. O exame, o mapeamento venoso, é um exame trabalhoso, onde todas as veias são analisadas, avaliadas para insuficiência, para a falha da válvula e pela dilatação. Tanto o sistema venoso superficial, quanto o venoso profundo. Quando a gente fala de um exame de ultrassom bem feito, avaliando todos os sistemas, no mínimo ele vai levar 20 minutos, podendo levar muito mais tempo do que isso. Então, quando a gente compara um exame feito por um laboratório rápido, na rotina, de maneira “linha de produção” é muito provável que ele tenha “comido bola”. Tabu número 9. Se fizer cirurgia de varizes vai ter trombose? Na verdade as varizes por si só podem causar trombose. Então, o não tratamento pode levar à formação tanto de tromboflebite, que é a trombose superficial, quanto a trombose de verdade ou trombose profunda. Então, o tratamento das varizes visa evitar / prevenir uma formação de trombos nas veias que seriam a trombose. Agora, a cirurgia pode desencadear a formação de uma trombose, principalmente, em quem tem fatores de risco associados, como, por exemplo, uma doença do sangue, uma trombofilia ou que já tiveram trombose anteriormente. Mas isso não impede de fazer um tratamento. A profilaxia pode ser realizada medicamentosa, de forma que mesmo pessoas com alto risco de trombose podem ter o tratamento de varizes feitos. Tabu número 10: O uso da meia elástica. Quem tem varizes vai ter que usar a meia elástica o resto da vida? A questão é que a meia elástica é usada para razões diferentes. Então a meia elástica ela pode ser usada de forma profilática, para evitar a doença. Ela pode ser usada de forma terapêutica, para tratar uma doença. Então, quando você tem varizes e não fez o tratamento cirúrgico, é necessário usar meia de forma terapêutica, onde o uso é muito mais rigoroso. Coloca de manhã, tirar à noite, todos os dias, para evitar a progressão da doença. Agora, quando a gente fala de uso profilático, quer dizer depois de uma cirurgia você tem a genética para desenvolver mais varizes. Então, vamos usar meia de forma profilática para evitar que isso aconteça. E tem o uso para prevenir a trombose. Para prevenir inchaço, tanto em avião, quanto em qualquer outro procedimento cirúrgico. E isso vai ser orientado pelo seu cirurgião vascular. Tabu bônus: Todos os tratamentos de varizes são iguais? Muito longe disso! Varizes, insuficiência venosa, vasinhos, reticulares, teleangiectasias. Tudo está dentro do mesmo saco da mesma doença. Cada um tem um tratamento diferente, e não só um tratamento, muitas vezes tem vários tratamentos para cada tipo dessas veias. A gente tem que ver o que é melhor para você. Essa avaliação que é o grande segredo. A gente tem que entender o que vai ser mais adequado para o seu caso. Por isso que é importante a avaliação pelo profissional que é o cirurgião vascular. Ele tendo todas as ferramentas à disposição, ele vai poder falar: “olha para essa veia e o melhor tratamento é esse, para essa outra o melhor tratamento é esse, mas também pode ser feito esse outro”. E nessa conversa a gente acaba chegando no tratamento customizado para o seu caso. Essa é mais uma das razões porque é impossível comparar um caso com outro como se fossem todos iguais. Então, passe em consulta com um cirurgião vascular, que tenha todas as ferramentas modernas à disposição, entre elas: o laser, radiofrequência, a espuma e tudo mais. Gostou do nosso vídeo? curta, compartilhe, clica no Sininho pra receber as notificações e até o próximo ano.

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