Anestesia pelo frio

Mulher sofrendo com o frio intenso do inverno, com expressão triste e desolada. Essa imagem ilustra o post "Anestesia pelo frio", que aborda os efeitos do clima gelado no corpo humano.

A anestesia quer dizer ausência de sensações. Existem diversas maneiras de alcançar isso.

A anestesia quer dizer ausência de sensações. Existem diversas maneiras de alcançar isso. Uma delas é com anestesia química, por meio de injeções ou medicamentos tópicos. O uso de métodos físicos, como a mudança da temperatura também alcança a desejada anestesia. Portanto a anestesia sem agulhas e sem medicamento já é possível. A anestesia proporciona ausência ou alívio da dor e outras sensações ao paciente que necessita realizar procedimentos médicos.

Existem muitos métodos anestésicos, usados para determinados procedimentos e cirurgias, como gases inalatórios, medicamentos orais, injetaveis e outros. Mas o que realmente assusta o paciente é que a anestesia local, usada em procedimentos de pequeno porte, com injeção de medicamento dói. Antes de causar o efeito desejado, causa um ardor, tolerável porém desagradável.

Hoje em dia existem métodos anestésicos compatíveis com procedimentos de pequeno porte, como a anestesia térmica, que, com a diminuição da temperatura local, causa uma anestesia mais fisiológica.

Neste vídeo, o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular, fala sobre os diferentes tipos de anestesia utilizados em tratamentos vasculares, especialmente no tratamento de varizes. Ele explica que existem quatro tipos de anestesia: anestesia geral, anestesia local, sedação e bloqueios, e que todos podem ser utilizados em tratamentos vasculares, dependendo do caso. O Dr. Amato detalha as vantagens e desvantagens de cada tipo de anestesia e explica que a técnica mais segura e com melhores resultados para 99% de seus pacientes é a sedação com anestesia local tumescente. Ele explica que já utilizou outras técnicas no passado, mas com a evolução das técnicas cirúrgicas, a sedação com anestesia local tumescente é a melhor opção para minimizar o trauma e a dor intraoperatória, permitindo que o paciente saia do hospital em poucas horas.

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje eu vou falar sobre esses tipos de anestesias utilizadas nos tratamentos vasculares, no tratamento de varizes por exemplo. Você vai entender até o final desse vídeo qual anestesia eu uso, o porquê e qual a melhor para sua saúde. A gente pode separar basicamente em quatro tipos de anestesia, então tem anestesia geral, tem as anestesias locais, tem a sedação e tem os bloqueios. Dentre essas quatro tipos de anestesia, todas elas podem ser utilizadas nos tratamentos vasculares. Agora qual que a gente utiliza, qual que é a vantagem e desvantagem de cada uma e também o que é cada uma delas. Então vou começar pela anestesia geral, aquela anestesia que todo mundo teme, vou ficar anestesiada de forma geral. Isso deve ser perigosíssimo! Anestesia geral, ela é uma anestesia que permite te colocar em um estado de sedação profunda, um estado onde você perde a consciência e há um controle da analgesia, da dor também. Então na anestesia geral é necessário dar o suporte ventilatório, o paciente não consegue respirar por si mesmo, então é necessário fazer a entubação. A anestesia geral, ela pode ser feita tanto de forma endovenosa por medicamentos na veia, como também por gases que são inalados. Na pesquisa geral perde-se a sensibilidade e todos os reflexos do corpo. É possível ter alguns algumas complicações como enjoo, náusea no pós-operatório, complicações mais graves como complicações cardíacas, complicações ventilatórias e uma parada cardíaca, uma parada respiratória são bem raras. Isso normalmente quando acontece, acontece em pacientes bem graves que já têm outras doenças ou que utilizam medicamentos ou drogas ilícitas, então por isso é muito importante sempre falar pro seu anestesista todos os medicamentos, drogas ilícitas, lícitas, tudo o que você usa pra ele saber se é possível ou não fazer esse tipo de anestesia no seu caso. Agora vão falar sobre os bloqueios, os bloqueios ocorrem quando a gente injeta um anestésico local em um nervo responsável por uma área do corpo. Então esse anestésico local ele vai bloquear toda a sensibilidade dessa área. Pode ser um bloqueio bem distal, um bloqueio por exemplo de um dedo, mas pode ser um bloqueio mais proximal, em que a gente consegue bloquear uma região inteira como um braço, como um membro inferior, como cintura para baixo. Dos bloqueios, nós temos esses bloqueios regionais, temos a raqui anestesia e temos a peledural. A raqui anestesia, ela é feita com uma agulha bem fininha no espaço epidural que é o espaço onde circula o líquido cefalorraquidiano que é o líquido que irriga o cérebro e é colocado nesse local um anestésico numa quantidade bem baixa, porque ele já está em contato direto com os nervos principais. Então a anestesia, ela vai atravessar todo esse espaço até chegar num espaço bem delicado que é o espaço epidural. Na raqui anestesia perde-se toda a sensibilidade da cintura para baixo e no abdômen baixo, no ventre inferior também. O maior risco da raqui anestesia é a cefaleia pós-raqui. Quando ocorre um furo um pouquinho maior ou há necessidade de perfurar algumas vezes mais para chegar nesse local importante, pode ocorrer o extravasamento desse líquido cefalorraquidiano que vai acabar causando uma cefaleia, uma dor de cabeça pós-raqui que é bem comum, mas pode acontecer quando acontece, ela é bem incômoda. Então por isso a cefaleia pós-raqui é algo que a gente tende a tentar evitar de tudo quanto é forma possível. Agora a pelidural é uma anestesia feita com uma agulha um pouquinho mais grossa. Essa agulha, ela vai chegar até um espaço anterior a esse espaço epidural. Então ela não entra em contato direto com com esse nervo, sendo necessário colocar mais anestésico nesse local, porque a gente coloca mais anestésico? Há um risco de intoxicação por esse anestésico, por isso é necessário um controle bem adequado da localização para ter a segurança da realização de uma pelidural. A vantagem da pelidural é que é possível colocar um cateter lá dentro, e aí a gente mantém a infusão desse anestésico pelo tempo que for necessário uma cirurgia. Agora se a gente tem uma cirurgia que a gente sabe exatamente o tempo que ela vai durar o tempo que vai ser necessário manter anestesiado, não é necessário um cateter, a gente pode usar uma técnica como a raqui anestesia, por exemplo, onde a gente vai colocar uma quantidade muito menor de anestésico e que tende a ser mais segura. Agora vou falar sobre a sedação, a sedação profunda e a anestesia geral, mas existem outros níveis de sedação. Existe a sedação consciente e sedação mínima, uma sedação moderada e aí sim a sedação profunda. A sedação consciente, é muito interessante, a sedação consciente aquela que a gente atinge com o óxido nitroso, o famoso gás do riso, por exemplo. Eu tenho um vídeo aqui no canal falando da técnica Annox que é a técnica que a gente mantém o paciente acordado numa sedação consciente e com um nível de dor muito, muito baixo. É uma técnica excelente para aplicação, para escleroterapia, para tratamento de vasinhos, por exemplo. Agora uma sedação mínima, uma sedação moderada, a gente consegue baixar esse nível de consciência, embora não resolva o problema da analgesia que é retirar a dor. Então uma sedação mínima ou uma sedação moderada pode ser necessário acrescentar um outro tipo anestésico, como por exemplo, um anestésico local. Todo paciente que está em anestesia geral, ele está em uma sedação profunda, mas nem todo paciente que está em uma sedação está em anestesia geral. Quanto maior o nível de sedação maior, mais vai ser necessário um suporte ventilatório, então uma sedação mínima muitas vezes nem é necessário esse suporte. O interessante da sedação é que não há um efeito ruim no coração, um efeito cardiovascular ruim. Então é uma técnica muito segura embora a analgesia seja baixa. Existe finalmente a anestesia local, a anestesia local é aquela que a gente atinge colocando o anestésico exatamente onde vai ocorrer a cirurgia, o anestésico local, ele pode ser feito dessa forma direta ou pode ser feito também da forma intumescente. A forma intumescente é quando a gente pega um pouquinho de anestésico e dilui numa quantidade enorme de líquido, então esse anestésico fica bem diluído. A vantagem da técnica intumescente é que a gente consegue colocar uma quantidade maior de anestésico, diminuindo drasticamente os riscos de intoxicação por esse anestésico. Então agora você deve estar perguntando qual é a técnica que eu escolho para os meus pacientes. Então vamos falar de uma cirurgia vascular de varizes, eu já utilizei todas essas técnicas anestésicas nos meus pacientes em momentos diferentes da minha vida, quando era recém formado e com o passar dos anos a gente vai escolhendo aquela que a gente se adapta melhor e que, obviamente, que traz melhores resultados para o paciente. Hoje em dia a técnica que eu considero a mais segura e que traz melhores resultados é que eu aplico para 99% dos meus pacientes é a sedação com anestesia local tumescente. A anestesia local tumescente me permite dar um grau perfeito de analgesia, então o paciente não vai sentir nada e a sedação num nível mínimo, moderado, me permite manter o paciente dormindo sem o incômodo da movimentação da cirurgia, mas de uma forma perfeitamente segura do ponto de vista cardiovascular. Mas eu tenho que falar que já fiz a raqui anestesia no passado, já fiz a pelidural no passado, já fizemos anestesia geral no passado nos pacientes que precisaram de cirurgia de varizes, mas agora com a cirurgia com um laser que minimiza muito o trauma, minimiza muito a dor intra operatória. A gente consegue aplicar todas essas técnicas, a gente consegue aplicar a sedação e a anestesia local de uma forma muito mais segura, de forma que o paciente entra para fazer a cirurgia às 9 horas da manhã, lá pelo meio dia, uma hora já está indo pra casa com as pernas mexendo e isso diminui também drasticamente o risco de uma trombose. Gostou do nosso vídeo? Assine nosso canal, clica lá no sininho pra receber as notificações e até o próximo!

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