Apresentação:
A você paciente, nossos cumprimentos. Se está lendo este pequeno texto, isto significa que em breve fará uma consulta com um cirurgião vascular relacionado à Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – uma das maiores sociedades da especialidade em todo o mundo – filiada a Regional do Estado de São Paulo.
Neste vídeo, o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular, explica sobre aneurismas, que são dilatações das artérias que podem ocorrer em qualquer parte do corpo. Ele destaca o aneurisma da aorta abdominal, que pode ser prevenido através de tratamento de outras doenças e estilo de vida adequado. Os fatores de risco incluem tabagismo, pressão arterial alta e histórico familiar. O Dr. Amato enfatiza que o aneurisma é uma doença silenciosa, que pode levar à morte se romper, mas que pode ser identificada através de rastreamento em pessoas com maior risco, como aquelas com mais de 50 anos de idade. Ele recomenda que os tabagistas parem de fumar e que todos controlem a pressão arterial, façam tratamento e dieta adequados e visitem um cirurgião vascular para rastreamento.
Olá, sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje nós vamos falar sobre aneurismas. Os aneurismas são dilatações das artérias, ou seja, as artérias que são tubos que levam o sangue para os órgãos e para a periferia, quando a parede desse tubo fica doente ela pode acabar se delatando formando os aneurismas. Os aneurismas podem ocorrer em qualquer artéria do organismo, desde dentro da nossa cabeça nas artérias cerebrais, como em qualquer artéria do nosso organismo.
Nós falamos comumente do aneurisma da aorta abdominal, porque a aorta é nossa maior artéria, é das artérias principais que distribui o sangue para todo nosso organismo e costuma ser o aneurisma mais frequente. O aneurisma da aorta abdominal, ele tem uma relação com a doença aterosclerótica e é uma doença que pode ser prevenida tratando de outras comorbidades outras doenças e tendo um estilo de vida adequado.
Então, vamos lá, tem vários fatores de risco entre eles o tabagismo o fumo é o pior então quem fuma tem o risco muito maior de desenvolver o aneurisma da aorta abdominal. Outro fator muito importante é a pressão arterial então tem quem tem hipertensão, quem tem pressão alta está sujeito a ter o aneurisma da aorta abdominal. Além disso, a genética então se você tem na família alguém que teve aneurisma, deve ser investigado você deve se submeter a um rastreamento para verificar se tem ou não tem, se pode ser tratado clinicamente, se não pode.
E por que a gente fala tanto do aneurisma? Porque é uma doença silenciosa, que não necessariamente vai trazer sintomas, o sintoma pode ser a sua ruptura pode ser o fato dele romper e quando rompe o risco de morte é muito alto então a gente tenta evitar. Essa é uma das doenças que a civilização, que a modernidade nos trouxe uma grande vantagem, que é poder identificar cedo, é uma das doenças que não trazia sintoma nenhum no passado e a pessoa morria e só ia ficar sabendo depois então, hoje em dia é possível fazer o rastreamento, a gente pode pegar o grupo de pessoas que têm um risco maior de ter aneurisma, fazer os exames necessários e verificar se tem ou não tem essa possibilidade.
Então vamos lá, quem são as pessoas que estão mais sujeitas. São as pessoas de mais idade então 50, 60 anos para cima tem que começar a se preocupar, as mulheres normalmente estão protegidas durante a fase hormonal então elas começam a ter os aneurismas mais tardiamente, apesar disso nas mulheres os aneurismas tem um risco maior de romper então tem que se preocupar, os tabagistas então vai ai a primeira dica, não fumar, não fumar, não fumar, não tenho como repetir tantas vezes quanto necessário a importância do fumo, controlar a pressão arterial, fazer tratamento, dieta, tudo para evitar a doença aterosclerótica e visitar o cirurgião vascular para fazer o
Vamos direto ao assunto…
Introdução:
A Aorta é a maior artéria do nosso corpo, recebe todo o sangue que o coração bombeia a cada batimento e o distribui para todos os órgãos e tecidos do nosso corpo. Daí a sua importância. Para isto, entretanto este órgão precisa se acomodar a uma grande pressão e inúmeras forças que agem em seu interior.
Instalação da doença:
Após longos anos recebendo essa pressão, a aorta pode se fragilizar e ocorrer mudanças em sua estrutura, vindo a se dilatar. Quando esse aumento do diâmetro é superior a metade do tamanho normal ou esperado para aquela determinada região, isto é chamado aneurisma. Ocorre geralmente após os 50 anos e está muito ligado à outros problemas de saúde como a hipertensão arterial, o tabagismo e também existe um componente familiar muito importante. Irmãos ou filhos de portadores desta doença tem um risco oito vezes maior de desenvolvê-la.
O primeiro grande problema reside no fato da dilatação da aorta ser acompanhada de um enfraquecimento de sua estrutura, o que juntamente e com à alta pressão interna, aumento o risco de uma ruptura. Nesse caso, o sangramento geralmente é muito grande. Oito em cada dez pacientes com uma ruptura da aorta não sobrevivem devido ao sangramento interno. Uma parte da aorta, seu início, está localizada no tórax, e sua porção mais distal no abdome. A grande maioria dos aneurismas da aorta ocorre na sua porção abdominal.
Diagnóstico:
O segundo problema consiste no fato do aneurisma se instalar silenciosamente, não apresentando sintomas até geralmente estar muito grande. O diagnóstico costuma ser ao acaso, durante o exame abdominal realizado por um médico devido a outros motivos (consulta de rotina, check-up) ou em consequência de um exame de imagem (ultrassom, tomografia ou ressonância) solicitado para investigação de outras doenças. Alguns fatores podem dificultar a identificação de um aumento da aorta no exame físico, o mais frequente destes é o excesso de peso. Uma vez feita a suspeita de um aneurisma, um exame de imagem específico se faz mandatório. O ultrassom abdominal (que pode incluir o Doppler) geralmente é suficiente para confirmar ou descartar a presença da dilatação na aorta, fornecendo os dados principais como diâmetro e extensão do aneurisma no abdome. Quando o aneurisma for grande ou extenso demais, geralmente exames com maior grau de definição como a angiotomografia ou a angiorressonância podem fornecer mais detalhes que terão grande relevância na decisão e planejamento de uma eventual correção dessa doença.
Qual o tratamento do AAA?
O tratamento do aneurisma da aorta depende de alguns aspectos, mas o principal é o seu diâmetro no ponto de maior dilatação. De fora geral, no sexo masculino um diâmetro maior que 5,5 cm e no feminino maior que 5,0 cm indicam a necessidade da eliminação desse aneurisma. Aneurismas menores que 4 cm, de forma geral, podem ser apenas vigiados por meio de um ultrassom abdominal anual ou semestral, por terem um risco de ruptura mais baixo. Faz parte do acompanhamento clínico dos portadores de aneurismas pequenos o controle dos fatores de risco como a hipertensão, o tabagismo e os níveis elevados de colesterol que podem de alguma forma interferir, acelerando o crescimento e aumentando o risco de ruptura do aneurisma. A correção de um aneurisma não é isenta de complicações – 1 a 6% dos pacientes podem apresentar problemas graves durante o procedimento de correção e até morte. Os principais agravantes dessa situação são doença cardíaca prévia, mal funcionamento dos rins, doença pulmonar (que pode ser decorrente do cigarro) e a idade avançada. Entretanto como a mortalidade passa dos 80% no caso de uma ruptura, e acima dos diâmetros limite previamente citadas há uma chance maior de 40% ao ano de ruptura, é fácil perceber uma clara vantagem na realização dessa correção fora de uma situação de urgência. Essa correção pode ser feita basicamente de duas formas.
O método conhecido a mais tempo é a chamada cirurgia convencional, onde utilizando uma incisão abdominal (um corte na parede abdominal), faz-se a troca do segmento doente por uma prótese artificial. Como vantagens deste método, podemos citar a durabilidade no médio e longo prazo e a menor necessidade de vigilância do procedimento, A segunda forma de intervenção, mais recente, ocorre por via endovascular onde através do cateterismo das artérias femorais, coloca-se uma endoprótese que isola internamente o segmento da aorta doente, sem retirá-lo. Como vantagens, podemos observar uma recuperação mais rápida devido ao menor impacto inicial do procedimento que dispensa uma incisão cirúrgica. Ambas técnicas têm suas indicações e vantagens, bem como suas contraindicações e limitações técnicas. A utilização de uma ou outra é uma escolha extremamente particularizada, dependendo de uma série de características do aneurisma e do próprio doente.
Dica:
Se você tem parentes de primeiro grau com diagnóstico aneurisma da aorta ou tem mais de 60 anos e apresenta os fatores de risco citados, converse com seu vascular. Ele é um especialista que tem o conhecimento sobre técnicas de investigação e de tratamento dessa doença e pode, em conjunto com o paciente, definir a melhor forma de controlar esse problema. Os médicos associados à SBACV-SP têm acesso diferenciado a cursos de aperfeiçoamento profissional informação técnica e educação continuada.
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