Úlceras: causas e cuidados

Imaginem uma ferida que surge nas pernas, evoluindo de pequenas alterações na pele até chegar a uma lesão profunda e persistente. Por trás dessa aparente simplicidade, esconde-se um universo de complexidades vasculares, que impactam a vida de milhares de pessoas todos os dias. Neste artigo, abordaremos um problema comum, porém frequentemente mal compreendido: a úlcera venosa. Viajaremos pelas veias e artérias, explorando causas, sintomas, características e os melhores tratamentos. Prepare-se para entender como essas feridas se formam e como podemos preveni-las e curá-las. Sejam bem-vindos à jornada pelas intricadas veredas do sistema venoso!

Sumário

O que são úlceras venosas?

A úlcera venosa, frequentemente referida como úlcera varicosa ou úlcera de estase, é uma lesão que se forma na perna devido a problemas no retorno do sangue dos membros inferiores para o coração. Esta condição representa a fase mais grave e avançada da Insuficiência Venosa Crônica. Comumente, antes de uma úlcera venosa se desenvolver, a pele pode apresentar sinais crônicos como escurecimento (dermatite ocre), inflamação (eczema de estase) e endurecimento (lipodermatoesclerose). O tratamento se foca em melhorar o retorno venoso para o coração e aplicar curativos apropriados na ferida.

O que provoca a úlcera venosa?

A úlcera venosa, também conhecida como úlcera de estase, é uma complicação de longo prazo da insuficiência venosa crônica (IVC). A insuficiência venosa crônica é uma condição na qual as veias, especialmente as veias das pernas, não conseguem retornar o sangue adequadamente ao coração. As principais causas e fatores que levam à formação de úlceras venosas incluem:

  1. Refluxo Venoso: As veias das pernas possuem válvulas que ajudam a direcionar o sangue de volta ao coração. Se essas válvulas estiverem danificadas ou não funcionarem adequadamente, o sangue pode refluir e acumular-se nas veias, causando pressão elevada nas veias (hipertensão venosa). Esse acúmulo e pressão podem levar à formação de úlceras.

  2. Trombose Venosa Profunda (TVP): Um coágulo de sangue em uma das veias profundas da perna pode danificar a veia e afetar o fluxo sanguíneo. A TVP pode resultar em danos às válvulas venosas, levando à insuficiência venosa crônica e, potencialmente, à formação de úlceras venosas.

  3. Trauma: Qualquer lesão nas pernas, mesmo que seja menor, pode levar à formação de uma úlcera em pessoas que já têm insuficiência venosa.

  4. Edema: O acúmulo de líquido nas pernas pode causar inchaço (edema). O edema crônico pode contribuir para o desenvolvimento de úlceras venosas.

  5. Inflamação: A inflamação contínua das veias (flebite) pode contribuir para o desenvolvimento de úlceras venosas.

  6. Outros Fatores de Risco: Idade avançada, obesidade, histórico de TVP, gravidez, ficar em pé ou sentado por longos períodos e antecedentes familiares de úlceras venosas ou insuficiência venosa são fatores que podem aumentar o risco de desenvolver úlceras venosas.

É importante ressaltar que, enquanto a insuficiência venosa é a causa mais comum de úlceras na perna, existem outras causas de úlceras, como úlceras arteriais (devido à má circulação arterial), úlceras diabéticas, entre outras. Portanto, o diagnóstico adequado por um profissional de saúde é essencial para determinar a causa e o tratamento apropriado.

Quais as características da úlcera venosa?

A úlcera venosa, uma das complicações da insuficiência venosa crônica, possui características específicas que a diferenciam de outros tipos de úlceras. Estas são as características mais comuns das úlceras venosas:

1. Localização: Geralmente, ocorrem na face medial da perna, principalmente acima do tornozelo. Porém, podem aparecer em qualquer lugar da perna.

2. Aparência: As bordas da úlcera venosa são muitas vezes irregulares. O assoalho da úlcera pode ser vermelho, devido ao tecido de granulação, ou pode ter uma aparência branca devido à fibrina.

3. Dor: As úlceras venosas geralmente causam menos dor do que as arteriais, mas podem ser dolorosas, especialmente se estiverem infectadas.

4. Exsudato: Estas úlceras frequentemente produzem uma quantidade moderada a grande de exsudato (líquido que vaza da ferida).

5. Pele Circundante: A pele ao redor da úlcera pode estar inchada, endurecida e apresentar uma coloração escura ou acastanhada, condição conhecida como lipodermatoesclerose. Pode haver também uma erupção cutânea com coceira, chamada eczema de estase.

6. Tamanho e Profundidade: As úlceras venosas podem variar em tamanho e profundidade. Algumas podem ser superficiais, enquanto outras podem ser mais profundas, expondo a fáscia ou mesmo o tendão subjacente.

7. Presença de Varizes: Muitos pacientes com úlceras venosas apresentam varizes visíveis na mesma perna.

8. Edema: O inchaço é comum na área circundante, especialmente ao final do dia ou após longos períodos em pé.

9. Infecção: Embora a úlcera venosa possa estar colonizada por bactérias (o que é diferente de uma infecção), uma infecção verdadeira pode se desenvolver, levando a sintomas como aumento da dor, vermelhidão, calor, pus ou odor fétido.

10. Histórico: Muitos pacientes com úlceras venosas têm um histórico de episódios anteriores de úlceras, insuficiência venosa, edema de perna ou trombose venosa profunda.

Devido à sua aparência característica e localização, as úlceras venosas são muitas vezes distinguíveis de outros tipos de úlceras, como úlceras arteriais ou úlceras diabéticas. No entanto, um diagnóstico preciso, muitas vezes utilizando exames como ultrassonografia Doppler, é crucial para garantir o tratamento adequado. Se alguém suspeita de uma úlcera venosa, deve-se procurar avaliação e cuidados médicos especializados.

Quais os sintomas de úlcera venosa?

A úlcera venosa é uma consequência avançada da insuficiência venosa crônica. Os sintomas da úlcera venosa podem variar dependendo da severidade e da duração da lesão. A seguir estão os sintomas mais comuns associados a úlceras venosas:

  1. Ferida Aberta: A característica definidora de uma úlcera é uma ferida aberta que pode vazar fluido. Pode ter uma aparência vermelha e crua.

  2. Dor: A úlcera pode ser dolorosa, especialmente se estiver infectada ou em áreas onde a roupa ou sapatos a esfregam.

  3. Exsudato: As úlceras venosas muitas vezes produzem uma quantidade significativa de exsudato, um líquido claro ou amarelado que vaza da ferida.

  4. Pele Alterada: A pele ao redor da úlcera pode tornar-se dura, espessa e descolorida (muitas vezes uma cor castanha). Esta condição é conhecida como lipodermatoesclerose.

  5. Eczema de Estase: A pele ao redor da úlcera pode ficar vermelha, escamosa e com coceira.

  6. Edema: O inchaço (edema) é comum na perna afetada e pode ser mais pronunciado ao final do dia ou após longos períodos de permanência em pé.

  7. Calor e Vermelhidão: Se a úlcera estiver infectada, a área circundante pode tornar-se quente ao toque e visivelmente vermelha.

  8. Odor: Úlceras infectadas ou aquelas com tecido morto (necrótico) podem produzir um odor desagradável.

  9. Sensação de Peso: Muitos pacientes com insuficiência venosa e úlceras venosas descrevem uma sensação de peso ou fadiga nas pernas.

  10. Varizes Visíveis: As varizes, que são veias dilatadas e tortuosas, podem ser visíveis na perna afetada.

  11. Febre: Embora não seja comum apenas com a úlcera venosa, a febre pode indicar que a infecção se espalhou além da úlcera.

Estes são os sintomas associados diretamente às úlceras venosas. No entanto, a presença de uma úlcera venosa também pode ser um sinal de problemas venosos mais profundos, e a sua gestão adequada muitas vezes requer uma abordagem abrangente para tratar a insuficiência venosa subjacente. Se alguém suspeitar que tem uma úlcera venosa, é importante procurar avaliação e tratamento médico.

Qual o tratamento para úlcera venosa?

O tratamento da úlcera venosa busca melhorar o retorno do sangue ao coração e proporcionar cuidados adequados à ferida, buscando a cicatrização completa da mesma. Para abordar a causa raiz do problema, quando a úlcera é decorrente das varizes, os tratamentos possíveis incluem:

Cirurgia convencional: envolve a retirada da veia safena quando insuficiente e das veias varicosas.
Termoablação: pode ser feita com laser endovenoso ou radiofrequência, causando a queimadura da veia safena. Este procedimento não requer cortes e é guiado por ultrassom.
Aplicação de espuma: procedimento ambulatorial que tem ganhado popularidade para tratar úlceras venosas relacionadas a varizes. Ele não exige internação, anestesia ou procedimento cirúrgico.

Contudo, esses procedimentos não solucionam todos os problemas por si só. A combinação com tratamentos clínicos é vital:

Elevação das Pernas: É recomendado manter as pernas elevadas frequentemente para ajudar na drenagem do sangue.
Uso de meias de compressão: Essas meias auxiliam o retorno venoso ao coração. Existem diferentes modelos e tipos, e a escolha adequada deve ser indicada por um especialista.
Exercícios físicos: A panturrilha age como uma bomba auxiliando no retorno venoso. Assim, atividades físicas que envolvam esta região ajudam a otimizar a drenagem do sangue.

Em relação aos cuidados diretamente com a úlcera, o especialista avaliará a ferida para determinar o curativo mais apropriado, levando em consideração aspectos como quantidade de secreção, profundidade e estágio de cicatrização. Se a úlcera apresentar sinais de infecção, antibióticos serão prescritos. É essencial associar o curativo escolhido a uma terapia compressiva.

No vídeo, o Dr. Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, aborda os cuidados necessários com úlceras venosas. Ele explica que úlceras são feridas persistentes e, entre suas diversas causas, as de origem venosa são as mais comuns. Cada paciente e médico pode ter suas especificidades de cuidado, mas a limpeza da úlcera é fundamental para prevenir infecções. As úlceras venosas, geralmente, não causam dor significativa, o que facilita a limpeza. Uma técnica sugerida é usar uma seringa com soro fisiológico sob alta pressão para remover tecidos mortos. Uma alternativa simples, embora possivelmente menos eficaz, é lavar a úlcera sob um chuveiro, usando sabonete neutro e enxaguando bem. O Dr. Amato ressalta a importância de se consultar com um cirurgião vascular para esclarecer dúvidas e finaliza incentivando o público a interagir com suas mídias sociais.

Olá. Sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje eu vou falar sobre os cuidados locais com relação a úlceras venosas. Primeiro, úlceras são feridas de longa duração, de várias causas; as venosas simplesmente são as mais frequentes. As orientações podem variar de paciente pra paciente e também de médico pra médico. Mas basicamente com relação a úlcera venosa, o que que o paciente tem que fazer de cuidados locais. É manter a úlcera limpa, ela tem que ficar muito, muito, muito limpa pra evitar uma infecção. Então nós temos as úlceras infectadas, que são as que já estão com bactérias, já tem que, precisam de tratamento com antibiótico; e nós temos as úlceras que estão limpas, apesar de abertas, expostas ao meio exterior, elas estão sujeitas à infecção e o paciente tem que ter o cuidado próprio, cuidado local, pra evitar essa infecção. Então como que se faz, mantendo muito limpa essa ferida. Normalmente, a úlcera venosa não dói, quando ela dói, ela tem outro problema, pode tá infectada ou pode ser uma úlcera mista ou de outra causa. A úlcera venosa então normalmente por não ter uma questão dor muito forte, ela permite que seja feita uma limpeza adequada. Então, a limpeza sugerida em casa, é com uma seringa, aqui eu estou com uma seringa de dez ml, mas o ideal é uma seringa de vinte ml, e uma agulha vinte por doze, a gente faz o desbridamento mecânico com a colocação de soro sob alta pressão. Essa alta pressão do soro vai retirar o tecido morto, limpando essa ferida. Essa é uma maneira de fazer a limpeza da úlcera. Então com soro fisiológico injetado sob alta pressão nessa ferida, limpando da fibrina e tirando esse tecido inadequado. Agora, isso pode não ser fácil, pode não ser prático e uma maneira bem simples, pode não ser a melhor de todas, mas pode ser feita é a limpeza com chuveirinho, o próprio chuveiro de tomar banho, coloca água corrente em cima da ferida e deixa a água corrente limpar bastante essa ferida. E se for usar algum material, algum sabonete neutro pra limpeza, depois passar bastante água pra retirar qualquer resíduo que tenha sobrado. Então essa é a maneira de fazer a limpeza, os cuidados locais com as úlceras venosas, tire todas as suas dúvidas com o seu cirurgião vascular. Se você curtiu esse vídeo, vá nas nossas mídias sociais e dê uma curtida. Muito obrigado.

Úlceras são feridas de longas durações de várias causas, as venosas são as mais frequentes. As orientações podem variar conforme o paciente e o médico que estiver atendendo, mas basicamente os cuidados locais da úlcera venosa é deixa-la sempre limpa para evitar infecções. Assista ao vídeo e saiba mais com o Dr. Alexandre Amato (CRM 108.651).

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Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, discute a úlcera venosa e os cuidados necessários.

Definição: A úlcera venosa é uma ferida resultante de longos períodos de insuficiência venosa, podendo ser decorrente de uma trombose ou de fatores genéticos. Elas geralmente aparecem na parte interna da perna e têm bordas irregulares. Geralmente não são muito dolorosas, a menos que haja uma infecção ou uma doença arterial associada.

Diferença com a Úlcera Arterial: Úlceras arteriais têm bordas mais definidas, áreas de tecido morto e são mais dolorosas devido à isquemia.

Aspectos da Úlcera Venosa: Pode apresentar tecido de granulação (tecido vermelho), fibrina (tecido branco) e áreas necróticas (tecido morto).

Infecção: Uma infecção na úlcera pode se manifestar como pus, tecido amarelado ou esverdeado e odor pútrido. Diferencia-se entre feridas infectadas e colonizadas. A colonização é natural e não problemática, mas a infecção requer tratamento, muitas vezes com antibióticos sistêmicos.

Desbridamento: É a remoção do tecido desvitalizado. Pode ser químico (usando pomadas específicas), mecânico (com jato de soro) ou cirúrgico.

Cuidados com a Úlcera: A higiene é vital, utilizando soro fisiológico ou água corrente. A elevação da perna ajuda na cicatrização. Deve-se evitar antissépticos, pois podem atrasar a cicatrização. O uso de curativos deve evitar danos à pele e adesivos devem ser colocados em faixas, não diretamente na pele. Meias elásticas podem ser usadas sobre o curativo se indicadas pelo médico.

O vídeo enfatiza a importância de consultar um cirurgião vascular para avaliação e tratamento adequados da úlcera venosa. Dr. Amato encerra pedindo aos espectadores que se inscrevam no canal e compartilhem o vídeo.

Olá! Sou Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje eu vou falar sobre o úlcera venosa. Vou falar sobre os cuidados locais nas úlceras venosas são aquelas feridas desencadeadas por muito tempo de insuficiência venosa, de refluxo nas safenas ou no sistema venoso profundo que pode acontecer muito tempo depois de uma trombose ou pode acontecer também de forma primária por uma questão genética. As úlceras venosas, elas costumam ocorrer na face medial, ou seja, na parte de dentro da perna, elas têm bordas irregulares e podem ser pequenas, grandes. Elas não costumam doer muito quando, quando dói tem alguma coisa associada ou infecção ou uma doença arterial associada. Essas feridas, elas são de tratamento vascular. É necessário fazer o tratamento da causa da ferida, então aquela insuficiência venosa ou refluxo tem que ser tratado pelo cirurgião vascular. Mas a gente também tem que se preocupar com os cuidados locais que é isso que eu vou ensinar hoje. A úlcera venosa, ela é diferente das úlceras arteriais, as úlceras arteriais, elas têm normalmente uma borda mais bem delimitada. Existe áreas isquêmicas ou áreas de tecido morto. Não tem o tecido vermelhinho ou O sangramento e essas úlceras arteriais elas costumam ser bem doloridas, porque a isquemia, a falta de sangue e a falta de oxigênio no tecido realmente traz muita dor. Então nas úlceras venenosas a gente pode ter o tecido de granulação que é esse tecido vermelhinho que fica no meio da ferida. A gente pode ter fibrina que é um tecido branquinho e a gente pode ter áreas necrótricas, típicas de tecido desse desvitalizado, ou seja, tecido morto. Essas áreas pretas aqui de tecido morto, elas não têm como recuperar, não tem como o tecido voltar a viver. Então a gente precisa de alguma forma retirar isso, a fibrina também dificulta bastante a cicatrização. Agora também pode haver a infecção, a área de infecção pode ter saída de pus, pode ter um tecido mais amarelado ou mais esverdeado que é onde nascem as bactérias. Essa infecção pode trazer um odor pútrido, pode trazer um mau cheiro e isso é bem evidente. Essa infecção aqui pode sim trazer dor. Agora existe uma diferença muito grande entre uma ferida infectada de uma ferida colonizada. O que é isso? Se a gente pegar qualquer tecido nosso e colocar em uma Placa de Petri para ver se vai nascer a bactéria, vai nascer sempre. A gente vive cheio de bactéria em nossa pele, isso se chama colonização. Então se a gente pegar e passar um cotonete aqui e avaliar se está nascendo bactéria, sempre vai nascer, mesmo que esteja ou não esteja infectado. Então só o exame de cultura dessa ferida não é o suficiente para dizer se está não está infectada. Por isso é importante que você passa no cirurgião vascular para avaliar sua ferida e o uso de cremes, pomadas com antibiótico, não é o suficiente para tratar uma infecção e a colonização por si só não é um problema. Quando está infectada é necessário antibiótico sistêmico ou via oral ou via endovenosa, mas é necessário antibiótico mais potente. Então o uso de cremes ou pomadas com antibiótico aqui superficial, a maior parte das vezes ela vai servir somente para não grudar o curativo. Agora todo o tecido desvitalizado, fibrina, infecção, a gente precisa retirar para que a úlcera consiga se fechar. Então enquanto tiver isso aqui a gente não consegue fechar uma úlcera. E esse procedimento se chama desbridamento. Então existem vários tipos de desbridamento, desbridamento químico que a gente vai fazer com uma pomada bem específica, um creme bem específico. Existe o desbridamento mecânico em que eu posso jogar um jato de soro de alta intensidade aqui para retirar se ele se tecido morto ou eu posso fazer a retirada cirúrgica que eu vou mostrar para vocês. Então o desbridamento cirúrgico a gente vai retirar esse tecido desvitalizado é um procedimento feito com anestesia em centro cirúrgico que pode ser dolorido é um procedimento bem cuidadoso. É possível fazer também em regime ambulatorial, principalmente nas feridas que não doem tanto assim. A gente tem que retirar todo o tecido morto tecido desvitalizado, necrose com fibrina e o objetivo é chegar no tecido de granulação que é esse tecido vermelhinho aqui embaixo esse tecido vermelhinho é aquele que tem a chance de cicatrizar, é o tecido que pode cicatrizar. Quando a gente chega nesse tecido de granulação, aí a gente pode fazer o curativo porque a gente permite dessa forma que o corpo se regenere. O procedimento de desbridamento cirúrgico ele é feito pelo cirurgião vascular. O procedimento de desbridamento químico que é a pomada ou creme é feito pelo próprio paciente em casa na maioria das vezes. Agora existe o desbridamento mecânico que pode ser feito com um jato de soro em alta intensidade que também pode ser feito pelo próprio paciente. As feridas devem ser sempre muito bem limpas, então a higiene é essencial para cuidar de uma úlcera venosa. Essa higiene deve ser feita com ou soro fisiológico então, bastante soro fisiológico ou um jato de água corrente que pode conseguir isso com um chuveirinho no próprio banheiro. Deixar a água correr, essa água corrente pode ajudar a fazer se esse desligamento mecânico e essa higiene, ela é essencial. Sem essa higiene a infecção volta e a úlcera não se fecha. Obviamente sendo uma lesão venosa, assim como já falei em vários outros vídeos de doença venosa, a gente tem que manter a perna elevada que o retorno venoso vai ser melhor e ajuda na cicatrização. O uso de antissépticos pode ser tentador no tratamento da úlcera venosa, o problema dos antisséptico é que realmente eles matam as bactérias que estão nessa região, mas eles matam também as células que são necessárias para a cicatrização. Então você vai ter uma ferida limpinha, mas que não cicatriza. Então o uso dos antibióticos tem que ser indicado pelo médico, existem alguns momentos em que sim pode ser necessário, mas se perdurar muito tempo, se mantiver isso indefinidamente, isso também vai atrapalhar a cicatrização da úlcera. Uma das coisas importantes ao se fazer um curativo é evitar que a gaze grude nesse tecido de granulação. Então a gente usa algumas substâncias que vão fazer o desbridamento químico ou podem ajudar com a cicatrização. Mas o mais importante de tudo é que evite que a gaze grude na úlcera. Um dos erros muitos comuns é fazer o curativo e colocar a fita na própria pele. Só que essa pele, ela já é muito danificada, é uma pele frágil, a gente não pode colocar um adesivo na pele. A gente precisa usar uma faixa para fazer esse curativo de forma que não machuque a pele, a gente coloca a gaze da maneira que o médico indicou, com a substância que o médico indicou e vai fazer o curativo firmando, ele com uma faixa que pode ser frouxa, não precisa ser muito apertada. E aí sim, colocar a fita pra segurar esse curativo. Aqui a gente fez um curativo que vai permitir a retirada segura depois, então um curativo feito dessa maneira a gente evita que novas bactérias venham até a úlcera causando uma colonização de outra bactéria ou mesmo uma infecção. Então é importante ocluir a úlcera no tratamento, nos seus cuidados locais. É possível usar uma meia elástica se for indicada pelo seu cirurgião vascular por cima desse curativo. Existem outras meias que são adequadas para aquelas pessoas que possuem a úlcera, eu já falei sobre isso em outros vídeos que eu vou colocar aqui para vocês acessarem. Gostou desse vídeo? Inscreva-se no nosso canal ali embaixo, compartilhe com seus amigos e até o próximo!

Diferenças entre úlcera arterial e úlcera venosa

O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, esclarece a diferença entre úlcera arterial e úlcera venosa e menciona a possibilidade de haver ambas simultaneamente.

  • Úlcera Venosa: É uma ferida de longa duração causada por lesão no sistema venoso. Quando há dano nas válvulas venosas, ocorre hipertensão venosa. As veias se dilatam e extravasam líquido rico em proteínas, causando inflamação crônica na região e resultando na abertura de uma ferida, a úlcera. O tratamento requer abordagem da causa subjacente, como obstrução ou remoção da veia afetada.

  • Úlcera Arterial: Resulta de uma obstrução que impede o fluxo de sangue oxigenado para as pernas. Sem oxigênio suficiente, feridas não cicatrizam, tornando-se úlceras. Essas úlceras são mais pálidas e podem ter bordas pretas. Para tratá-las, é necessário restaurar o fluxo sanguíneo, seja por cirurgia aberta para fazer uma ponte ou usando stents para abrir a artéria.

  • Úlcera Mista: É quando há um problema tanto venoso quanto arterial. O tratamento deve ser planejado cuidadosamente, podendo tratar primeiro a questão arterial ou venosa, dependendo da condição específica.

O Dr. Amato reforça a importância de tratar a causa subjacente das úlceras e destaca que o cirurgião vascular é o profissional mais indicado para propor o tratamento adequado. Ele encoraja os espectadores a se inscreverem no canal e aguardarem por mais conteúdos.

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