Se você ou alguém que você conhece já teve problemas de circulação sanguínea no cérebro, sabe o quão preocupante e sério isso pode ser. A doença da artéria carótida é uma condição que pode afetar a saúde do cérebro e, se não for tratada adequadamente, pode levar a complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque isquêmico transitório (AIT).
Felizmente, existe um tratamento eficaz para a doença da artéria carótida: a endarterectomia de carótida. Nesse artigo de blog, vamos explicar o que é a endarterectomia de carótida, como ela é realizada e quais os benefícios dessa cirurgia para a saúde do cérebro. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando problemas de circulação sanguínea no cérebro, não deixe de ler esse artigo!
Sumário
A endarterectomia de carótida é um procedimento cirúrgico realizado para tratar a doença da artéria carótida, que é uma condição em que as artérias carótidas ficam estreitadas devido à formação de placas de gordura e cálcio no seu interior. As artérias carótidas são os vasos sanguíneos principais que levam sangue e oxigênio para o cérebro, e a redução do fluxo sanguíneo para essa região do corpo pode levar a problemas como acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) ou ataque isquêmico transitório (AIT). A endarterectomia de carótida é um tratamento que visa remover essas placas e restaurar o fluxo normal de sangue para o cérebro.
O que é a endarterectomia de carótida
A endarterectomia de carótida é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo remover a placa aterosclerótica da artéria carótida, que é uma das principais artérias que leva sangue para o cérebro. Ela é indicada quando há estenose ou estreitamento da artéria, o que pode levar a problemas de circulação sanguínea no cérebro e aumentar o risco de derrame.
O procedimento é realizado através de cirurgia aberta, ou seja, é feita uma incisão na pele para acessar a artéria. Existem várias técnicas de endarterectomia de carótida, mas todas têm o objetivo de desobstruir a artéria e impedir sua oclusão.
Antes da cirurgia, o paciente passa por uma avaliação médica para verificar se ele está apto a realizar o procedimento. Durante a cirurgia, o paciente é anestesiado e o cirurgião faz a incisão na pele para acessar a artéria. Em seguida, ele remove a placa aterosclerótica e costura a artéria novamente. O procedimento dura cerca de uma hora e é realizado sob anestesia geral ou local.
Após a cirurgia, o paciente é monitorado por um período de tempo para garantir que ele esteja se recuperando adequadamente. Ele pode precisar fazer fisioterapia ou outro tipo de tratamento para recuperar a força e o movimento da perna afetada. A endarterectomia de carótida é uma cirurgia preventiva, ou seja, tem o intuito de prevenir o derrame. No entanto, ela não garante que o paciente não terá um derrame no futuro, pois existem outras causas de derrame, e é importante que ele siga as recomendações médicas para reduzir o risco de complicações.
O dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, explica que um AVC ou derrame é uma interrupção da irrigação ou uma isquemia em uma parte do cérebro que resulta em sua falha de funcionamento. As artérias carótidas são os vasos sanguíneos que levam o sangue ao cérebro e a doença da artéria carótida ocorre quando há um estreitamento ou bloqueio dessa artéria devido à formação de placas ateroscleróticas. Essas placas são compostas por diversas substâncias, como gordura, colesterol e cálcio, e podem levar a problemas de circulação sanguínea no cérebro, como AVC ou AIT. A endarterectomia de carótida é um procedimento cirúrgico que remove essas placas e restaura o fluxo normal de sangue para o cérebro. Ela é indicada para pacientes assintomáticos, ou seja, aqueles que ainda não tiveram um AVC ou derrame, e pode ser realizada em conjunto com o tratamento clínico, que consiste em medicações e mudanças nos hábitos de vida para controlar os fatores de risco da aterosclerose.
O dr. Alexandre Amato explica no vídeo as complicações de derrames (AVC) e a carótida – artéria que passa na região do pescoço e leva o sangue até o cérebro – e qual é a relação entre os dois. Confira! Rastreamento de doença Carotídea: https://bio.amato.io/sjgt
Olá, sou doutor Alexandre Amato, sou cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje vamos falar sobre derrame e a carótida. O derrame o AVC todo mundo já ouviu falar de uma maneira ou de outra já sabe mais ou menos o que que é. Agora, o que é a carótida e qual a relação entre os dois? Bom, o AVC o derrame é uma maneira ou de outra a falta da irrigação ou uma isquemia de uma parte do cérebro e onde o cérebro deixa de funcionar, a carótida é a artéria que passa pelo pescoço e leva o sangue ao cérebro, essa artéria nós temos dos dois lados as artérias carótidas e as artérias vertebrais, são as 4 principais artérias que irrigam o nosso cérebro, quando nós temos um entupimento ou uma estenose ou uma placa de aterosclerose nessa artéria nós podemos ter uma diminuição da irrigação do cérebro e também pequenas embolizações, pequenas as partículas que vão para o cérebro e que podem diminuir a irrigação lá em cima. Então, o que que é a placa? A placa aterosclerótica nada mais é do que uma oclusão gradual dessa artéria até um ponto em que ela pode ocluir por completo. Essa placa ela não aparece da noite para o dia, é uma doença que ocorre lenta e progressivamente, normalmente está associada a todos os fatores de risco da aterosclerose, como cigarro e hipertensão e alimentação muito gordurosa, tudo isso está relacionado com a formação da placa, mas um aspecto muito importante que as pessoas não entendem é, quando fazem o exame identificam essa placa aterosclerótica na carótida e já começa a ser associado com a ideia do AVC, com a ideia do derrame. Na realidade a identificação dessa placa dessa estenose ela não significa que o paciente vai ter um AVC, essa é uma das grandes vantagens da medicina atual é quando a gente identifica a doença num paciente assintomático, que não tenham o sintoma ainda da doença e é aí que a gente pode atuar para prevenir a evolução para um AVC o derrame. Então quando a gente identifica a estenose em um momento assintomático em que o paciente não percebeu ainda que tinha essa lesão, esse é um momento bom em que a gente pode começar o tratamento, porque não aconteceu nada não teve o derrame, não teve um AVC ainda. Obvio, também tem os casos em que já ocorreu, mas hoje eu estou falando sobre os pacientes assintomáticos. Então, identificado a doença existe o tratamento clínico e o tratamento cirúrgico. O tratamento clínico consiste em medicações principalmente para tratar os fatores de risco, parar com os hábitos de vida deletérios, como o cigarro principalmente, melhorar a alimentação e dependendo do grau de estenose, veja bem, aqui nessa placa ela pode estar tão ocluída que pode ser necessário já alguma cirurgia. E hoje em dia nós temos a cirurgia aberta mas temos também a cirurgia endovascular. A cirurgia aberta consiste em um corte no pescoço, onde a gente retira essa placa e abre o caminho para um fluxo adequado para o cérebro ou a cirurgia endovascular que é um pequeno furinho nessa ateria, na artéria da virilha normalmente e que a gente coloca um stent e esse stent vai abrir essa artéria novamente. Então, identificado o problema não é para entrar em desespero, a estenose de carótida ela deve ser acompanhada pelo cirurgião vascular, quando identificada no paciente assintomático que não teve o derrame não teve o AVC ainda, há muito a ser feito. Então, o tratamento Clínico consiste principalmente no controle dos fatores de risco então, tabagismo parar de fumar imediatamente e controle das outras doenças associadas e alguns medicamentos para estabilização dessa placa, mas se a estenose ou a placa já foi muito grande, já tiver muito apertada, estiver passando pouco sangue ou essa placa for de alto risco para a embolização, pode ser necessário a cirurgia. Lembrando que eu estou sempre aqui para tirar as suas dúvidas. Esse foi um assunto muito pedido nas nossas redes sociais, entre você também nas nossas redes sociais solicite um assunto da competência vascular e compartilhe o nosso vídeo. Muito obrigado.
Será que eu preciso de uma endarterectomia de carótida?
Se você está se perguntando por que precisa de uma endarterectomia de carótida, pode ser que você ou alguém que você conhece esteja enfrentando problemas de circulação sanguínea no cérebro devido ao estreitamento das artérias carótidas. Isso geralmente é causado pela aterosclerose, que é a formação de placas de gordura, colesterol, resíduos celulares, cálcio e fibrina na parte interna das artérias. A aterosclerose pode afetar as artérias em vários locais do corpo, incluindo as carótidas, as artérias coronárias do coração e outras.
A doença da artéria carótida é uma condição séria, pois pode levar a complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque isquêmico transitório (AIT). Isso acontece porque o cérebro precisa de um suprimento constante de oxigênio e nutrientes para funcionar corretamente. Mesmo uma pequena interrupção no fornecimento de sangue ou oxigênio pode causar problemas graves, pois as células do cérebro começam a morrer após alguns minutos sem esses elementos. Se o estreitamento das artérias carótidas se tornar suficientemente grave para bloquear o fluxo sanguíneo ou se um pedaço da placa quebrar e se deslocar para um ramo arterial distal, pode ocorrer um AVC ou um AIT. A endarterectomia de carótida é um procedimento cirúrgico que visa remover essas placas e restaurar o fluxo normal de sangue para o cérebro.
A calcificação das artérias é um processo que ocorre devido à aterosclerose, uma doença inflamatória crônica que se desenvolve lentamente ao longo do tempo. A aterosclerose resulta na formação de placas ateroscleróticas nas artérias, que são compostas por cálcio, gordura e tecido morto. Quando essas placas se abrem, o conteúdo pode entrar em contato com o sangue e formar uma trombose, bloqueando o fluxo sanguíneo e causando uma isquemia, ou falta de oxigenação, em uma parte do corpo. A calcificação das artérias pode ocorrer em qualquer artéria do corpo e os sintomas dependem da localização da obstrução. Por exemplo, se a obstrução ocorre nas artérias cervicais que levam sangue ao cérebro, pode haver sintomas como derrame ou AVC. Se a obstrução ocorre nas artérias renais, pode haver hipertensão arterial. Se a obstrução ocorre nas artérias de membros inferiores, pode haver dor ou claudicação intermitente. O tratamento da calcificação das artérias pode incluir medicações e procedimentos cirúrgicos, como a angioplastia ou a endarterectomia, dependendo da gravidade da obstrução.
Cálcio nas artérias podem fechar as artérias. O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato (www.amato.com.br) explica a inflamação da doença que fecha as artérias e dá má circulação.
Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje eu vou falar sobre a calcificação das artérias. A calcificação das artérias é a formação de placas, placas ateroscleróticas, então essa calcificação ocorre por uma doença chamada aterosclerose, então a aterosclerose começa muito cedo na vida e ela vai evoluindo muito lentamente. No começo não existem essas placas calcificadas ainda, existem pequenas estrias nessa parte interior do vaso e essas lesões, elas vão progredindo até o momento em que ocorre a formação dessas grandes placas. Essas grandes placas então vai ter a deposição de cálcio, vai ter a deposição de gordura e a aterosclerose em si, ela é uma doença inflamatória. Então é uma inflamação crônica, uma doença crônica que vai evoluindo com o passar do tempo e nas fases finais vai ter essa placa e essa placa com cálcio, gordura, tecido morto lá dentro, pode abrir, esse conteúdo pode ir para o interior do vaso de forma que ocorre uma coagulação desse sangue, formando uma trombose e a obstrução desse vaso. Então essa obstrução, ela pode ir evoluindo de forma lenta e crônica onde dá tempo de formar uma circulação colateral ou uma forma mais aguda. Então quando ocorre essa exposição desse tecido necrótico, a cascata de coagulação vai entrar em ação e vai formar uma rolha e essa rolha vai entupir essa artéria e essa má circulação aguda vai causar uma isquemia, uma hipóxia, ou seja, falta de oxigenação em alguma parte do corpo. Então essa aterosclerose pode ocorrer em qualquer artéria do corpo, desde o cérebro, desde os braços, membros inferiores. Pode ser as artérias renais, podem ser qualquer artéria e isso vai mostrar que cada artéria vai trazer um sintoma diferente. Então por isso que quando a gente está falando de má circulação, os sintomas podem abranger vários órgãos do corpo. Quando a gente fala das artérias cervicais, por exemplo, a gente está falando das carótidas, das vertebrais que vão levar o sangue para o cérebro, vão oxigenar o cérebro. Se a gente tem um entupimento dessa artéria, a gente vai ter um derrame, vai ter um AVC e isso pode aparecer desde o formigamento, uma hemiplegia, uma coma, uma boca torta, tem várias maneiras de isso aparecer. Agora quando eu tenho uma oclusão crônica de uma artéria dos rins, por exemplo, o que vai aparecer? Vai aparecer um aumento da pressão arterial, uma pressão de difícil controle. Quando tem uma oclusão de uma artéria de braço ou de uma artéria de membro inferior, a gente vai ter aquela claudicação, aquela dor em que o paciente está andando, ele tem que parar por causa da dor. Então por isso que é difícil falar um sintoma único da aterosclerose ou das placas nas artérias, vai aparecer como uma má circulação. Mas para cada pessoa pode ser de uma maneira diferente. Então quais são as principais causas dessa formação de placa nas artérias? Então em primeiro lugar, eu vou colocar os principais, os que causam danos sempre com certeza que é o tabagismo. O tabagismo sem sombra de dúvidas é o fator número 1 e que tem que ser combatido. O Brasil foi muito bem com as campanhas antitabagismo de forma que comparado com outros países, até de primeiro mundo a população fuma pouco, mas a gente tem que lembrar que tem gente fumando, então aquela aquela foto que aparece atrás da caixinha do cigarro. É verdade aquilo lá, gente, tá? São fotos muito próximas do real, o tabagismo pode levar à oclusão, por essa calcificação de forma a levar a amputação, de forma a levar a necrose, de forma a levar todas aquelas doenças malignas. O alcoolismo também pode levar à formação dessas lesões, então a gente tem que combater também. Normalmente, o alcoolismo vem atrelado ao tabagismo, de forma que a gente tem que atuar conjuntamente com isso e o sedentarismo, o sedentarismo que traz à obesidade, a obesidade também é uma doença inflamatória que também piora a situação das artérias. E o exercício físico feito de forma moderada tem um efeito anti-inflamatório. Então para quem é sedentário, eu tenho que lembrar que esse sedentarismo é um fator de risco para a calcificação nas artérias. Aí você pode falar “Ah, mas eu conheço um caso de uma pessoa que fumou até os 110 anos de vida”, sabe por quê? Porque existe um fator que é mais importante do que todos esses que é o genético. Tem gente que tem genética pra ter essa doença, tem gente que não tem essa genética. Então quem tem a genética, vai ser mais suscetível e pode ter a lesão já nos pequenos hábitos de vida errados. Então aí tem pessoa que não tem pessoa que tem uma genética que pode deixar isso aparecer só mais na frente. Isso não quer dizer que eu vi uma pessoa que fumava com 110 anos de vida, então isso quer dizer que todo mundo pode fumar que vai viver até os 110. De jeito nenhum, gente essa genética é extremamente rara. O mais comum são as pessoas que têm o aparecimento dessa doença já bem cedo. Então por favor, tabagismo não! Agora eu vou falar por cima aqui da alimentação, porque sempre que eu falo da alimentação, vira uma discussão enorme que o vídeo não é sobre a alimentação em si. O que vai levar à formação da doença é a inflamação, a inflamação crônica que leva à deposição dessas placas, e existem algumas algumas dietas, algumas formas de se alimentar que são mais inflamatórias e vão levar mais a formação de doença. Então eu sei que se eu começar a falar “Olha gente, é a gordura que causa a formação de placa”, eu sei que vai ter um monte de gente aqui falar que eu tô errado, que não é a gordura, se eu falar “Olha gente, é o carboidrato que vai causar a deposição de cálcio”, alguns vão falar que eu estou certo, outros vão falar que eu tô errado. Então como o vídeo aqui não é especificamente sobre, alimentação eu tenho um vídeo muito legal, sobre a dieta anti-inflamatória que eu sugiro assistir. Aqui a questão é o que na alimentação que está gerando a inflamação, então existem alimentos gordurosos que vão levar essa inflamação. Existem carboidratos e açúcares que também vão levar essa inflamação. Então de forma geral tem que ter uma alimentação saudável. Essa alimentação saudável, ela pode ser diferente de uma pessoa para outra. E outro aspecto também é se a gente está fazendo a profilaxia ou se a gente está tratando uma doença que já está instalada. Então é bem diferente uma coisa da outra, então quando você está falando para um público mais amplo que não tenha a doença estabelecida ainda as medidas vão ser umas e se você está falando para quem já tem a doença as medidas serão outras. De forma geral, o que eu posso falar é buscar uma alimentação anti-inflamatória é a forma mais saudável de você evitar essa doença e outras também. E sobre o tratamento da calcificação das artérias o tratamento envolve várias especialidades como eu disse. As artérias podem irrigar qualquer órgão, então se está irrigando, a gente está falando da artéria renal que irriga o rim. Você vai precisar não só do cirurgião vascular, mas vai precisar do seu nefrologista também. Se a gente está falando da artéria que irriga, por exemplo, o intestino, você pode precisar de um cirurgião vascular, mas vai precisar de um gastro também. Então é um tratamento multi especialidades. Então vou elencar aqui os fatores principais no tratamento. Em primeiro lugar parar de fumar, parar de fumar é o ponto passivo que não tem discussão, tem que parar de fumar. De nada adianta você fazer todo o restante e não parar de fumar, porque a doença vai continuar progredindo. Em segundo lugar, o exercício físico, puxa vida gente, hábitos de vida saudável, exercício físico de forma moderada, ele vai ser anti-inflamatório, ele vai melhorar vários aspectos, vai aumentar a circulação colateral, então de forma que tem que colocar o exercício físico na vida de quem tem aterosclerose ou tem a calcificação das artérias. Tem que controlar as doenças associadas, então diabetes, por exemplo, ela vem junto com a aterosclerose, a pressão alta também, são duas doenças que se não estiverem controladas vão fazer essa aterosclerose progredir de forma muito veloz. Então o tratamento medicamentoso, acompanhamento com as especialidades, então a diabetes normalmente vai ser um endocrinologista que vai acompanhar, uma pressão alta pode ser com o cardiologista, então de novo, voltando aquele aspecto multiprofissional do tratamento da aterosclerose e prestar atenção na alimentação, então eu acho, uma perguntinha que eu gosto de fazer, qual que é a sua dieta? Boa parte dos pacientes falam “ah, eu como saudável.” E aí eu pergunto o que que é saudável para você? O interessante é que cada um tem uma percepção diferente do que é saudável, então o que uma pessoa pode achar saudável, outra pode achar que não é, um bom exemplo, são dois lados completamente antagônicos. A dieta carnívora, do vegano, pro vegano o veganismo é a melhor coisa possível, para o carnívoro, comer a carne é a melhor coisa possível e os dois vão responder “Eu estou comendo saudável.” Então o que é o saudável para você? Primeiro que tem que ter essa fase de autoconhecimento, nenhum corpo funciona de forma igual para todo mundo e de forma mais ampla é aquilo que eu estava falando, são os alimentos que acabam causando inflamação que pioram a doença, mas você tem que identificar o que isso está causando a inflamação. Se você não fizer isso, você vai continuar comendo errado. Então por isso eu falo da dieta anti-inflamatória, por isso eu fiz um livro e escrevi um livro sobre a dieta anti-inflamatória que pode ser visto aqui embaixo nos comentários e por isso eu acho que é um aspecto que vale a pena você dedicar um tempo da sua vida para aprender. Gostou do nosso vídeo? 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Sintomas da doença carotídea:
A doença carótidea aterosclerótica pode não causar sintomas quando diagnosticada. Ela geralmente é detectada através de exames de imagem durante um check up. Em pacientes assintomáticos, o acúmulo de placas nas artérias carótidas não bloqueia o fluxo sanguíneo o suficiente para causar um acidente vascular cerebral ou um ataque isquêmico transitório, que são as principais manifestações da doença.
Indicação da endarterectomia carotídea
A endarterectomia é uma cirurgia que é indicada para pacientes com alto risco de acidente vascular cerebral (AVC) ou ataque isquêmico transitório (AIT), mesmo com o tratamento clínico otimizado, que inclui medicações para o colesterol, antiagregantes plaquetários, medicações para controlar a pressão arterial, cessação do tabagismo e prática de exercício físico. Ela tem como objetivo prevenir a ocorrência ou recorrência de um AVC ou AIT. Embora existam diversas indicações para a endarterectomia, aquelas que são menos controversas na literatura médica são:
Pacientes com placas com grau de obstrução inferior a 50% não devem ser tratados com procedimentos cirúrgicos nem com cateter (angioplastia com stent). Devem permanecer no tratamento clínico otimizado e ser acompanhados clinicamente.
Pacientes sintomáticos que tiveram AVC ou AIT nos últimos 6 meses e que possuem grau de obstrução maior que 70% da luz da artéria têm um risco maior de recorrência de AVC e AIT e podem se beneficiar do procedimento.
O grau de estenose deve ser confirmado por pelo menos dois métodos diagnósticos não invasivos (Ultrasom doppler, angiotomografia, angio ressonância magnética). Uma vez confirmado o grau de obstrução, esses pacientes se beneficiam da redução de risco da realização da endarterectomia com pouca controvérsia na literatura médica sobre esse grupo de pacientes.
Os pacientes que são considerados de alto risco para AVC e que se beneficiariam da endarterectomia de carótida devem ser avaliados de forma individualizada, considerando várias variáveis, como o grau de obstrução da placa (preferencialmente maior que 70%), as características da placa que aumentam o risco de AVC (como úlceras, hemorragia e composição), a presença de lesões assintomáticas no cérebro do mesmo lado da doença carotídea, o uso adequado e regular do tratamento clínico, a preferência do paciente após esclarecimentos, a idade, o gênero, a expectativa de vida e o estado neurológico antes do procedimento.
A endarterectomia é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo diminuir significativamente o risco de ocorrência ou recorrência de um AVC em comparação ao tratamento clínico. No entanto, é importante que o procedimento seja realizado em hospitais e por equipes com baixas taxas de complicações, pois as complicações graves, como AVC, morte ou infarto do miocárdio, devem ser evitadas. Na literatura médica, as taxas de complicações graves para pacientes sintomáticos são inferiores a 6%, enquanto para pacientes assintomáticos são inferiores a 3%.
O sucesso do procedimento depende da experiência do médico, da seleção adequada de pacientes para o procedimento e da adesão dos hospitais a procedimentos de segurança no pré e no pós-operatório. Vale lembrar que a endarterectomia não tem como objetivo recuperar déficits neurológicos causados por um AVC anterior.
Antes de decidir pelo procedimento, é importante que o paciente discuta com o médico as diferentes opções de tratamento da obstrução carotídea, incluindo angioplastia com stent ou tratamento clínico, bem como os prós e contras de cada opção. O paciente deve ser informado para poder tomar uma decisão consciente em conjunto com o médico.
Quais são os riscos de uma endarterectomia de carótida?
A endarterectomia de carótida é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo remover a placa de gordura que obstrui a artéria carótida, diminuindo o risco de AVC (derrame). No entanto, como qualquer procedimento cirúrgico, a endarterectomia de carótida pode ter complicações. Alguns dos riscos possíveis incluem:
AVC: O AVC é uma das principais complicações da endarterectomia de carótida, mas é raro. A incidência de AVC no pós-operatório é de cerca de 1% a 3% nos pacientes assintomáticos e de cerca de 4% a 6% nos pacientes sintomáticos.
Hemorragia: Ocorre quando há sangramento durante ou após o procedimento.
Lesão nervosa: Pode ocorrer lesão do nervo laringeo recorrente, resultando em alteração da voz ou dificuldade para engolir.
Infecção: Pode ocorrer infecção no local da incisão ou em outra parte do corpo.
Trombose: Pode ocorrer formação de coágulos de sangue no local da cirurgia ou em outra parte do corpo.
Morte: Embora seja raro, a morte pode ocorrer durante ou após o procedimento.
É importante que o paciente discuta os riscos e benefícios da endarterectomia de carótida com o médico antes de tomar uma decisão. O médico também deve avaliar o risco de complicações de acordo com as condições de saúde do paciente.
Como faço antes do procedimento de endarterectomia de carótida?
Antes de realizar uma endarterectomia de carótida, é importante que o paciente siga as instruções do médico e se prepare adequadamente para o procedimento. Algumas dicas incluem:
Discuta com o médico todas as opções de tratamento e entenda os riscos e benefícios de cada uma delas.
Consentimento informad: Certifique-se de que entende todos os aspectos do procedimento e que todas as suas dúvidas e preocupações tenham sido abordadas.
Siga as instruções de pré-operatório do médico, como não comer ou beber nada após a meia-noite anterior à cirurgia e tomar ou não tomar determinados medicamentos.
Faça uma lista de todos os medicamentos que está tomando e leve-a com você no dia da cirurgia.
Arrume alguém para levá-lo e buscá-lo no hospital e para ficar com você por alguns dias após a cirurgia.
Não use maquiagem, cremes, perfume ou outros produtos de beleza no dia da cirurgia.
Remova todos os objetos pessoais, como anéis e relógios, antes da cirurgia.
Se você for fumante, tente parar de fumar ou pelo menos reduzir o número de cigarros fumados antes da cirurgia. O tabagismo aumenta o risco de complicações pós-operatórias.
Siga as instruções do médico quanto aos exercícios de respiração e de movimentação da mandíbula e do pescoço antes da cirurgia. Isso pode ajudar a prevenir complicações pós-operatórias.
Informe o seu médico se você é sensível ou é alérgico a quaisquer medicamentos, látex, contraste, anestesia etc.
Informe ao seu médico se você tiver distúrbios que causem hemorragias ou se estiver tomando quaisquer medicamentos anticoagulantes ou que afinem o sangue.
- Se você está grávida ou acha que pode estar grávida, informe ao seu médico.
A endarterectomia de carotídea
É a retirada da placa aterosclerótida da carótida através de cirurgia aberta. É indicada quando há estenose ou estreitamento da artéria que leva sangue para o cérebro. O tratamento visa evitar o derrame. Existem várias técnicas, e todas tem o objetivo de desobstruir a artéria que leva sangue ao cérebro e impedir sua oclusão. É uma cirurgia preventiva, ou seja, tem o intuito de prevenir o derrame.
Entrevista no programa Gente que Fala com Dr Alexandre Amato (www.amato.com.br) sobre estenose carotida, como prevenir e quais os tratamentos existente. —
Alo amigos, bem vindos ao “gente que fala”
sempre ao vivo de 12:00 horas às 13:00 horas
pela rádio Trianon AM 740 –SP, Radio Universal
AM – 810 Santos, ALLTV www.alltv.com.br
com representação 18 :00 horas, também
TV Guarulhos canal 20 UHD, canal 13 da NET
em Guarulhos 23>30 horas, acesse nosso blog,
conheça os nossos colunistas e colaboradores,
gentequefala.com.br, nossa fanpage facebook/programagentequefala,
para falar no chat, no site da ALL TV whatsapp
97401-2235 e o telefone de São Pulo 11-5052-6622,
Nesta edição de “gente que fala” conosco
Fábio Martins de França, prazer tê-lo aqui
Fábio.
Prazer.
Você é especialista em ginastica para o
cérebro, é correto isso?
Correto isso mesmo. Por incrível que pareça
ginástica para o cérebro é uma ginastica
que nós podemos executar, onde que nós podemos
melhorar algumas habilidades cognitivas, que
é o foco, memória…
Mais próximo, por favor.
…e também a parte de raciocínio logico.
Porque o cérebro dele não é muito bom
Melhorou agora?
Se falar muito longe o cérebro do microfone
você vai ter que exercitá-lo mui.
Está ótimo.
também conosco cirurgião vascular Alexandre
Amato, prazer atê-lo aqui Alexandre.
Muito prazer, obrigado pelo convite.
Tua especialidade cirurgião vascular.
Cirurgia vascular, indo vascular e estou aqui
para responder as perguntas sobre acidente
vascular cerebral, um outro foco, não o lado
da neurologia.
Então você socorre quando a ginastica dele
não dá certo?
É, ele tem que atuar antes.
Por isso que eu digo, quando a ginastica não
dá certo você entra.
Exatamente ou quando a ginástica não ajuda
mais, já passou do ponto.
você é do Amato Instituto de Medicina Avançada,
é isso?
Isso, isso.
Ok. Também conosco a nutricionista Carolina
Arbache, prazer tê-la aqui Carolina.
O prazer é meu.
Você é nutricionista esportiva?
Isso, nutricionista esportiva e clínica.
Mas próximo, meu bem.
Nutricionista esportiva e nutricionista clínica
funcional.
Qual é a diferença, porque houve uma correção
aqui, apenas apresenta-la como nutricionista
clínica e depois era nutricionista esportiva.
na realidade nutricionista esportiva é pela
minha especialização que eu sou especializada
em nutrição esportiva e também não coloquei
clínica porque eu não atuo em consultórios,
clínicas, eu atuo na Natuie que é uma empresa,
então essa diferença.
Perfeito. E conosco a enfermeira Karina de
Araújo, prazer em tê-la aqui Karina.
Prazer.
Mais próximo, por favor.
Prazer
Você não está acreditando que ele não
te ouve. A tua especialidade, controle de
infecção diretos aos profissionais, é isso?
Não, na verdade eu enfermeira e a minha especialização
é controle de infecção relacionada a assistência
à saúde, dentro da minha especialização
a gente cuida também da saúde do profissional
que corre o risco de adquirir uma doença,
uma infecção através da assistência, do
seu cuidado.
E a Sol Millenium?
A Sol Millenium é uma empresa que ela fornece
dispositivos de segurança de proteção para
o profissional na área da saúde, é uma
multinacional, é a empresa que eu trabalho
atualmente
Perfeito. Doutor Alexandra Amato, ataque isquêmico,
qual é o, o senhor esclareça, este é um
primeiro passo, este é um segundo passo?
Porque tudo o que se refere a ataque isquêmico,
AVC, alguma coisa assim, eu nem sei se AVC
é o termo correto que eu possa usar, mas
assusta.
Assusta, assusta todo mundo, qualquer problema
no cérebro… por isso que existe o treinamento
ai para tentar evitar, mas a AIT é o Acidente
Isquêmico Transitório e o AVC é Acidente
Vascular Cerebral, o correto hoje em dia é
Acidente Encefálico, mas vamos falar o AVC
que todo mundo conhece. A doença e o problema,
normalmente são os mesmos, a única coisa
que muda é a duração, o ataque isquêmico
transitório dura por um dia no máximo, enquanto
um AVC pode perdurar por mais tempo.
O que é essa duração de um dia?
É uma questão e definição, vamos pensar
assim, quem teve um AIT é um aviso de que
uma coisa bem grave está acontecendo, é
uma chance de pesquisar e tentar tratar a
doença de causa, quem tem um AVC vai ficar
com uma sequela, essa sequela pode ser pequena,
maior, quem tem um AIT mesmo que seja duração
de um dia alguma lesão já se formou no cérebro,
alguma coisa vai ser visível no exame de
imagem, em algum exame subsidiário que vai
mostrar que a lesão ainda está lá, mesmo
não tendo sintoma depois de 24 horas.
AVC é uma siglas bastante conhecida por todos
nós ai o senhor fala sobre AIT, não é?
Isso.
Quais são os sintomas?
Bom, sintoma pode ter um desvio de rima é
o desvio do rosto, desvio de língua, dificuldade
de fala, dificuldade de movimentação, esses
são os mais comuns, mas isso quando já aconteceu
quinado a lesão já aconteceu, acho que é
interessante a gente comentar sobre a prevenção
quem são as pessoas que estão propensas
para ter um AVC, um AIT, alguém problema
vascular extra cerebral. Então, quando eu
falo… porque um vascular está aqui falando
e não um neurologista e não um neurocirurgião?
Porque as carótidas são as artérias que
irrigam o cérebro, temos as carótidas, temos
as vertebrais e uma lesão dessa artéria
pode levar ao derrame. Então, quando identifica
essa lesão cedo, trata essa lesão cedo,
a gente pode evitar os problemas maiores,
quem são essas pessoas? São as pessoas que
tem basicamente aterosclerose, aterosclerose
é uma doença que todo já ouvir falar, deve
ter sido comentado aqui no programa várias
vezes, principalmente por cardiologistas e
acredito que todo mundo já ouviu pelo menos
de passagem quais são os fatores principais,
tabagismo, fumo, que graças a Deus nós não
somos um país na maioria tão fumante assim,
hipertensão, diabetes, doença coronariana,
todos esses são fatores eu elevam a aterosclerose
ou são causados pela aterosclerose, quando
a gente identifica tudo isso a gente tem que
fazer um rastreamento de doença carotídea.
Ai é a prevenção, a prevenção seria essa?
Prevenção é para não chegar no cirurgião
vascular. Com cardiologista, com o clínico,
com o geriatra, com seu médico de confiança,
à partir de determinada idade, começa a
ganhar idade tem os fatores de risco, a gente
tem que investigar.
Quando o senhor fala idade, esses fatores
de risco começam a…
A se somar.
… a se somar à partir de quando, tem um
limite para isso, não tem?
Tem. Para quem vários fatores de risco agregados
a gente já começa…
Você falou ai, diabetes, hipertensão, tabagismo…
Paciente que fuma, tem pressão alta à partir
de 50 anos a gente já começa a ficar preocupado.
Uma idade seria essa 50 anos já é…
Exato. Para quem não tem os fatores de risco
a gente começa a se preocupar acima de 60
– 65 anos. Mas eu fiz uma coisa muito interessante
que eu fiz um questionário para investigar
quem precisa fazer rastreamento ou não está
on-line, posso passar o site?
Por favor.
É vascular.pro/carótida sem o assento.
Repete, por favor.
vascular.pro/carótida sem o assento, é um
questionário a pessoa responde lá algumas
perguntinha e vai calcular o seu grau de risco.
Tem uma perguntinha aqui, que o senhor possa
lembrar agora?
A principal é a idade.
Sim.
A idade, o paciente muito jovem não tem que
fazer o rastreamento, quem não tem nenhum
fator de risco e é jovem não precisa se
preocupar, mas são perguntas bem focadas
nisso que eu já falei, se já teve algum
evento cardíaco, se tem pressão alta, se
fuma, idade, e vai respondendo tudo isso vai
somando pontos, quanto maior o ponto não
quer dizer que tem a doença, pode não ter,
mas que tem que fazer o rastreamento para
evitar tem.
Deixa eu aproveitar o assunto, Fabio você
que é especialista em ginastica para o cérebro,
esse prevenção passa por você?
Nós podemos trabalhar em dois momentos diferente,
a gente pode trabalhar em pessoas que tiveram
o AVC então, dependendo da lesão cerebral
que a pessoa teve, talvez ela perca a parte
de fala, coordenação motora fina então,
na ginastica cerebral nós utilizamos algumas
ferramentas…
O que é coordenação motora fina?
É capacidade de você desenhar, pintar, segurar
alguma coisa com a mão você precisa de coordenação
motora fina então, por exemplo, para você
conseguir dirigir para segurar o volante é
coordenação motora fina então, dependendo
da lesão que pessoa sobre com o AVC ela perde
a coordenação motora fina. Nós temos algumas
ferramentas conforme a pessoa vai praticando
ela começa a retomar a coordenação motora
fina então a gente trabalha em conjunto ai
com o fisioterapeutas e também com neurologistas
para que a gente possa definir qual é o melhor
conjunto de ferramentas para atender as necessidades
especificas da pessoa que teve o AVC. Então,
a gente trabalha no momento depois e a gente
também trabalha num primeiro momento na prevenção
então, a única coisa que eu consigo trabalhar
com o cliente lá são atividades preventivas
então, sempre a gente trabalha para que a
pessoa faça atividade física, tenha uma
alimentação saudável e também faça atividades
de estimulo cerebral. Então, eu entro diretamente
no estimulo cerebral.
Exercício por si só, o exercício desses
de academias que ´e mais fácil de ser identificado,
é um princípio?
Correto. O que a gente recomenda o exercício?
A gente recomenda três tipos diferente de
exercício, o cardiovascular então a pessoa
andar com uma certa intensidade ou correr
ou nadar, nós também recomendamos que a
pessoa faça pelo menos 3 vezes por semana…
Andar ou correr?
Correr. Correr, correr é o melhor, às vezes
a pessoa ela está muito acima do peso então
ela precisa ir consultar o médico para ver
qual que é a melhor atividade, a segunda
coisa seria musculação no mínimo três
vezes por semana e a terceira coisa é atividade
de equilíbrio então, yoga ou pilates. Então,
é necessária que a pessoa faça essas atividades
físicas, é necessário que a pessoa tenha
uma alimentação saudável então, o que
a gente vai pensar em alimentação saudável?
Que a pessoa diminua fritura, produtos industrializados,
coma mais verduras, frutas, beba bastante
água, então o consumo de água é extremamente
importante e também é importante que a pessoa
tenha o que? Atividades onde que tenha estimulo
cerebral então, durante a nossa infância
e adolescência a maior parte do nosso tempo
a gente passa estudando, então durante esse
período a gente cria duas cosias uma reserva
cerebral e uma reserva cognitiva, o que é
reserva cerebral? Quando eu aprendo algo novo
eu começo a criar novas conexões entre os
meus neurônios então, imaginando que o neurônio
é o local onde que eu armazeno as informações
e as sinapses que é criado à partir do conhecimento
de novidade, elas são formadas então, quanto
mais conhecimento novo eu adquiro maior quantidade
sinapses que eu tenho então isso aumenta
a minha reserva cerebral e a reserva cognitiva
é o próprio conhecimento em si, então eu
tenho duas coisas ai que nós criamos durante
a nossa infância e juventude. O que ocorre
hoje em dia? Infelizmente a tecnologia ela
acaba evitando que nós tenhamos alguma práticas
que nós tínhamos no passado então, por
exemplo, no passado você sabia de cor uns
20 telefones, quanto você sabe hoje de cor?
Uns dois, três?
Os que estão na minha agenda do celular,
nem o de casa eu sei.
Então, por exemplo, antigamente a gente tinha
prática da memoraria então a gente memorizava
números, outra coisa antigamente não tinha
mapas digitais, GPS ou alguma ferramentas
que nós temos no nosso smartphone, a gente
treinava a nossa memória a o que? Visual,
como que nós chegávamos nos locais. Então,
eram algumas coisas que n´só estimulávamos
o nosso cérebro, que hoje a gente não tem
esse estimula tão forte.
Tem uma doença que é antiga, mas recentemente
ela está no vocabulário de todo mundo que
é o Alzheimer.
Sim.
Então, quando se começou a…antigamente
a gente ficava caduco, vocês não são dessa
época, mas falava fulano” está caduco”
então, quando se começou a diagnosticar
a coisa de 50 anos, o que eu entendo que é
pouco tempo Alzheimer e tal, recentemente
se falava em exercícios para evitar ou prolongar
ou sei lá, adiar esse tipo de doença é
palavra cruzada e agora está nas livrarias
livros de colorir para os mais… para os
da minha idade.
Aplicativos no iphone tem um monte de exercício.
Tem?
Tem, tem é até interessante.
Porque eu não cheguei na idade do iphone
então….
É complicado pegar alguém com Alzheimer,
primeiro você vai ter que explicar como liga
o iphone, como usa, para depois chegar no
jogo, deve ter uma certa complicação aí.
Mas eu queria fazer uma pergunta, porque semana
passada ou retrasada foi bem próximo mesmo,
eu li um artigo sobre um desses aplicativos
e que falaram que ele não estava sendo tão
honesto com os resultados, eu não sei se
você chegou a ler, deve ter chegado, porque
isso é exatamente a sua área.
Eu li, é uma empresa norte americana que
ela tem um aplicativo que é muito divulgado,
o que eles traçavam? Então, eles vendiam
o aplicativo com a correlação direta, que
uma vez que a pessoa fizesse utilização
do aplicativo ela poderia evitar o Alzheimer
então essa era a alegação que a empresa
tinha, inclusive o governo americano multou
essa empresa em U$ 2 milhões por causa da
propaganda que era enganosa. O que acontece?
Existem vários estudos onde eles mostram
uma correlação então, pessoa que exercitam
o cérebro tem uma menor incidência no caso
de Alzheimer, não existe nenhum estudo que
mostra a ligação especifica.
É aquela história de uma taça de vinho
evita aterosclerose, todo mundo quer que isso
seja verdade, mas a ligação direta ninguém
conseguiu fazer ainda, esse é um problema
de pesquisa cientifica, para fazer uma coisa
que prova isso você tem que acompanhar a
pessoa durante a sua vida toda então, é
tecnicamente inviável.
Mas Zancopé, só voltando para a sua parte.
Eu acho que hoje em dia o Alzheimer ele está
muito mais na mídia, primeiro porque a população
envelheceu então, qual que é a perspectiva
da ONS, é que à partir de 2025 a cada um
minuto no mundo seja identificado um novo
caso de Alzheimer então, a cada minuto vai
ter no mundo a identificação de um novo
caso de Alzheimer e o Alzheimer, por enquanto
não tem nenhuma cura, o que tem são fatores
de risco então, o que é um fator de risco
para a pessoa ter Alzheimer? É diabetes,
obesidade ou sofrer uma lesão no cérebro
então, eu tenho um fator de risco e eu tenho
que? Prevenção, a única coisa que a gente
pode fazer é prevenção então, a prevenção
são 6 pilares que estão relacionados a prevenção
do Alzheimer, atividade física, alimentação
saudável, estimulo cerebral, convívio social,
gestão do estresse e o sono, esses são os
pilares, se eu praticar esses pilares a incidência
de Alzheimer ela é muito menor em relação
as outras pessoas.
Só para esclarecer melhor, esses dois itens
que eu citei, pintura, colorir e palavras
cruzadas.
é o estimulo cerebral.
Mas tem realmente alguma eficiência isso?
Porque de repente é só para vender livrinho
de palavra cruzada.
O que acontece? É identificado que pessoas
que tem uma maior reserva cognitiva então
você fazendo palavra cruzada ou fazendo pintura,
você aumenta a sua reserva cognitiva então,
é o conhecimento. O Alzheimer como é que
ele funciona no nosso cérebro? Ele começa
a formar placas e essas placas elas começam
a destruir essa sinapses que são as interligações
até a destruição dos neurônios então,
quanto mais informação eu tenho o efeito
do Alzheimer ele doma mais tempo para ocorrer
na pessoa, talvez você consiga ter os primeiros
sintomas depois de 4 ou 8 anos depende ai
da sua reserva cognitiva, essa é primeira
coisa, a segunda coisa é quando a pessoa
ela é acometida pela doença ela demora mais
tempo para passar de uma fase para outra,
porque a sua reserva cognitiva ela é maior.
Imagina uma cidade que ela tem várias ruas
e avenidas quanto maior quantidade de ruas
e avenidas você mais tem mais caminhos possíveis
para chegar do ponto ‘A’ ao ponto ‘B’
então, se você tem menos ruas, menos caminhos
possíveis então, essa que é a característica,
por isso que é importante eu ter uma reserva
cognitiva maior. Naquele filme que a atriz
ganhou o Oscar dois anos atrás “para sempre
Alice” era isso, era uma professora universitária
onde ele teve Alzheimer, mas para que ela
seja acometida pelo sintomas demorou um pouco
mais, porque ela era uma pessoa que era intelectualmente
ativa, fazia exercício físico no filme aparece
ela correndo então, você tem algumas características
ali que a gente consegue observar.
Carolina, tanto o Fabio, quanto o doutor Alexandre
citaram alimentação, nós estamos numa época
que se fala muito de alimentação, mas unindo
os dois assuntos deles aqui até que ponto
eles falam em alimentação saudável?
Acho que ali deu para exemplificar bem que
alimentação é uma das bases de prevenção
de muitas doenças.
todo mundo fala de alimentação saudável,
ai saudável é tudo que é bom você não
pode comer.
não, não é assim. Acho que a primeiro passo
para ter uma… que agora começo de ano querendo…
cheio de resoluções, “ah, vou mudar de
vida, vou ser saudável, agora eu vou me alimentar
bem” e ai a pessoa já pensa “bom, então
vou ter que cortar tudo o que for gostoso,
tudo o que eu gosto eu corto” e já tem
essa característica de encarar uma alimentação
saudável como algo ruim ou que não é prazeroso.
O que o doutor Alexandre falou sobre a taça
de vinho, isso é um mito é verdadeiro, o
cara tem uma taça desse tamanho.
não, é verdadeiro, o problema é que as
pessoas…
O tamanho da taça…
É, é o tamanho da taça, eles querem
Junta todas para tomar um dia só.
Ai não funciona, não funciona. Mas é verdade,
inclusive tem um estudo famoso, talvez vocês
já conheçam que mostra que a relação entre
o consumo de álcool e o vinho é uma opção
mais saudável por conta porque além do álcool
tem as propriedades antioxidantes das uvas
e tudo mais, se você consumir uma dose, não
é uma garrafa, uma dose por dia é melhor
do que quem não consome nada, o problema
que é muito difícil, você conhece alguém
que toma uma dose só? Ou pessoa bebe, bebe,
de verdade ou não toma nada então, acaba
sendo melhor a pessoa que consome uma dose
do que ninguém, quem bebe muito que é o
mais comum ai é muito pior do que não tomar
nada ou tomar só uma taça.
E nesse início de ano, nós estamos aqui
no dia 13, as pessoas tem uma série de atitudes
que deveriam tomar para limpar tudo o que
conseguiu, tem alguém segredo nisso? Se tiver
você tem que me contar urgente.
O primeiro acho que é… a primeira mudança
para ser duradoura não pode ser muito drástica,
tem que ser lenta e aos poucos.
Nós temos uma rotina, como é que nós alteramos
esta rotina de uma hora para outra? Porque
nós saímos de um período muito bom, Natal,
Ano Novo, Réveillon, aquele negócio todo
e ai é uma alteração de rotina drástica.
Sim, um período um pouco turbulento. Eu acho
que o problema, a pessoa não pode querer
mudar e resolver mudar de uma hora par a outra
e começar a fazer uma dieta muito drástica,
que é o que acontece, passou festas, férias,
o pessoal quer emagrecer para o Carnaval.
Mas não dá nem tempo.
não dá tempo, primeiro porque você não
leva um mês para ganhar 10 quilos, também
não vai ser em um mês que você vai perder
esses 10 quilos, é algo que vai acontecendo
ao longo do tempo. Então, acho que a primeira
coisa é não colocar uma data assim, a pessoa
não tem que emagrecer ou mudar de vida para
uma festa ou para um carnaval, para um acontecimento
daqui um mês, tem que ser algo para o resto
da vida.
Como é essa rotina, eu tenho que pôr lá
na geladeira uma relação?
É pode ser uma tática. Tem que alteando
aos poucos, primeiro identificar os problemas
maiores, então de repente uma pessoa que
bebe muito então, vamos ver como vai diminuir.
Vou ter que usar o Fabio para não chegar
no doutor Alexandre.
É, com certeza.
Vou ter que me socorrer ao Fabio…
Eu queria perguntar se é verdade, se a gente
começar a jantar em prato de sobremesa ajuda
ou não?
É um prato menor, pode ajudar.
Que você engana seu cérebro…
Depende de quantos pratos de sobremesa você
vai usar para enganar o cérebro, não seria
isso?
É, são várias dicas que podem parecer bobas,
mas que trazem efeito e traçando metas palpáveis
e que sejam possíveis. Se você tem uma alimentação
péssima, aquela pessoa que acorda tomando
refrigerante com bolo…
Isso é bom.
Claro, que não vai ser do dia para noite
que ela vai ter uma alimentação perfeita,
sem açúcar, super saudável, tem que ser
aos poucos, até porque a chance dessa pessoa
fazer no máximo uma semana e desistir querer
voltar para o bolo com refrigerante vai ser
maior. Então, tem que ir adotando hábitos
saudáveis aos poucos. Alimentação é algo
meio complexo porque envolve a parte social,
envolve muito o psicológico então tem que
ser aos poucos e também para a pessoa não
ter essa sensação de que tudo o que eu quero,
tudo o que gosto eu não posso comer e ai
ela fica, tudo que é bom é proibido, muita
vida agora é sem graça, porque eu estou
de dieta é bem assim, eu não mais ser feliz,
exatamente.
Acho que a palavra é essa, não é dieta,
é reeducação alimentar, se você fica pensando
que está de dieta tem um dia final, um dia
vai acabar, reeducação não é para o fim
da vida.
É para o fim da vida.
Karina, você que é enfermeira especialista
em controle de infecção, profissionais de
saúde acho que estão mais sujeitos, mais
vulneráveis seria isso?
Então, hoje o tema que eu venho trazer é
um tema muito importante e sério, é que
os profissionais da saúde eles estão ali
para reestabelecer a saúde de vários pacientes
então, eles estão para cuidar e ter um paciente
saudável, só que esse profissional hoje,
ele está adoecendo na linha frente, então
ao invés de cuidar você tem uma pessoa doente
cuidando de uma outra pessoa que está doente.
Então, hoje em diversos hospitais a Organização
Mundial da Saúde, ela diz o que? Que a gente
tem 33 milhões de profissionais da saúde
e desses 33 milhões, 3 milhões passam por
acidentes com agulhas contaminadas por ano,
que é um número bem significativo, mas a
gente tem diversos estudos que os acidentes
91 por cento são subnotificados então se
a gente pegar que tem 3 milhões notificados
e que 91 por cento não são notificados,
a gente tem muito acidente, a gente tem mais
acidente do que a quantidade de profissionais
que a gente tem na linha de frente hoje. E
o acidente com perfuro cortante, vamos supor
que eu Karina enfermeira eu vou atender um
paciente fazer uma injeção (ininteligível)
uma benzetacil que dói bastante, e ai eu
tiro a agulha e me perfuro em seguida, eu
tenho risco de contrair HIV, Hepatite, mais
de 20 patógenas que são transmitidas pelo
sangue. Então, o profissional ele pode ter
o adoecimento pelo patógeno, mas também
tem o transtorno emocional dele, porque ele
não sabe se ele vai adquirir uma doença
que vai mudar para a vida inteira os hábitos
dele. Então, eu venho falar um pouquinho
desse tema que é muito importante.
Vou aproveitar, me permita doutor Alexandre
que está aqui, mas é…
Sendo um testemunho.
Mas eu imagino que se eu preciso dos trabalhos
do doutor Alexandre, ele tem o cuidado de
se proteger para exercer a…
O cuidado existe, só que existem várias
variáveis que às vezes atrapalham. Então,
eu vou contar época da residência que eu
acho que é onde as coisas mais acontecem,
mas faz mais de década atrás. Mas na época
da residência a gente trabalha demais, a
carga horaria é insana a ponto, teve um dia,
um dia não, forma mais, foram 72 horas de
plantão seguidos, não era rotina, rotina
eram 36 – 48 horas com certeza então, se
você entra na cirurgia depois de 48 horas
de trabalho, esperar que tenha os mesmos cuidados
é quase que impossível. Eu sofri vários
acidentes com perfuro cortante, principalmente
na época de residência, graças a Deus não
aconteceu nada. E a subnotificação é importantíssima,
porque imagina você estar 48 horas de plantão,
entra numa cirurgia, perfura o dedo ai você
vai falar com deve falar e descobre o protocolo
de aviso de um acidente com perfuro cortante,
que é uma coisa insana, você vai gastar
mais umas 12 horas indo fazer exame, avisando
todo mundo que tem que avisar. Então, eu
subnotifiquei os acidentes da minha época
com certeza absoluta, é um problema enorme.
E tem outra coisa também, a gente está falando
só de perfuro cortante, mas eu trabalho com
raio x então, com a fluoroscopia que é um
equipamento que emite raio x numa dose altíssima
e esse controle também tem que ser feito.
Tem um cirurgião americano recentemente que
teve um tumor cerebral por causa do raio x
que ele usou durante a vida toda então, imagine,
ele salvou centenas ou mais, milhares de vidas
fazendo isso e ele acabou adquirindo uma doença
diretamente relacionada ao trabalho dele.
Mas Karina, você que é uma área especifica
tua enfermagem, como se proteger, como os
teus colegas de profissão podem fazer uma
prevenção?
Isso. O acidente com perfuro cortante ele
é multifatorial então, ele tem várias coisas
que podem…
Perfuro cortante uma seringa, um…
É uma agulha contaminada. Doutor Alexandre,
foi muito bem colocado a questão da dupla
jornada de trabalho, é um fator que gera
o risco de você ter o acidente com perfuro
cortante, emergência é um outro fator, centro
cirúrgico os artigos científicos eles demonstram
o que? Que a maioria dos acidentes ocorrem
no pronto socorro e no centro cirúrgico,
são situações que você tem um grande estres,
de emergência, então ali você está pensando
em salvar a vida do paciente em primeiro lugar
sempre e a sua vida fica de lado e muitos
profissionais atendendo ao mesmo paciente.
Então, a gente também tem outros setores
que estão sendo afetados com acidentes de
perfuro cortante como lavanderia, manutenção
e o profissional da limpeza. Hoje dentro do
hospital numa emergência uma seringa contaminada
acaba indo para um lixo comum, o profissional
da limpeza vai fazer a coleta desse lixo e
se perfuro e ai ele não sabe nem quem procurar
para ter uma medida de prevenção após o
acidente. E essa questão da burocracia é
uma questão também, por isso a gente tem
91 por cento de subnotificação. Quando você
vai fazer a notificação desse acidente você
precisa procurar vários setores e ai nisso
a dificuldade que tem, então a gente não
consegue ter esses 3 bilhões é pouco perto
do cenário que a gente tem no Brasil hoje.
Uma das maneiras de evitar o acidente com
perfuro cortante em diversas situações são
os dispositivos de segurança então, hoje
no Brasil tem uma norma que chama NR32 que
ele preconiza que todas as instituições
de saúde disponibilizem os perfuros cortantes
com dispositivo de segurança então, agulhas,
lancetas, seringas com dispositivo de segurança.
Então, esses dispositivos vão prevenir o
acidente tanto no momento da aplicação no
procedimento, quanto no descarte então, aqui
doutor Zancopé, eu tenho um exemplo de como
prevenir…
Gostei do doutor.
Então, vamos tomar uma injeção, doutor?
Vamos aplicar agora uma injeção, eu trouxe
uma agulha bem grande, então hoje aqui eu
vou trazer um exemplo, de como prevenir um
acidente com perfuro cortante, que é uma
seringa que a gente chama de seringa inteligente,
é uma seringa que ela via proteger o profissional
da saúde para não ter o acidente com perfuro
cortante, ela não altera em nada o procedimento
do hospital e o cenário ideal seria que todos
os hospitais utilizassem esse tipo de dispositivo
de segurança, se tivesse isso em todas as
instituições o número de acidentes ia reduzir
muito e o profissional ia estar trabalhando
com segurança na linha de frente e um profissional
trabalhando com segurança é um profissional
feliz e prestando o seu máximo na assistência,
vamos tomar uma injeção, doutor?
Daqui a pouco, depois do intervalo você pode
aplicar a injeção. ‘Gente que fala”
retornará em instantes. O nosso “gente
que fala” o Fabio Martins de França, que
é especialista em ginástica para o cérebro,
a nutricionista Carolina Arbache, a enfermeira
Karina de Araújo e o cirurgião vascular
Alexandre Amato. Doutor Alexandre o senhor
citou em instantes em carótida existe cirurgia
especifica para carótida?
Sim, sim. Quando há o estreitamento da carótida
ou formação de placas ou nome que todo mundo
conhece aterosclerose, dependendo do grau
de estreitamento pode ser indicado o tratamento
cirúrgico sim. Então, o que eu falei no
primeiro bloco era sobre a prevenção então,
como evitar de chegar de precisar do cirurgião
vascular, à partir de certo ponto onde esse
estreitamento já começa a dificultar que
o sangue chegue no cérebro e pode enviar
micro êmbolos, que também podem causar lesão
cerebral, a cirurgia pode estar indicada.
Existem basicamente dois tipos de cirurgia
e é muito importante saber que elas existem.
Então, a cirurgia aberta que é a tradicional
que existe há décadas e décadas, seria
a abertura e retirada dessa placa e existe
agora cirurgia endo vascular e através de
um furinho na virilha a gente consegue colocar
um stent e esse stent abre essa carótida.
Então, a princípio pode parecer, ah, a cirurgia
mais moderna é o stent e é a melhor que
tem, não, as duas continuam sendo usadas
e tem a sua indicação precisa e isso é
muito importante saber que se você procura
um médico que só faz uma técnica ele vai
indicar a única que ele sabe saber e tem
que ir atrás do cirurgião vascular e endo
vascular, que é o especialista que faz as
duas técnicas e vai poder indicar a melhor
em cada caso. Então, tem paciente que o stent
não se aplica e tem paciente em que a cirurgia
aberta não se aplica.
Isso que é importante que de repente eu encontro
um cirurgião que a especialidade é cirurgia
aberta, então ele quer mostrar as qualidades
dele.
Exatamente. Também tem o radiologista, o
radiologista intervencionista é médico que
estudou o endo vascular só, ele sabe colocar
stent, mas for necessário a cirurgia aberta
ou ele tem essa abertura de enviar para o
cirurgião vascular ou ele vai tentar indicar
o que ele sabe fazer.
Por que apresenta risco de AVC?
Na manipulação, no intra operatório, a
pergunta é no intra operatório, né?
eu acho que é, eu sou curioso, o senhor que
tem que esclarecer.
Durante a manipulação tanto da cirurgia
aberta, quanto na cirurgia indo vascular,
pode se desprender algum pedacinho dessa placa
e parar no cérebro, isso pode causar um AVC.
A cirurgia, o ideal é que ela seja preventiva
então, no momento que a gente identifica
que o risco de não fazer nada é maior que
o risco da cirurgia, ou seja, a cirurgia tem
um risco vale a pena operar. Falar um pouquinho
de número, então se o paciente é assintomático
não tem sintoma nenhum, tem um risco de AVC
entre 2 a 5 por cento, a cirurgia aberta vai
ter um risco também entre 2 a 5 por cento,
se o risco se empata não faz nada, se o risco
da cirurgia é menor vale a pena operar profilaticamente
par evitar que tenha um AVC no futuro, não
existe cirurgia com risco zero, tanto o stent
que é a técnica mais moderna quanto a cirurgia
aberta, existem riscos e estes riscos tem
que ser medidos, mensurados, para que tenha
uma indicação boa para cada caso.
Para aqueles que acompanham o “gente que
fala” eu sou repetitivo, mas os senhores
que estão aqui participando do hoje, na tua
especialidade, a do Fabio, da Karina e também
da Carolina. Prevenção, nós não temos
isso no Brasil?
Não.
Lamento, mas nós não temos.
Infelizmente o nosso foco é apagar incêndio.
Quando a Carolina fala sobre uma dieta, quando
a Karina fala sobre cuidados, se pensarmos
em termos de São Paulo, aí nós temos um
universo maravilhoso e Fabio nem trabalha,
porque essa (ininteligível) é fácil.
Tenho uma história curiosa para contar, que
aconteceu esses dias recente. Um paciente
que passou no consultório com lesão de aterosclerose
grave já avançada ele virou para mim e falou
assim “mas doutor, ninguém falou nada para
mim antes, como que isso apareceu?” “Senhor,
desculpa, essa doença tem mais de década,
eu rasgo o meu diploma se nenhum médico falou
para você parar de fumar” ai o familiar
olhou para ele e falou assim “é”…
Não precisa nem ser médico para isso.
Mas isso faz parte da prevenção, isso faz
parte da profilaxia.
Alexandre, o senhor fala para um paciente
que ele tem que parar de fumar ele muda de
médico, é mais fácil.
Exatamente.
Você vai lá e o Faio “ó, você tem que
exercitar, fazer isso, aquilo, exercitar o
teu cérebro”, já não vou mais com o Fabio,
essas coisas são comuns, eu vou na Carolina
ela me passa uma dieta eu vou embora.
O máximo a dieta de um mês para o carnaval,
ninguém quer…
Você está correto mesmo Zancopé, a prevenção
ela é muito difícil para o ser humano, porque
você tem que trocar uma comodidade, uma satisfação
imediata para uma coisa que você vai conseguir…
Sair da sua zona de conforto.
Só no futuro que você vai ver o resultado.
Aí nesse momento em que o paciente foi o
doutor Alexandre, o senhor há mais de 10
anos o senhor tem esse problema?
Isso mesmo.
Então mais de 10 anos eu estou mudando de
médico, melhor do que fazer a prevenção.
Não tem um segmento, isso é importante também
o segmento, as pessoas ouvem às vezes alguma
coisa que não quer ouvir no médico, isso
é muito frequente, “ah, ele não falou
o que eu queria ouvir, eu vou procurar até
encontrar alguém que fala o que eu quero
ouvir” e infelizmente vai achar.
Conversei com doutor Letizio, em instantes,
quando ele fala “não é recomendado”,
se alguém por lá e ele disser “não é
recomendado” esse paciente vai procurar
outro que diz “ó, isso é muito bom e eu
faço”
Doutor Zancopé, tem um dado bem interessante
do Ministério do Trabalho, que cada um real
investido em prevenção economize-se 4 então,
a gente tem que pensar em prevenir para não
chegar com essa questão. Quando a gente fala
de acidente com perfuro, isso é uma coisa
muita séria, você tem que pensar no antes
para não correr atrás do prejuízo depois
e o senhor não foge que eu vou fazer uma
aplicação muscular em você ainda, eu não
esqueci.
Pensei que você tivesse esquecido.
Não, não esqueci.
A memória sua está excelente.
Minha memória está ótima. Eu estou aqui
do lado eu estou só aguardando.
Eu estou exercitando mais para fugir da injeção.
Não fuja, olha a prevenção, vamos prevenir.
Carolina, o que é esquiate, é isso?
Esquiate é uma bebida à base de chia, a
chia todo mundo já conhece acho, né, já
está bem famosa na mídia.
Originário do México, alguma coisa assim,
não é?
Isso. É uma bebida consumida por um povo
e os índios que são conhecidos como os maiores
corredores, tem até livros a respeito o “nascidos
para correr” era uma tribo indígena que
corria assim em cerca 150 quilômetros por
dia, é o que eles sabiam fazem, eles saiam
correndo por ai.
; eu vou sair para dar uma corridinha.
Dar uma corridinha de 150 quilômetros, coisa
básica, não tem nada para fazer.
é chia, a base é chia, mas o que mais?
É uma bebida à base de chia, água, limão
e mel e eles utilizavam, consumiam bastante
aí foram associar essa bebida com o desempenho
esportivo que eles tinham que era incrível,
quem corre 150 quilômetros? E atualmente
a gente faz essa associação e realmente
tem muitos benefícios, porque a chia está
muito na moda, porque realmente é um superalimento,
ela tem além de aminoácidos, fibra gorduras
boas do ômega 3 que inclusive é muito legal
para o cérebro, para prevenir Alzheimer e
tudo mais.
Mas tem um a fórmula especifica desse esquiate,
uma receitinha?
Bem simples.
Que você citou ai chia.
Orador D; Bem simples para fazer em casa,
uma colher de sopa de chia, um copo de água,
espreme um limão e uma colher de sopa de
mel ou melado de cana , coloca gelo chacoalha
bem e ai toma antes do exercício ou durante.
Diabéticos não pode tomar?
É ai o mel não é indicado, mas daí para
tirar o mel e colocar um stevia, por exemplo,
um adoçante natural.
Espero que nenhum diabético queira correr
100, 150 quilômetros sem o acompanhamento
médico, por favor.
Fabio, exercício tem a ver com inteligência?
Na verdade existem vários tipos de inteligência,
então tem pessoas que tem uma inteligência
matemática e tem esportistas que tem outro
tipo de inteligência, uma inteligência corporal,
imagina um jogador de futebol como é que
ele consegue chutar uma bola e acertar no
pé de uma outra pessoa que está em movimento
então, ele tem uma inteligência, uma inteligência
corporal, bailarino inteligência corporal,
tem pessoas que tem inteligências linguísticas
eu consigo aprender vários idiomas e eu consigo
praticar esses idiomas então, existem vários
tipos de inteligência, você não pode rotular
uma pessoa que não tem habilidade em especifico
de não ser inteligente, talvez ele não tenha
aquela habilidade, eu sou péssimo jogador
de futebol então eu não tenho uma inteligência
corporal boa, então é um exemplo, então
rotular pessoas é ruim. Mas então, está
relacionado o esporte ele tem outro tipo de
inteligência e é bastante interessante você
ver isso e tem pessoas que tem mais facilidade
para números, tem pessoas como eu mencionei
facilidades para idiomas, a gente tem que
identificar qual dessas inteligências é
a melhor e utilizar isso como um benefício
próprio e às vezes a gente tem que pegar
uma deficiência e daí trabalhar esse deficiência
e tentar melhorar essa deficiência. Tem três
tipos de inteligência que são importantes
para o trabalho e também para a vida social,
a inteligência lógica matemática então,
matemática você usa todo dia, quero estacionar
o carro tem que determinar qual que é a proporção
senão vou bater no carro do vizinho, então
inteligência lógica matemática, a interpessoal
todo mundo hoje convive em sociedade então,
é difícil você ter uma pessoa que não
consegue se relacionar e eu também preciso
ter o que? A inteligência de conseguir definir
ou identificar as emoções nas outras pessoas,
então eu preciso ter essa inteligência emocional
também. Então, essas são as três principais
que todo mundo precisa ter e mais uma que
talvez inata, a pessoa já nasce com aquilo,
talvez ela fazendo uma atividade ela consegue
potencializar, é o caso do jogador de futebol,
pessoas que correm.
repetição, repetição do exercício.
Isso. Existem alguns estudos que falam que
uma pessoa se torna mestre numa determinada
atividade com mais de 10 mil horas que é
o caso de pianista, jogadores de xadrez e
assim por diante, existem outros estudo que
fala que à partir de 82 horas você já consegue
dominar o assunto, não que você seja mestre
naquele assunto então, 82 horas é o tempo
mínimo para você dominar o assunto, eu sei
o que é eu consigo conversar sobre aquele
assunto então existem diferentes coisas.
O exercício simples, o exercício simples
é importantíssimo…
é importantíssimo. A repetição ele auxilia
no processo de memorização, ah, então,
quero me lembrar de alguma coisa, o que eu
devo fazer? Estou lá em casa eu estou estudando
o que eu devo fazer para conseguir reter a
informação? Primeira coisa é escrever,
então quando eu escrevo algo que eu quero
aprender eu aumento em 188 por cento a capacidade
de retenção, a segunda coisa é a repetição,
então a repetição auxiliar no processo
de memorização. Tem uma coisa que é extremamente
importante, existe a chamada curva do esquecimento
o que é a curva do esquecimento? É um processo
que acontece com todo mundo, que uma informação
que é exposta ela após um período de tempo
eu não consigo reter essa informação então,
um exemplo, de tudo o que a gente está falando
aqui do preparo do chá por cento, amanhã
eu vou lembrar 60 por cento, talvez eu esqueça
do mel que tem que adicionar mel então, após
24 horas a gente esquece 60 por cento, após
7 dias a gente vai esquecer o que? A gente
vai se lembrar só 30 por cento, talvez eu
me lembre que é chia, eu não me lembro que
eu tenho que…
Já esqueceu.
…Já esqueci, talvez eu não me lembro da
quantidade, da colher e assim por diante e
30 dias depois, talvez eu me lembro que eu
falo “‘nossa’ a gente conversou sobre
o assunto” eu preciso ganhar da curva do
esquecimento daí entra a repetição, é
escrever, fazer uma revisão logo após 24
horas, 7 dias e 30 dias daí eu retenho essa
informação adi eterno.
Karina, você está quietinha ai, não desistiu
ainda da injeção?
Não desisti de maneira alguma.
Explica melhor sobre a seringa, que você
diz que tem como é que é?
Solução, temos a solução para evitar os
acidentes com perfuro cortante então, hoje
não adianta relacionada a seringa a prevenção
você só vamos falar “doutor Alexandre,
toma cuidado na cirurgia” isso não é o
suficiente, precisa ter algum mecanismo que
proteja do perfuro cortante, o mecanismo a
solução é uma coisa simples, que é uma
seringa com dispositivo de segurança que
vai prevenir que o profissional não tenha
o acidente com a agulha contaminada. Então,
vamos supor, que eu vou fazer uma benzetacil
em você, que é uma medicação que não
dói quase e aqui está o glúteo do senhor,
vou pedir para segurar assim então…
Com implante ou sem implante (risos)
Esse está sem implante.
Sem implante.
E ai eu vou fazer a aplicação então, a
técnica vai ser normal então, fiz aplicação
uma picadinha não vai doer, sempre a gente
fala isso, mas dói vai entrar um pouquinho
e vou infundir, qual que é a diferença dela?
Eu vou fazer um clique e a agulha vai sair
de dentro do tecido do paciente para dentro
do cilindro então, o profissional da saúde
não tem contato nenhum com a agulha contaminada,
a agulha está dentro do cilindro então,
ela não vai se soltar daqui, vamos supor
que numa emergência, numa cirurgia o doutor
Alexandre está operando, ele está com vários
colegas de trabalho, residente, alguém deixa
do lado do paciente, se ele colocar a mão
ele não tem o risco de sofrer acidente com
a agulha contaminada, se for no meio da roupa
de cama quando for para a lavanderia não
vai ter o risco então, ela vai estar protegendo
tanto no momento da assistência que manipula
quanto no descarte então, essa é a solução,
é uma solução simples. Os hospitais hoje
tem uma norma que é a NR32, que obriga eles
a utilizaram, porem falta fiscalização então,
alguns hospitais utilizam, outros não e a
gente tem número de profissionais contaminados
com HIV, hepatite onde que uma simples seringa
acabaria solucionando esse problema e não
mudaria a vida inteira dele por conta de um
acidente ocupacional.
Karina de Araújo, agradeço tua gentileza.
Tem uma forma de entrar em contato contigo?
Tem, tem sim. Eu vou pedir para entrar pelo
site que é www.sol-m.com.br.
Repete, como diz o Fabio, eu tenho que exercitar.
tem que exercitar a memória vamos todo mundo
decorar o site www.sol-m.com.br.
Grato por ter vindo ao “gente que fala”.
Obrigada que eu agradeço.
Doutor Alexandre, muito bom tê-lo aqui, espero
não precisar do senhor.
Se precisar eu estou à disposição.
É grave, se precisar é grave.
A gente faz o que pode.
Grato por ter vindo ao “gente que fala”.
Tem uma forma de contato mais direto?
Tenho o nosso consultório o site www.amato.com.br.
Grato por ter vindo ao gente que fala. Fabio
Martins de França, tem alguma forma de entrar
contato direto contigo, um site?
Tem sim. Eu queria também aproveitar para
eu convidar todos os ouvintes, nós vamos
ter na semana que vem a semana do “cérebro
ativo” onde que nós vamos ter mini workshops,
palestras e outras atividades ali na avenida
Pompéia e caso vocês queiram participar
do evento, por favor, entre em contato com
telefone 3181-2166.
Repete 3181…
3181-2166, e os eventos vão ser na parte
da manhã, à tarde e à noite.
Avenida Pompéia é no Método Supera Ginástica
para o Cérebro, é isso?
Isso mesmo. Então do dia 18 ao dia 23.
Grato por ter vindo ao nosso “gente que
fala”.
Obrigado você.
E você Carolina Arbache, bom tê-la aqui.
Como é que se entra em contato direto contigo?
pode ser pelo site também www.natuiee.com.br.
Grato por ter vindo, transmita um abraço
para o doutor Carlos Arbache.
Pode deixar.
“Gente que fala” tem a direção geral
do jornalista Fausto Camunha, diretora de
produção Zenilda Salvato, redação Haraela
Brandão e Pedro Schiavon, pauta José Carlos
Cicarelli, produção cultural Ricardo Godói,
na Rádio Trianon Benebene, Cléo Rodrigues,
Neildo Neres, Ricardo Valim, na direção
da TV Guarulhos Fernando Mauro, na direção
da ALLTV Alberto Luchetti, na técnica James
Eduardo, Marcelo Fontana, Sérgio de Oliveira,
Iago Matsumoto. Estaremos de volta amanhã
12:00 horas, gratos até lá.