O controle da diabetes é importante?

Imagem de uma menina testando diabetes em um medidor de glicose. O controle da diabetes é fundamental para a saúde e qualidade de vida de quem convive com a doença. Saiba mais sobre a importância do controle da diabetes no post: "O controle da diabetes é importante?"
Sim, ficou comprovado que ocorre queda nas taxas de hemoglobina glicosilada, e esta é utilizada exatamente para medir o controle da diabetes no paciente.

Neste vídeo, o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, fala sobre a relação entre a diabetes e a má circulação. Ele explica que quem tem diabetes, tem aterosclerose por definição, que são pequenas placas que vão se desenvolvendo na parede do vaso com a deposição de gordura e cálcio. A aterosclerose no início é assintomática, mas acumula placas até o momento em que obstruem a artéria e trazem sintomas direcionados àquela região. A diabetes traz diversos outros problemas de saúde, como uma suscetibilidade maior para infecção e insensibilidade nos pés, o que pode levar a problemas vasculares, incluindo o pé diabético. O Dr. Amato oferece dicas para evitar esses problemas, como controlar a diabetes, usar calçados confortáveis, inspecionar periodicamente os pés e evitar auto-cuidado com calos e unhas. Ele também recomenda fazer acompanhamento com um cirurgião vascular para prevenção de lesões do pé diabético.

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje vou falar da diabetes e da má circulação, o que a diabetes tem a ver com a cirurgia vascular, com a angiologia, com o problema nos seus vasos? Então se você tem diabetes, esse vídeo é pra você. Se alguém na sua família tem diabetes, esse vídeo é para você e para esse familiar, pode pegar e já encaminhar esse vídeo para ele. Por que? Porque quem tem diabetes, tem aterosclerose por definição e o que quer dizer isso? Aterosclerose são aquelas pequenas placas que vão se desenvolvendo na parede do vaso, com a deposição de gordura, a deposição de cálcio e quem tem diabetes tem isso de forma acentuada, já desde o início da doença. E como é que eu posso falar que todo mundo que tem diabetes tem aterosclerose? Porque a aterosclerose não é uma doença do tipo sim ou não, é uma doença do tipo níveis de aterosclerose. Então basta a gente nascer, para começar a ter as pequenas lesões ateroscleróticas na parede das artérias. Agora se basta a gente nascer, isso quer dizer o que? Quer dizer que fatores de vida, hábitos diários, alimentação, por exemplo, acaba influenciando bastante nessa formação de placa. Então mesmo na adolescência, mesmo na infância, a gente vai ter pequenas lesões ali, a questão é que o nosso corpo consegue lidar bem com elas, quando tem a diabetes, essas lesões começam a se formar de forma mais acentuada e o nosso corpo perde a capacidade de lidar com essa alteração da parede do vaso, de forma que essas placas vão se acumulando e desenvolvendo a aterosclerose. A aterosclerose no início, ela é completamente assintomática, ela não traz sintoma nenhum. Você não vai sentir dor, você não vai sentir cansaço, não vai sentir nada. Ela ocorre por causa de uma inflamação crônica, ela ocorre por causa da alimentação errada, ocorre por causa do tabagismo. Você pode ter outros sinais de sintomas relacionados a outras coisas, por exemplo, o cansaço do tabagista vai estar mais relacionado à falta de ar ou outras questões no início da aterosclerose, do que de verdade na aterosclerose. Agora ela vai acumulando essas placas, até o momento em que obstruem a artéria e, aí sim, quando a gente atinge um determinado nível de obstrução em média uns 60, 70% de obstrução de um vaso aí aquela região começa a trazer sintoma e o sintoma vai estar direcionado àquela região. Então se você tem uma obstrução de uma artéria da perna, vai ter dor na perna, se você tem uma obstrução da artéria renal, você pode ter hipertensão arterial, ocasionada pela falta de sangue que chega nos rins. Se você tem uma obstrução da artéria, por exemplo, do intestino você vai ter uma dor pós-prandial. Você come e sente dor. Então, quem tem diabetes tem uma um aumento na velocidade na deposição dessas placas. Agora a diabetes traz diversos outros problemas de saúde que não é o que eu vou mencionar aqui nesse vídeo, agora a primeira lesão é no vaza nervorum, são os vasos que irrigam os nervos principalmente da periferia. Então esses nervos que são os sensitivos na sua maioria, eles ao morrerem ou ao perderem a função, eles vão trazer uma insensibilidade. Então pode até ter uma dormência nos pés, pernas, mas normalmente é uma insensibilidade. Então o paciente tem diabetes, tem uma suscetibilidade maior para infecção e tem uma insensibilidade nos pés. O que isso vai acabar acontecendo? Bom, esse paciente pode ter uma pequena lesão no pé e se ele está mais suscetível à infecção, essa infecção vai acabar crescendo, vai acabar se desenvolvendo. Mas ele está insensível, ele não sente dor. Exatamente! Ele não vai procurar o médico cedo, ele não vai se preocupar com uma pequena lesão no pé e muitas vezes quem tem diabetes, tem lesão ocular também, com dificuldade de enxergar, e aí, ele não enxerga esse problema nos pés. E aí, esse problema vai crescendo, podendo levar até a amputação. Então esse é o ciclo da diabetes, do pé diabético e do problema da má circulação. Agora o que realmente interessa para quem tem esse problema é como evitar, como cuidar, e não ter esse tipo de lesão vascular. Em primeiro lugar controlar demais, muito bem a diabetes, porque é exatamente essa oscilação na glicemia, essa oscilação do açúcar no sangue que causam todas essas lesões. Então se você tiver a diabetes controlada, é bem possível que não venha a ter esses problemas vasculares. Agora todos têm que se preocupar com os pés. Então a questão é em primeiro lugar, calçado, tem que usar calçado confortável, se possível sem costura por dentro. Usar a meia com a costura para fora, sempre olhar dentro do calçado, procurando alguma pedrinha, ou alguma coisa que possa te machucar, sempre, periodicamente fazer a inspeção dos pés, então duas, três vezes na semana olhar o seu pé e ver se tem alguma lesão lá, porque você pode não estar sentindo. Tomar muito cuidado em tirar calo ou cortar a unha, isso tem que ser feito por profissional especializado, ou mesmo evitar isso. Muita atenção no frio, então no frio exagerado, você pode ter pequenas lesões e nem perceber, ficar muito atento à alimentação, a alimentação direcionada é para evitar as complicações da diabetes e fazer o acompanhamento não só com o seu endocrinologista, mas com um cirurgião vascular também com intuito de profilaxia, de prevenção de lesões do pé diabético. Eu tenho outros vídeos aqui falando sobre pé diabéticos e dicas, vale a pena dar uma olhada, se for o seu caso. 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