Entrevista sobre Lipedema no programa televisivo manha da piedade em 8/6/2021 com o especialista Prof. Dr. Alexandre Amato.
Título: Lipedema – Uma doença crônica que afeta 11% das mulheres no mundo
Lipedema é uma doença crônica que atinge cerca de 11% das mulheres em todo o mundo, caracterizada pelo acúmulo de gordura em locais específicos do corpo, como quadris, nádegas, pernas e tornozelos. Essa condição causa uma aparência desproporcional em relação ao restante do corpo e, infelizmente, não possui cura. O médico doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular e professor da Universidade Santo Amaro, explica mais sobre essa doença e seus sintomas.
Além do acúmulo de gordura, o lipedema pode causar sensação de inchaço, dor, sensibilidade ao toque, aparecimento de equimoses (roxos) sem motivo aparente e fragilidade capilar. Essa doença tem uma característica genética e hereditária, expressando-se principalmente nas mulheres durante fases de intensa variação hormonal, como a puberdade, gestação e menopausa.
O lipedema é frequentemente confundido com o linfedema, mas são doenças distintas. O linfedema é assimétrico e caracterizado pelo acúmulo de líquido fora do vaso, enquanto o lipedema é simétrico e relacionado à deposição de gordura inflamada. Além disso, o linfedema não causa dor, diferentemente do lipedema.
O diagnóstico do lipedema é essencialmente clínico, baseado na conversa com o paciente e no exame físico. Já o tratamento pode ser dividido em conservador e cirúrgico. O tratamento cirúrgico consiste na lipoaspiração, que visa melhorar a mobilidade e os sintomas, mas não é obrigatório. O tratamento conservador envolve psicoterapia, meditação, ioga, drenagem linfática, identificação de gatilhos inflamatórios, fortalecimento da musculatura e controle do peso.
Alimentos inflamatórios, como trigo, glúten, leite, sal e açúcar, podem agravar o lipedema. A obesidade também pode alimentar a doença, sendo necessário abordar ambas as condições simultaneamente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será a qualidade de vida da mulher afetada pelo lipedema.
Para mais informações, siga o doutor Alexandre Amato no Instagram @dr.alexandreamato.