Erisipela: causas da infecção dos vasos linfáticos

erisipela - Erisipela

A erisipela é uma infecção da pele que causa feridas vermelhas, inflamadas e dolorosas, geralmente nas pernas, rosto ou braços, mas pode aparecer em qualquer parte do corpo. É mais comum em pessoas com mais de 50 anos, obesas ou diabéticas. Pode ser causada por uma bactéria específica ou por celulites. A prevenção inclui combater as micoses interdigitais, cuidar da higiene dos pés, tratar ferimentos ou arranhões e pequenas infecções na pele. Se você tiver sinais ou sintomas de erisipela, é importante procurar orientação médica imediata, pois pode levar a complicações como linfedema. A erisipela é uma doença infecciosa e não contagiosa. Entenda mais sobre as causas, diagnósticos diferenciais, possíveis complicações, tratamentos e prevenção neste artigo.

A erisipela é uma infecção generalizada da pele causada geralmente por uma bactéria chamada Streptcoccus pyogenes, mas também pode ser causada por outras bactérias, como Staphylococcus aureus, que são comuns em infecções bacterianas. É mais comum em pessoas com mais de 50 anos, obesas ou diabéticas. O tratamento da erisipela é feito via oral, com o uso de antibióticos para combater a infecção. É importante procurar orientação médica imediatamente se você apresentar sinais ou sintomas de erisipela, pois a doença pode levar a complicações graves.

Sumário

Erisipela é infecção cutânea causada geralmente pela bactéria Streptcoccus.

O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, fala sobre erisipela em um vídeo. Ele explica que erisipela é uma infecção extremamente comum que causa vermelhidão na perna devido a uma bactéria localizada no tecido subcutâneo e derme em membro inferior. Ele também menciona que a erisipela é causada por uma bactéria específica, mas também pode ser causada por outras bactérias menos graves chamadas celulite. Ele menciona que erisipela precisa de uma “porta de entrada” geralmente é feridas no pé, como micose. Ele explica que os pacientes com erisipela geralmente apresentam sinais sistêmicos de infecção, como febre, calafrios e infecção mostrada no sangue. Ele enfatiza a importância de tratar a erisipela rapidamente e com antibióticos indicados pelo médico, e não esperar para consultar um cirurgião vascular e iniciar o tratamento o mais cedo possível para minimizar danos no sistema linfático. Ele finaliza pedindo para que as pessoas procurem seu médico o mais rápido possível se suspeitarem de erisipela.

 

 

A erisipela é uma infecção da camada superficial da pele que provoca feridas vermelhas, inflamadas e dolorosas, e se desenvolve principalmente nas pernas, rosto ou braços, apesar de poder surgir em qualquer parte do corpo. Esta doença é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos de idade, obesos ou diabéticos. Pode ser causada por uma bactéria específica (Streptcoccus pyogenes), ou por celulites. Assista ao vídeo e veja mais detalhes com o Dr. Alexandre Amato (108651).

Olá, sou o doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje vou falar um pouquinho sobre erisipela. A erisipela é uma infecção extremamente comum em que acaba causando um grande vermelhão na perna. Essa hiperemia, esse vermelhão decorrente de uma infecção por uma bactéria localizada no tecido subcutâneo e derme, em membro inferior. A erisipela é causada por uma bactéria bem específica, mas existe também a celulite, que aí não é celulite estética que todo mundo fala. A celulite também é uma infecção que pode ocorrer em tecidos subcutâneos e aí por outras bactérias menos graves. Mas as duas funcionam mais ou menos do mesmo jeito, tanto a erisipela quanto a celulite. É uma infecção que precisa de uma porta de entrada. Essa porta de entrada normalmente ocorre em pequenas feridas no pé e a ferida mais comum é a micose. Então quem tem uma micose, a gente sabe que a micose ocorre por causa de um fungo. Não é esse fungo que acaba causando a erisipela, mas as pequenas rachaduras, as pequenas feridas acabam sendo então a porta de entrada para essa bactéria que vai desencadear essa infecção. O paciente que tem então vermelhão na perna por causa de uma erisipela vai ter os sinais sistêmicos de uma infecção. Pode ter febre, pode ter calafrios, pode ter infecção mostrada no sangue também. E a erisipela deve ser tratada rápida e deve ser tratada com antibiótico sistêmico indicado pelo seu médico. Muito frequentemente os pacientes procuram o cirurgião vascular para o tratamento da erisipela, mas não espere passar até o consultório do cirurgião vascular. Se for demorar muito, vá ao pronto socorro, já inicie o tratamento, que é importante começar cedo, para ter a menor quantidade de dano no nosso sistema linfático possível. Quem tem a erisipela vai acabar tendo esse dano no tecido linfático, que pode acabar causando inchaço no futuro e predispor a novos eventos de erisipela. Então se tiver a suspeita, se tiver a dúvida, procure o seu médico o mais rápido possível. Muito obrigado pela atenção e estamos à disposição.

Você sabe o que é erisipela

Trata-se de uma infecção cutânea causada geralmente pela bactéria Streptcoccus. Ela e outras linfangites (inflamações de um ou mais vasos linfáticos) são doenças circulatórias que têm quadros clínicos semelhantes, com febre alta, vermelhidão e inchaço da perna, e podem ter em comum a mesma forma de contágio, a partir de uma lesão ou ferimento na pele. A prevenção consiste no combate às micoses interdigitais (lesões cutâneas entre os dedos), cuidados especiais na higiene dos pés, tratamento de pequenos traumatismos ou arranhões e de pequenas infecções da pele. Uma vez instalada a enfermidade, a pessoa deve procurar orientação medida imediata. Apenas uma crise já pode levar ao linfedema, que é o acúmulo do fluido linfático em determinada região do corpo.

A erisipela é uma doença infecciosa e não contagiosa, caracterizada por feridas avermelhadas, inflamadas e dolorosas na pele, especialmente nos membros inferiores como pernas e pés.
 
O nome pode até não ser muito comum, mas a erisipela é mais uma integrante do grupo das dermatoses infecciosas existentes e também pode ser atendida, popularmente, por zipra, esipra, zipla, mal-da-praia, vermelhão, entre outros nomes.
 
A doença não possui uma frequência exata para aparecer no organismo, podendo aparecer apenas uma ou várias vezes durante o ano todo ou, ainda, perdurar por toda a vida; mas sabe-se que após a primeira erisipela, a chance de outras virem é maior.
 
Se não tratada corretamente, a erisipela pode avançar tornando-se uma forma mais grave, a erisipela bolhosa, causando bolhas que possuem cerca de 10cm de comprimento e que contém um líquido que pode ser transparente, amarelo ou marrom. Se ocorrer surtos repetidos da doença, o linfedema que ela causa pode evoluir para elefantíase. Tardiamente a erisipela causa o linfedema.
 
Pelos seus sintomas serem muito parecidos com os de outra infecção de pele chamada celulite (que não é aquela irregularidade estética na pele que incomoda tanto as mulheres – celulite estética sugiro ler sobre lipedema), muitas pessoas confundem uma doença com a outra. Porém, é válido saber que elas não são a mesma coisa, uma vez que a erisipela atinge as camadas mais externas da derme e a celulite atinge as camadas mais profundas, inclusive o tecido gorduroso, localizado na hipoderme.
Erisipela ≠ Celulite ≠ celulite estética

A palavra erisipela (não erizipela) vem do grego erysípelas.atos (ἐρυσίπελας, pele vermelha); pelo latim erysipelas.atis, também chamada popularmente zipra, esipra ou zipla.

Os alimentos antiinflamatórios podem ajudar a acalmar a inflamação proveniente da erisipela

 

*Não é erizipela heim pessoal

Erisipela
Fonte: L de Salles Valiati, NC de Corrêa, JGB Geist. Erisipela e Celulite. BVSalud. 2018

Causa da erisipela

Normalmente encontramos uma porta de entrada para a bactéria causadora da erisipela o Streptococos. Essa porta de entrada pode ser uma pequena ferida, uma fissura ou mesmo uma picada de inseto. A bactéria oportunista entra pela lesão e causa infecção na região. Por vezes a lesão inicial é causada por um fungo, mas depois a bactéria entra e causa o estrago.

Diagnóstico diferencial de erisipela

O diagnóstico da doença é frequentemente feito por um cirurgião vascular, por ser doença que acomete o sistema linfático. Para outras dermatoses, o dermatologista saberá te indicar corretamente qual o tipo de tratamento para o seu caso.
Normalmente, por não ter necessidade, o especialista não pede nenhum exame além do clínico que ele mesmo faz. Porém, há alguns que solicitam um exame de sangue, ou até mesmo da pele, para confirmar qual é o tipo de bactéria causadora da doença.
 

Possíveis complicações da erisipela

Toda erisipela diagnosticada necessita de um tratamento, caso contrário, algumas complicações podem acontecer. No caso da erisipela, elas são:
  • Abscesso (acúmulo de pús);
  • Surgimento de coágulos de sangue (trombose venosa);
  • Gangrena (isquemia e morte do tecido);
  • Envenenamento sanguíneo, que acontece quando a infecção ultrapassa a corrente sanguínea (sepse), também chamada de infecção generalizada;
  • Infecção de válvulas sanguíneas;
  • Infecções de articulações e ossos;
  • Se a infecção estiver presente próximo aos olhos, é provável que ela atinja o cérebro.

No caso de suspeita de erisipela, vá a um pronto socorro ou ao cirurgião vascular mais rápido.

Linfangite

 

O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, fala sobre linfangite em um vídeo. Ele explica que linfangite é uma inflamação do sistema linfático, que é um dos três sistemas vasculares principais no corpo, junto com o sistema arterial e venoso. Ele menciona que o sistema linfático é responsável por trazer de volta as substâncias não utilizadas pelas células para a circulação. Ele menciona que o sistema linfático é frágil e precisa da ajuda do corpo, como a respiração, para funcionar. Ele explica que quando há um represamento na linfa ou alguma doença, como erisipela, pode ocorrer uma inflamação do sistema linfático, o que impede ou lentifica o retorno linfático. Ele menciona que linfangite deve ser tratada, e não necessariamente com antibióticos, se não houver uma infecção associada e deve-se seguir as orientações do cirurgião vascular, como o uso de elastocompressão, repouso com a perna para cima para melhorar a drenagem linfática. Ele finaliza pedindo para que as pessoas sigam as orientações do seu cirurgião vascular à risca no tratamento da linfangite.

Olá Sou o Doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje vou falar sobre linfangite. A linfangite é a inflamação do sistema linfático. Então nós temos três sistemas principais vasculares no corpo que é o sistema arterial, o sistema venoso, e o sempre esquecido sistema linfático. O sistema arterial leva o sangue para as pernas para o resto do corpo. O sistema venoso ele traz o sangue de volta para o coração. E o que faz o sistema linfático? O sistema linfático traz todas as excretas, toda toda substância que não foi utilizada pelas nossas células, o resto de metabolismo, que fica no interstício, que é entre as células ele capta esse líquido, que é um líquido rico em proteínas e leva de volta para a circulação. O sistema linfático é um sistema muito frágil, então ele precisa da ajuda do corpo. Então com a respiração, a inspiração e a expiração, para trazê-lo de volta para a circulação porque não é o coração que está bombeando e fazendo funcionar o fluxo linfático. Agora, quando há um represamento dessa linfa ou alguma doença como uma erisipela, por exemplo, pode ocorrer uma inflamação do sistema linfático. Na vigência de uma inflamação do sistema linfático ele para de funcionar e ele não leva mais a linfa de volta para a circulação, e começa a ocorrer um represamento. Então a erisipela que é uma infecção pode e sempre leva a uma linfangite. Agora uma linfangite pode ocorrer por outras causas não infecciosas também. São assépticas. Não tem uma bactéria envolvida. Essa inflamação da região pode então causar um represamento ou mesmo uma lentificação do retorno linfático. A linfangite deve ser tratada não necessariamente com antibiótico. Se não tiver uma infecção associada e deve-se seguir as orientações à risca pois realmente é necessário a coparticipação do paciente para uma melhora. Então desde o uso de uma elastocompressão que pode ser difícil no início por causa da dor associada, mas o repouso com a perna para cima melhora a drenagem linfática e se faz muito importante. Siga as orientações do seu cirurgião vascular à risca no tratamento da linfangite. Gostou do nosso vídeo? Curta compartilhe e até o próximo.

Tratamentos possíveis da erisipela

Sempre procure seu médico para indicar o melhor tratamento. Não faça auto medicação. Existem alguns modos de se fazer o tratamento para a erisipela
 
Tratamento caseiro acompanhado pelo médico
Ao constatar a doença, você deve:
  • Repousar na maior parte do dia com o local da infecção em uma posição mais elevada do que o seu corpo;
  • Repouso relativo: Revezar com o repouso algumas caminhadas pela casa;
  • Beber bastante líquido;
  • Fazer compressas com água gelada sobre as feridas.

Medicamentos

Os medicamentos prescritos pelo seu cirurgião vascular normalmente são para uma semana, mais ou menos. Entre eles estão:
  • Penicilina (o mais utilizado em casos de erisipela);
  • Ampicilina;
  • Cefalexina;
  • Amoxicilina, frequentemente com clavulanato;
  • Cefradina;
  • Ciprofloxacino.
Para quem tem alergia a penicilina, os medicamentos geralmente usados são:
  • Eritromicina;
  • Claritromicina;
  • Clindamicina.
No caso da erisipela bolhosa, caso mais grave da doença, os medicamentos podem ser aplicados através das veias, internado em um hospital.
 

Cirurgia

Cirurgias para o tratamento da erisipela só são requeridas em casos extremos da doença: quando ela se desenvolve no organismo de uma forma muito rápida e mata vários tecidos saudáveis do corpo. São casos gravíssimos que requerem cuidados intensivos do cirurgião. O procedimento da cirurgia, muito provavelmente, será a retirada desse tecido morto, o chamado desbridamento. As pessoas mais sujeitas a esses quadros graves são os imunodeprimidos.
 
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico.
 

Como se prevenir da erisipela

Por mais que a doença não possa ser sempre prevenida, temos que diminuir suas chances. Você pode seguir algumas dicas para evitá-la:
  • Como em toda infecção, lave as mãos constantemente para evitar a proliferação da bactéria;
  • Mantenha sempre as feridas limpas;
  • Não ande descalço e troque de meias todos os dias, dando preferência às de algodão;
  • Se você tiver pé-de-atleta, ou outra infecção fúngica, trate-o;
  • Use hidratantes para evitar que sua pele fique seca e acabe tendo fissuras;
  • Tente não coçar a sua pele com muita frequência, e sem violência;
  • Tenha certeza de que você não tem nenhuma outra doença de pele, como psoríase e eczema.
  • Siga as orientações de cuidados para o pé diabético, mesmo não tendo diabetes. Os cuidados visam manter os pés sem lesões, que é essencial para prevenir a erisipela.

A erisipela é uma infecção da pele causada por bactérias Neste vídeo, o Dr. Alexandre Amato explica as causas e sintomas da Erisipela, bem como como tratá-la. Ele também fornece algumas dicas úteis para evitar esta condição. Veja o vídeo indicado do momento: https://bio.amato.io/indicado #institutoamato Este vídeo é sobre Erisipelas e celulite infecciosa Erisipela é uma infecção bacteriana da pele que mais freqüentemente afeta as pernas. É causada pela bactéria Streptococcus. A infecção pode ocorrer após um corte ou raspagem na pele, ou a partir de uma picada de inseto. Os sintomas incluem febre, calafrios, dor de cabeça e gânglios linfáticos inchados.

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje eu vou falar sobre a erisipela. O que a gente pode chamar também de celulite infecciosa, que é uma situação muito grave que a gente precisa tratar, é a celulite infecciosa, erisipela. Ela são quase a mesma coisa, a celulite infecciosa, ela pode ser causada por qualquer bactéria. Enquanto a erisipela ela vai acontecer por um grupo específico de bactérias, que é o Streptococcus pyogenes do grupo beta hemolítico. Então, quando a gente tem uma celulite infecciosa, ela pode acontecer por várias bactérias. Mas quando a gente tem especificamente por essa bactéria, a gente vai chamar, então, essa celulite infecciosa de erisipela. Então a gente está falando de quase a mesma coisa, mas essa celulite infecciosa, ela é completamente diferente daquela celulite estética. Que seria a lipodistrofia ginoide, que está extremamente relacionada com o lipedema. Então essa celulite estética é mais uma inflamação, é uma retração inflamatória. Essa lipodistrofia, aí você pode ver nos meus vídeos sobre o lipedema que eu falo bastante da celulite estética.

Agora a gente está falando dessa celulite infecciosa, então, que tem um agente causador, um agente infeccioso. E esse agente infeccioso, ele vai agir na pele no subcutâneo, normalmente de pernas, causando então um grande vermelhão no local. Esse vermelhão normalmente vem associado a uma febre, uma febre alta, um mal-estar, uma sensação de doença. Em alguns casos, pode formar bolhas. Então pode vir com uma dor, como uma náusea, na região do vermelhão. Tudo isso por causa de uma inflamação naquela região, uma inflamação aguda, uma inflamação muito intensa.

Normalmente, a evolução dessa doença é muito rápida. É uma doença que pode começar de manhã de uma forma mais leve, e à noite já está numa situação bem crítica. Essas áreas avermelhadas são mais quentes, então tem esse aumento de temperatura local, e aumento da temperatura sistêmica. Então vai ter uma febre também. E tudo isso levando também a um inchaço, um membro que está afetado, muitas vezes pode ser um membro só. Vai ter tudo isso que eu falei mais esse inchaço, dor, vermelhidão de uma forma intensa.

Normalmente, a erisipela tem que ter uma porta de entrada, então o que é uma porta de entrada? É alguma lesão, alguma quebra da barreira de proteção nossa que é a pele e que vai deixar essa bactéria entrar. Então, o que pode ser? Pode ser desde de uma fissura, de uma rachadura num pé muito ressecado, muito frequentemente é uma micose não tratada.

Então, se você foi lá e recebeu uma picada de um inseto, começou a coçar ou teve uma alergia, começou a coçar a sua unha, pode fazer microlesões, microfissuras na pele e acaba colocando, injectando ali, inoculando, aquela bactéria que aí ela vai se proliferar naquela região. A erisipela é muito importante porque se ela não é tratada, a evolução pode ser catastrófica. Até antes da descoberta dos antibióticos, a erisipela era uma grande causa de morte no passado. Então, depois que a gente descobriu o antibiótico, ficou uma doença controlada. Mas a gente tem que diagnosticar e tem que tratar.

Agora a erisipela, ela vai causar uma inflamação muito importante do sistema linfático e isso se chama linfangite. Essa inflamação do sistema linfático também é uma infecção do sistema linfático, vai diminuir o retorno, o funcionamento do sistema linfático e danificar esses vasos. De forma que quem teve uma erisipela acaba tendo uma propensão a ter novos eventos, a cada erisipela que você tem, aumenta sua chance de ter uma próxima erisipela. Então tem que ficar muito atento com isso, tem que ter muito cuidado os locais, cuidar muito bem da região, dos pés, principalmente higiene.

Às vezes, eu falo tem que ter higiene dos pés, a pessoa fala mas é óbvio que eu trato dos meus pés e cuido, higiene eu tenho. Mas a questão é que muitas vezes quem tem uma erisipela, pode ter diabetes, diabete, e uma doença onde ela pode proliferar muito rápido e virar uma doença gravíssima velozmente. Mas a diabetes pode também dificultar a visão. Então, por mais que você tenha higiene dos pés, talvez você não esteja vendo muito bem. E quem tem diabetes também tem uma diminuição da sensibilidade dos pés. Então, não vai sentir uma pequena lesão que pode ser uma porta de entrada.

Então, a gente tem que ficar muito atento a isso, a higiene, então o que tem que ser feito? Manter seco na região entre os dedos, como pode ser feito isso? Fazer com uma toalha de papel, pode ser com um secador de cabelo, uma toalha, uma toalha limpa e seca. Imagina se você está lá secando os pés todos os dias com a mesma toalha e não lava a toalha, você está simplesmente pegando a bactéria em um dia e colocando ela de volta no outro. Então, a gente tem que usar um lencinho para secar essa região, e não deixar proliferar uma micose.

Agora, se já tem uma micose, tem que tratar. Sugiro passar no médico e tomar medicamento, se for necessário passar um creme, uma pomada tem vários tratamentos para micose hoje em dia. Usar calçado aberto, calçado aberto vai deixar ventilar, não vai deixar acontecer essas micoses.

Mesma coisa com o uso de meias, o uso de meias de algodão diminuem a formação de pé de atleta. Tomar cuidado com calos, com rachaduras e não ficar tirando cutícula à toa. Isso aí é simplesmente correr o risco de acabar infectando ou abrindo uma ferida para a bactéria se aproveitar e entrar por ali. Então, se você tem a suspeita de uma erisipela, então procure atendimento médico rápido. Normalmente, você vai conseguir isso num pronto socorro. Muito frequentemente, quem lida com isso vai ser o dermatologista ou o cirurgião vascular. Mas se você for marcar uma consulta para passar sobre isso alguns dias depois, talvez já seja tarde demais. É melhor começar o tratamento antes e o pronto socorro é o melhor lugar para fazer isso. Lá você faz o diagnóstico da erisipela, mas também vai fazer o diagnóstico diferencial de outras doenças. Então, o que pode mimetizar, fingir que é uma erisipela e não ser? Então, por exemplo, uma alergia ao contato, uma situação chamada de erisipeloide que mimetiza a erisipela. Até mesmo alguns angioedemas podem mimetizar uma erisipela, mas assim, afastando esse diagnóstico, a gente tem que iniciar o tratamento da erisipela o mais rápido possível. E identificar duas coisas ou se é uma forma grave de erisipela, e que vai precisar ficar internado, vai precisar tomar mais antibiótico e ficar sob as vistas do médico, sendo controlado, observado ou uma situação gravíssima, como uma fasceíte necrosante, que seria aquela bactéria comedora de carne humana. Parece um nome meio midiático, mas a fasceíte necrosante, ela realmente é catastrófica e a gente precisa tratar rápido. A evolução ocorre em poucas horas. Lembrando que a erisipela pode acometer outros lugares, embora seja mais frequente em membros inferiores, ela pode ocorrer no rosto também. Então, ficar com vermelhidão, com febre, dor, aumento de temperatura nessa região, essa é uma região bem crítica também, a evolução é mais rápida, muitas vezes mais grave. Então, procurar o hospital e o médico rápido. E o tratamento, como eu já mencionei, vai precisar do antibiótico, não tem jeito. Se a gente voltar na era pré-antibiótico, a evolução era catastrófica. Uma ou outra pessoa poderia se safar da evolução da erisipela, mas a grande maioria acabava sucumbindo. Então, tem que usar o antibiótico, não tem jeito. Não vamos brigar contra a natureza. Agora, o que mais a gente pode fazer? Hidratação, tomar muito líquido, seja via oral, seja na veia, tem que tomar bastante água. Isso é importantíssimo! Eu já falei aqui nos meus vídeos a importância da água. Isso é essencial quando a gente está lutando contra uma infecção e os cuidados locais, a limpeza, às vezes tem que fazer um desbridamento ou, às vezes, tem que fazer curativo. Mas tudo isso vai ser indicado pelo médico dependendo de cada caso. Gostou do nosso vídeo? Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo! E fica um pouquinho que eu vou colocar o próximo vídeo que você vai assistir e que é importantíssimo para você!

Aqui coloco um video sobre os cuidados com os pés do paciente diabético. Mas são cuidados semelhantes para prevenção da erisipela.

Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, está discutindo a importância de cuidar dos pés, especialmente no caso de pés diabéticos. Ele menciona que pequenas feridas podem se desenvolver em infecções graves. Ele dá algumas dicas para cuidar dos pés: lavar e secar bem os pés, manter as unhas aparadas, usar meias viradas para fora, usar sapatos apropriados, trocar frequentemente as meias e intercalar o uso de sapatos, e inspecionar os pés diariamente. Ele também menciona que é importante tomar cuidado com a temperatura ao entrar em água quente.

Olá, sou Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje estou aqui nessa obra de arte, Pedestre, do artista plástico Eduardo Srur, para lembrar as necessidades que a gente tem de cuidar do pé, principalmente no pé diabético. Então, o pé diabético é uma situação onde pequenas feridas podem se desenvolver em infecções bem grandes. Obviamente, todos esses cuidados valem não só para quem tem pé diabético, mas também para quem tem alguma infecção, alguma fragilidade, linfedema, erisipela. Todos esses cuidados valem para quem tem algum problema de fragilidade nos pés.

Então, vamos lá. A primeira dica é lavar bem os pés e secá-los após lavar. Então, é sempre importante deixá-los bem secos para evitar que algum fungo se aproveite dessa umidade instalando-se nesse local. A segunda dica é manter as unhas bem aparadas, evitando machucar ao cortá-las. A terceira dica seria usar as meias viradas quando costura para fora a costura. Você pode pensar muito mole, não pode machucar, mas para quem tem o pé diabético, que é uma situação em que há uma diminuição da sensibilidade dos pés, a pessoa não sente. Então, essa postura pode ficar raspando por muito tempo no mesmo local e acaba formando uma ferida mais tarde, no final do dia. Isso sem sentir nada. Então, uma dica seria virar essa postura para fora.

Outra dica é o uso de sapatos apropriados. No caso de diabetes, existem sapatos próprios sem costura por dentro e extremamente acolchoados. Então, existem várias marcas no mercado. Procure algum sapato que proteja os pés de forma que não forme feridas. Outra dica é a troca frequente das meias e intercalar o uso de sapatos para evitar a proliferação de fungos dentro deles. Esses fungos podem acabar desencadeando infecções nos pés.

Mais uma dica seria: todos os dias inspecionar os pés, fazer um diagnóstico, olhar os próprios pés com cuidado, procurando pequenas feridinhas. Essas pequenas feridinhas podem acabar, no final de um longo dia, ficando maiores e infeccionadas. Então, pequenas feridinhas têm que ser cuidadas desde cedo, lavando muito bem, podendo ser com água e sabonete, mantendo bem limpo e seco.

No caso do pé diabético, também é importante tomar cuidado com a temperatura. Então, ao entrar numa água quente, por exemplo, numa banheira, alguma coisa sem tomar muito cuidado e sentir a temperatura com o dorso da mão antes, exatamente por causa da diminuição da sensibilidade dos pés, a pessoa pode não ter essa noção de que está muito quente e acaba tendo uma queimadura. Então, sinta a temperatura da água antes, com o dorso da mão ou com o cotovelo, antes de entrar numa banheira quente. Não precisa ser frio, obviamente. Tem que ser uma água morna, mas evite o uso de excessos de temperatura, tanto muito frio quanto muito quente. O morno seria o ideal. Muito cuidado também ao andar descalço, exatamente pela falta de sensibilidade nos pés. Pode não sentir pequenas pedrinhas, pequenas machucadinhos que, numa pessoa que tenha uma sensibilidade normal, pode não desencadear nada, mas em pessoas com mais essa diminuição da sensibilidade pode acabar crescendo e virando um problema muito maior. Então, não ande descalço. Evite chinelos de dedo, que também podem propiciar o tropeço e acabar machucando mais ainda. Busque calçados confortáveis e protegidos. Tomando todos esses cuidados, é capaz de você evitar uma grande infecção no pé diabético e evitando um problema muito maior. Se você gostou do nosso vídeo, curta nosso canal, assine, compartilhe. Clica no Sininho aqui embaixo, que é assim que você vai receber as novidades. Até a próxima.

Fatores de risco para erisipela

As pessoas mais propensas a contraírem a erisipela são:
 
  • Crianças com idade entre 2 e 6 anos;
  • Adultos com mais de 60 anos;
  • Pessoas com excesso de peso;
  • Portadores de diabetes não compensado;
  • Pessoas que apresentam diminuição no número de linfáticos, como portadores de linfedema ou recém saídos de mastectomia;
  • Pessoas com insuficiência venosa nos membros inferiores;
  • Pessoas cardiopatas e nefropatas com inchaço nas pernas;
  • Pessoas imunossuprimidas (AIDS ou outras doenças) ou com doenças crônicas debilitantes.
Se alguém que você conhece está nesse grupo de risco e apresenta os sintomas da doença, que estão a seguir, recomende-a a ir a um médico. Ah, e também não se preocupe com você, caso fique em contato direto com essa pessoa, pois a doença não é contagiosa.
Erisipela
Fonte: M Moreno, E Malavé. Erisipela. Revista Médico Científica, 2007 - revistamedicocientifica.org

Sinais e sintomas da erisipela

Além das lesões avermelhadas outros principais sintomas da doença são:
 
  • Pequenas ou grandes bolhas na pele;
  • Febre;
  • Náuseas e vômito;
  • Calafrios e tremores;
  • Mal estar;
  • Dor de cabeça.
No caso da erisipela bolhosa, as bolhas possuem cerca de 10cm de comprimento e contém um líquido que pode ser transparente, amarelo ou marrom. Além disso, caso o ferimento seja nas pernas ou nos pés, ínguas (caroço que fica sob a pele e dói quando é apalpado) na virilha podem aparecer e a temperatura local pode aumentar.

Anatomia

Sistema linfático

Código

A46

Sinônimos

zipra, esipra, zipla, linfangite estreptocócica, Ignis sacer, sagrado fogo, fogo de Santo Antônio

SBACVRJ

Amato, MCM. Manual do Médico Generalista na Era do Conhecimento. 2a edição

Amato, ACM. Cirurgia Vascular: O que você não pode ignorar. Instituto Amato. 2017

>
Rolar para cima