Sumário
O vídeo apresentado pelo Dr. Alexandre Amato explica sobre a veia safena e sua relação com as varizes e outras doenças do coração. Ele apresenta a anatomia venosa dos membros inferiores, que é composta por três sistemas: o venoso superficial, profundo e o perfuro comunicante. A veia safena faz parte do sistema superficial e, embora seja famosa, não é essencial na circulação venosa. Ela ficou conhecida devido às cirurgias de ponte de safena, que envolvem a transferência de um segmento dessa veia para outro lugar do corpo para melhorar a circulação.
Porém, Dr. Alexandre explicou que uma veia safena doente, dilatada ou tortuosa não é adequada para essa cirurgia. Ele ressalta que é importante tratar varizes ou insuficiência venosa grave independentemente, sem medo de perder a safena para uma eventual futura cirurgia de ponte, já que existem outras alternativas de tratamento e veias que podem ser utilizadas.
Além disso, a tecnologia e os tratamentos avançaram, o que muitas vezes descarta a necessidade de cirurgia. Caso necessite de tratamento, o profissional pode realizar a safenectomia (remoção total da safena), usar técnicas ablativas ou realizar procedimentos como laser ou radiofrequência na safena. Ainda segundo o especialista, uma safena doente pode causar novas varizes, portanto, mesmo que se tratem as varizes superficiais, se a safena não for tratada, ela continuará gerando novas veias varicosas.
“Olá, sou Doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. Hoje eu vou falar sobre a veia safena. ‘Eu preciso dela?’ A gente ouve falar de safena, às vezes as pessoas não entendem muito bem qual que é a relação da safena com varizes e com outras doenças do coração. Então, eu vou tirar todas as dúvidas hoje. Agora, sobre a safena: então, em primeiro lugar, clica ali embaixo, faz esse favorzinho, clica lá na inscrição do nosso canal, aproveita, nesse meio tempo, clica no sininho também.
Eu vou falar da anatomia venosa. Então, nos membros inferiores nós temos três sistemas venosos: nós temos o sistema venoso superficial, que fica mais próximo da superfície, o sistema venoso profundo, e o sistema perfuro comunicante que liga o sistema superficial ao sistema venoso profundo. O sistema venoso profundo, ele é responsável por 90% ou mais do retorno venoso. Agora, o sistema venoso, é essencial? Ele é responsável por só 10% do retorno venoso e as veias safenas, tanto a safena magna quanto a safena parva, também são chamadas a safena magna de ‘grande safena’ e essa safena parva de ‘pequena safena’. Elas fazem parte do sistema venoso superficial.
Então, elas são veias famosas de nome e tudo mais, mas elas não são essenciais na circulação venosa. Mas elas são famosas, por que elas são famosas? Por causa da ponte de safena. A cirurgia de ponte de safena, basicamente, é retirar um segmento dessa veia e levar para outro lugar do corpo. Às vezes pode ser até num lugar próximo, mas a gente leva essa veia para outro lugar, fazendo uma ponte, tirando o sangue de um lugar que tá chegando bem e levando o sangue para um lugar que não está chegando bem.
Essa ponte de safena, muitas vezes, principalmente no passado, era feita no coração. ‘E fala ponte de safena’, só isso! Eu não sei em que lugar do corpo está sendo feita, mas a probabilidade de ser no coração é grande. Então, a ponte de safena é algo que nós, médicos, criamos no paciente. Ninguém tem ou nasce com uma ponte de safena. Essa ponte de safena é uma coisa não natural, é uma coisa que é feita para corrigir um outro tipo de problema.
Então, a questão é: quando essa veia está doente, a doença das válvulas, a doença da parede, ela já está dilatada, tortuosa, ela não presta para fazer uma ponte de safena, ela não serve para isso. Então, não adianta a gente ficar com uma veia varicosa ou com a insuficiência venosa grave sem fazer o tratamento, porque eu tô com medo de ter que usar a minha safena lá no futuro. Então, tem várias razões para isso.
Então, não, primeiro que nós temos quatro safenas: uma safena magna e uma safena parva em cada perna. E que podem ser, numa cirurgia de ponte. Então, se eu tô com uma dessas veias doentes, as outras ainda podem ser utilizadas. Se eu tiro uma dessas veias, as outras também podem ser utilizadas. Numa situação crítica, ainda podem ser utilizadas veias do braço, a mamária. Então, no coração, ainda pode ser, a cirurgia para mamária.
Agora, a tecnologia evoluiu muito. Hoje em dia, a gente tem os stents, tem a cirurgia endovascular. Então, muitos daqueles pacientes que, no passado, precisariam de uma ponte de safena, hoje em dia acabam colocando um stent ou conseguem controlar clinicamente o seu problema. Que, óbvio, o tratamento clínico também evoluiu. Então, muitos pacientes que não tinham saída no passado, tinham que ir para cirurgia, hoje em dia são controlados com medicamentos, exercício físico, dieta, sem a necessidade da cirurgia.
Então, se você tem uma safena doente, não precisa ficar preocupado. Pode fazer o tratamento. E o tratamento pode ser a safenectomia, que é a retirada total da safena, técnica tradicional tipo strip ou mesmo as técnicas eram ablativas. Que seriam o laser na safena ou a radiofrequência na safena. Ambas vão fechar essa veia e essa veia vai ser reabsorvida com o tempo. Fazendo a safenectomia ou laser na safena, essa safena não pode ser utilizada depois para uma ponte de safena, mas sobram alternativas de tratamento.
Então, esse não tem que ser um impeditivo para tratar a sua insuficiência venosa. Lembrando que uma safena doente, com válvulas doentes, pode, por sua insuficiência axial, acabar causando outras varizes. Então, não adianta tratar suas varizes superficiais, visíveis, tortuosas, e deixar uma safena doente lá, porque ela vai continuar gerando outras veias varicosas.
E tem que tratar essa safena, principalmente quando tem sintoma. Se tiver sintomas, tiver a insuficiência bem documentada, é necessário o tratamento e esse tratamento visa a extinção dessa safena como via da circulação. Então, a gente faz esse tratamento e não vai ter novas varizes naquele local, pelo menos a probabilidade é bem menor e se tiver alguma necessidade cardiológica, existem dezenas de alternativas terapêuticas.
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Compreendendo as Varizes e a Função das Safenas
Varizes são veias dilatadas e deformadas nas pernas, resultado do mau funcionamento das válvulas venosas que impedem o retorno do sangue aos pés. As safenas, veias do sistema circulatório superficial, podem ser afetadas por esse problema. Apesar de sua importância, não são indispensáveis para a circulação, pois existem outras veias profundas que podem compensar sua função.
Quando a Retirada da Safena é Necessária?
A decisão de remover a safena depende de um diagnóstico detalhado por um especialista vascular. Situações em que a retirada pode ser necessária incluem:
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- Safena muito dilatada com válvulas disfuncionais;
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- Risco de rompimento da veia e formação de coágulos;
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- Sintomas severos como cansaço, inchaço e dor nas pernas.
Nestes casos, a remoção da safena permite que a circulação seja assumida por outras veias saudáveis, reduzindo ou eliminando os sintomas.
Preocupações Comuns sobre a Retirada da Safena
Utilização Futura da Safena em Cirurgias
Muitos pacientes preocupam-se com a necessidade futura da safena em outras cirurgias, como pontes de safena. No entanto, a veia só é removida quando já não está saudável ou útil. Além disso, avanços na medicina oferecem alternativas, como angioplastias ou o uso de materiais sintéticos.
O Procedimento Cirúrgico
A cirurgia de retirada da safena, quando realizada por um cirurgião vascular qualificado, é segura. As técnicas podem variar, incluindo a ablação a laser.
Recuperação Pós-Cirúrgica
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- O repouso é necessário, alternando com caminhadas curtas e elevação das pernas.
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- O uso de meias de compressão e medicamentos para dor é recomendado.
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- O acompanhamento médico é crucial para avaliar a evolução e liberar atividades mais intensas.
Conclusão
A retirada da safena para tratamento de varizes é uma opção cirúrgica relevante em casos específicos. Esta decisão deve ser tomada após avaliação minuciosa por um especialista. Se você está enfrentando problemas com varizes, o acompanhamento médico é essencial para determinar o melhor curso de tratamento. Lembre-se de que cada caso é único e requer uma abordagem personalizada.