Trombose no braço

trombose no braço - Coagulação

Você sabia que existe trombose no braço?

É muito comum ouvir falar de trombose ou trombose nas pernas, no entanto, é crucial ressaltar que também pode acontecer no braço.

Por esse motivo, nesse post vamos falar sobre trombose no braço.

Confira abaixo tudo o que você precisa saber e as principais dúvidas sobre trombose profunda no braço.

Sumário

A trombose profunda no braço ou mais abreviada, trombose no braço pode ocorrer.

Apesar de ser mais comum se falar de trombose nas pernas, não é impossível que ocorra também nos braços.

Em primeiro lugar é valoroso saber o que é trombose, já que independente de ser no braço ou nas pernas o problema primário é igual.

A trombose é a formação de coágulos no interior venoso, bloqueando a circulação do sangue que retorna para o coração.

No braço, pode causar sintomas como dor, um inchaço considerável, vermelhidão e dificuldade de mexer os músculos.

Além disso, as veias do braço e do ombro podem ficar mais saltadas e aparentes.

doença mais perigosa da circulação. E é extremamente frequente. O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato (www.amato.com.br) explica como que ocorre e como prevenir a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar.

Uma em cada dez mortes no hospital ocorre por embolia pulmonar. 500 mil mortes por ano na  Europa por embolia pulmonar, 300 mil mortes por ano nos Estados Unidos.  A embolia pulmonar causa mais mortes do que câncer de mama, Aids, câncer de próstata e  acidentes automobilísticos somados no mundo. Chamei sua atenção? Embolia pulmonar é  importante? A questão é que o que leva à embolia pulmonar é a trombose venosa profunda,  e eu me assustei que eu não tinha feito um vídeo falando da trombose venosa profunda  aqui nesse canal.  Então estou corrigindo esse erro agora!  Vamos falar sobre essa doença que é extremamente preocupante, que todo mundo tem  que se atentar, e realmente quando alguém fala trombose é para se preocupar, não no  intuito de ficar preocupado, perdido, mas de buscar informação, buscar atendimento médico.  Então em primeiro lugar o que é a trombose venosa profunda? Trombose venosa profunda nada  mais é do que sangue coagulação dentro de uma veia e de uma veia específica, uma veia  que está lá no sistema venoso profundo e não no sistema venoso superficial.  Essa separação é importante, porque quando esse sangue coagulação numa veia superficial,  a gente chama de Tromboflebite superficial.  Até essa nomenclatura é diferente para não causar tanto temor.  Então porque a trombose acaba sendo então para as veias profundas, quando a gente fala  trombose geral,  a gente está falando de veia profunda ou de uma trombose arterial, mas este vídeo aqui é  sobre trombose venosa.  Por que tem essa diferenciação?  Por causa do risco de levar a uma embolia pulmonar, uma trombose superficial uma tromboflebite  tem um risco pequeno de levar a uma embolia pulmonar. Agora uma  trombose venosa profunda,  esse risco vai aumentando e quanto mais proximal ao coração essa trombose, maior o  risco. Então se a gente está falando de uma trombose bem distal, lá na planta do pé,  esse risco de embolia é pequeno, mas uma trombose venosa de uma veia iliaca ou uma  veia cava, tem um risco enorme de ter uma embolia pulmonar,  então por isso essa separação. Então o que leva à formação desse coágulo no  sangue é a trombogênese, ou seja, a capacidade de formar um trombo, gerar um trombo.  Isso foi descrito há muito tempo atrás por Virchow como uma tríade, são três fatores  principais. Então o primeiro é a lesão do endotélio, que significa o que um pequeno  trauma nessa parede do vaso.  O segundo que é a alteração no sangue e aumento da coaguabilidade, são as trombofilias  e em terceiro lugar a estase sanguínea.  Então se o sangue ficar parado por muito tempo, ele também aumenta a probabilidade de  formar um trombo, se ele ficar parado, ele vai ele vai coagular e nós temos no nosso  sangue um equilíbrio muito tênue para manter a fluidez desse sangue, esse equilíbrio é  entre os fatores pró-coagulantes e os fatores anticoagulantes.  Sim! Nós temos anticoagulantes naturais no nosso corpo, que aliás se eles diminuírem  muito acaba causando uma trombofilia, acaba gerando uma probabilidade maior de causar um  trombo. Agora do ponto de vista da trombose venosa profunda, a gente tem que pensar o que  ela pode levar, porque a trombose em si ela vai causar uma inflamação naquele local, vai  causar a dor, vai causar um inchaço, a gente pode se preocupar com esses sintomas, mas não  é isso que traz a relevância para trombose, o que traz a relevância são as suas  complicações. Então em primeiro lugar, a embolia, a embolia pulmonar é disparado  a complicação principal que a gente tem que se preocupar, porque ela leva sim a óbito,  ela leva à morte muito frequentemente.  Então em primeiro lugar a gente trata trombose, não por causa da trombose, mas para  evitar a embolia pulmonar. Uma segunda complicação também aguda seriam as flegmasias,  as flegmasias são trombose maciças, são realmente complicações bem graves, mas  felizmente elas são bem raras.  Não é algo que você tem que se preocupar com tanta frequência assim e chegando no  atendimento médico, a gente na maior parte das vezes consegue ajudar, desde que seja com  tempo hábil para isso.  Agora a gente pode pensar na complicação mais tardia da trombose venosa profunda que  seria a síndrome pós-trombótica, então uma pessoa teve uma trombose hoje,  daqui a dez anos pode ter varizes, pode ter insuficiência venosa, tudo decorrente dessa  trombose inicial.  Então tudo o que a gente faz é para evitar a embolia em primeiro lugar, evitar uma flegmasia  também embora mais rara.  Obviamente, a gente vai ter que tratar também os sintomas que podem incomodar, mas também  evitar uma síndrome pós-trombótica no futuro. Cirurgia para trombose venosa não é tão  frequente assim. Existem alguns procedimentos que podem ser feitos, então a  colocação de um filtro de veia cava que tem uma indicação bem restrita.  Não é rotina em nenhum caso, especificamente quem tem a impossibilidade do  tratamento com a anticoagulação, por exemplo, é uma das necessidades de colocar um filtro de  veia cava. Existem outras cirurgias que seriam a retirada desse trombo,  são métodos físicos, por métodos químicos, farmacológicos e esses medicamentos, eles  podem quebrar esse trombo e você pode pensar “Puxa, isso é tão legal, acho que deve funcionar  para todo mundo.” Mas na verdade são cirurgias que têm um risco e que você tem que  colocar na balança o risco benefício.  Então normalmente elas vão evitar aí a grande indicação e evitar aquela síndrome pós  trombose no futuro, então se a gente tira esse trombo, esse trombo, ele não vai causar  uma reação inflamatória muito grande nessa parede do vaso, não vai destruir as válvulas  venosa, de modo que não leva aquela síndrome pós traumática no futuro.  A questão é quem vai se beneficiar disso? Normalmente são as pessoas mais jovens que  têm menos risco cirúrgico e cuja trombose foi muito extensa maciça de forma que a  probabilidade de ter essa síndrome pós-trombótica é muito alta.  Então esse não é um procedimento para evitar uma embolia pulmonar, por exemplo.  Então o tratamento você tem que levar muito, muito, muito a sério, se foi feito o  diagnóstico de trombose,  você tem que tratar rigorosamente e assim existem algumas novidades que são muito boas  por um lado, mas elas atrapalham por outro.  Então eu lembro no meu início de carreira que a gente não tinha muita opção de  medicamento para fazer anticoagulação e os medicamentos que a gente tinha à disposição,  eram medicamentos que necessitavam um rigor e que a gente precisava ficar acompanhando  quase que diariamente a alteração no sangue.  Então eu lembro até que a gente pedir às vezes fax para o paciente, mandar o resultado  do exame para a gente acompanhar semanalmente essa evolução.  A questão é que isso mostrava para o paciente o quanto era necessário e  importante esse controle.  Os medicamentos atuais são os novos anticoagulantes,  eles não precisam desse rigor todo no acompanhamento.  Só que ao retirar esse rigor todo e facilitar a vida do paciente, alguns não levam  tão a sério o tratamento.  Pode esquecer um medicamento, pode esquecer a importância do medicamento, e pode esquecer a  razão pela qual a gente está tratando.  Aí eu volto tudo o que eu falei,  e é por causa da embolia pulmonar.  A gente está tratando a trombose para evitar uma embolia pulmonar e consequentemente  evitar um óbito.  Então por isso é extremamente importante você seguir à risca a orientação do seu  médico, não é para parar com anticoagulante sem a indicação e o acompanhamento médico.  E não é para continuar também sem o rigor de um acompanhamento médico.  Faça consultas periódicas e isso é muito importante.  Agora para fazer o diagnóstico da trombose, a gente precisa de dois sinais principais são  dor e inchaço, o paciente vai se queixar de dor inchaço, só que dor inchaço é extremamente  genérico e frequente, quem nunca teve dor e inchaço nas pernas e não necessariamente isso  foi uma trombose.  Tem, por exemplo, a Síndrome da pedrada, uma lesão muscular fazendo esporte, subindo escada  que também causa dor e inchaço e não é uma trombose.  Então só isso não é o suficiente, a gente tem que usar os critérios de fatores de risco.  Quanto mais fatores de risco, mais chance dessa dor e inchaço ser decorrente de uma  trombose. Então quais são os fatores de risco mais comuns?  Neoplasia, o câncer ou o próprio tratamento para o câncer, a quimioterapia também pode  desencadear trombose. Uma trombose prévia,  quem já teve uma trombose já entra em um grupo de  pessoas que têm uma probabilidade maior de ter trombose. Uma trombofilia, uma doença na  cascata da coagulação do sangue, uma doença do sangue que aumenta a probabilidade de ter  trombose. O uso de anticoncepcionais também aumenta o risco, aumenta um pouquinho, mas  aumenta, uma gravidez aumenta mais ainda o risco de uma trombose.  Esses são fatores comuns existem também, por exemplo, o trauma, um politraumatizado  principalmente, a imobilização de um membro,  então se alguém ficou imobilizado por muito tempo, usando o gesso, usando alguma bota  ortopédica ou uma cadeira de rodas, vai causar essa imobilidade que é um fator de  risco para trombose.  A desidratação, então quem toma pouca água, e às vezes, toma muito pouca água, fica  desidratado, isso também aumenta o risco de trombose.  A idade, passou dos 40 anos já tem um risco maior de ter trombose, varizes que é  extremamente frequente na população também é um fator de risco para trombose, não quer  dizer que quem tem varizes,  todo mundo vai ter trombose, não é isso! É que você vai somando um fator de risco ao outro.  Na verdade, não é nem somar, você vai multiplicar, porque quanto mais fatores você  vai aumentando exponencialmente o risco de desenvolver uma trombose.  Então tendo esses fatores, tendo dor e inchaço, a probabilidade de ser uma trombose  aumenta. Então é necessário uma avaliação médica, muitas vezes com o exame de sangue ou  um exame de imagem para comprovar esse diagnóstico.  Gostou do nosso vídeo! Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o  próximo! 

Causas.

O que pode causar a trombose no braço?

Geralmente, as principais causas de trombose profunda nos membros superiores são:

  • Trombofilia.

trombofilia é causada pela deficiência na ação das enzimas e proteínas que realizam a coagulação do sangue.

Essa deficiência ou mau funcionamento das enzimas podem ocorrer por dois motivos: hereditárias ou adquiridas.

No caso das adquiridas os motivos podem ser câncer, gravidez, obesidade e uso de alguns medicamentos, por exemplo, os anticoncepcionais.

  • Cateter em tratamento de quimioterapia.

Entre 20 a 30% dos casos de trombose ocorrem devido aos diversos tipos de câncer, o risco de desenvolver trombose nesse caso é 7 vezes maior.

A trombose de membros superiores se tornou mais comum devido ao aumento do uso de cateteres venosos centrais.

Isso ocorre porque a própria punção já representa uma agressão ao vaso.

Além disso, o medicamento infundido é capaz de lesar a parede da veia.

  • Síndrome do andador de ônibus / Síndrome de Paget Schroetter.

A síndrome do andador de (bonde) ônibus ou síndrome de Paget Schroetter é também conhecida como trombose por esforço.

É uma trombose primária da veia axilar ou subclávia.

É mais comum em quem faz o esforço repetitivo do braço, por exemplo, tenistas, lutadores e levantadores de peso.

O esforço repetitivo, compressões por estrutura ósseas, ligamentares e musculares podem levar a obstrução do fluxo venoso e trombose das veias dos membros superiores.

Pode estar associado à síndrome do desfiladeiro e compressões extrínsecas.

Trombose superficial.

Além da trombose profunda, existe a trombose superficial.

A trombose superficial é conhecida também como tromboflebite. Acontece quando a coagulação do sangue ocorre em uma veia superficial que provoca uma reação inflamatória da parede venosa e dos tecidos vizinhos.

A reação inflamatória pode ocorrer em graus variados e não acomete o sistema venoso profundo. É mais frequente ao receber alguma medicação na veia que seja irritante para a parede venosa.

Além disso, comparada a trombose venosa profunda, a tromboflebite tem menos chances de complicações graves e a evolução do quadro é muito mais favorável.

No entanto, é crucial ressaltar que o diagnóstico precoce e correto é indispensável para que o quadro não evolua para uma trombose venosa profunda.

Diagnóstico.

O diagnóstico pode ser feito por um cirurgião vascular ou angiologista.

Porém, é valoroso esclarecer que apesar de o diagnóstico poder ser feito por ambos os profissionais, o tratamento por meio de cirurgia vascular só é feito pelo cirurgião vascular.

Além dos sintomas apresentados pelo paciente, alguns exames também podem ser úteis para o diagnóstico.

Tratamento de trombose no braço.

O tratamento de trombose no braço pode ser feito de duas formas, com medicamentos ou cirurgia.

Geralmente, o tratamento é feito com medicamentos, já que o tratamento cirúrgico só é necessário em raros casos.

Por exemplo, nos casos de trombose no braço muito extensa ou centralizada.

O tratamento com medicamentos é feito com anticoagulantes, que são usados para impedir a formação de coágulos e tratar os coágulos existentes.

Além disso, existem anticoagulantes de dois tipos, os injetáveis e os orais.

Ambos podem ser usados no tratamento, o médico irá indicar o melhor a depender do caso específico de cada paciente.

Por exemplo, geralmente em pacientes gestantes ou que estejam internados, são usados os anticoagulantes injetáveis.

Para finalizar, o período de tratamento pode variar de pessoa para pessoa e de cada caso.

Em alguns casos, o tratamento de trombose no braço pode durar meses ou até um período indefinido.

Podendo depender das causas dessa trombose nos braços e até de como o paciente responde ao tratamento.

 

Prof. Dr. Alexandre Amato

  • Anatacha disse:

    Muito bem explicado,acabei de descobrir que tenho tranbose no braço,e ainda não consegui tratamento , estavam tratando uma coisa bem diferente,fiz a eco doppler e descobriram a tranbose venosa

  • >
    Rolar para cima