Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma condição médica grave, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas, com maior incidência nas pernas. Este artigo tem como objetivo fornecer informações detalhadas sobre a TVP, desde a identificação dos sintomas até o entendimento das complicações graves que podem surgir, como a embolia pulmonar. Abordaremos também as opções de tratamento disponíveis, enfatizando a importância do diagnóstico precoce e da adesão rigorosa às recomendações médicas. Além disso, destacaremos medidas preventivas cruciais, especialmente para indivíduos em situações de risco aumentado, como longos períodos de imobilidade durante viagens aéreas. A compreensão abrangente da TVP é vital para a prevenção eficaz de suas complicações e para o manejo adequado desta condição potencialmente fatal.
Sumário
O vídeo aborda o assunto da trombose venosa profunda, enfatizando a seriedade dessa condição e as complicações que ela pode levar, como a embolia pulmonar, que causa mais mortes globalmente do que câncer de mama, AIDS, câncer de próstata e acidentes automobilísticos, somados. Trombose venosa profunda é uma condição onde o sangue coagula dentro de uma veia profunda. A trombose em si causa sintomas como dor e inchaço, mas é o risco de embolia pulmonar que traz a maior preocupação. Uma trombose anterior, uma neoplasia, usando anticoncepcionais, gravidez, usar uma bota ortopédica, beber pouca água e ter varizes são todos fatores de risco para trombose. O tratamento normalmente envolve medicamentos anticoagulantes, que devem ser tomados criteriosamente para evitar uma embolia. Os sintomas, combinados com os fatores de risco, são usados para diagnosticar essa condição médica grave.
Uma em cada dez mortes no hospital ocorre por embolia pulmonar. 500 mil mortes por ano na Europa por embolia pulmonar, 300 mil mortes por ano nos Estados Unidos. A embolia pulmonar causa mais mortes do que câncer de mama, Aids, câncer de próstata e acidentes automobilísticos somados no mundo. Chamei sua atenção? Embolia pulmonar é importante? A questão é que o que leva à embolia pulmonar é a trombose venosa profunda, e eu me assustei que eu não tinha feito um vídeo falando da trombose venosa profunda aqui nesse canal. Então estou corrigindo esse erro agora! Vamos falar sobre essa doença que é extremamente preocupante, que todo mundo tem que se atentar, e realmente quando alguém fala trombose é para se preocupar, não no intuito de ficar preocupado, perdido, mas de buscar informação, buscar atendimento médico. Então em primeiro lugar o que é a trombose venosa profunda? Trombose venosa profunda nada mais é do que sangue coagulação dentro de uma veia e de uma veia específica, uma veia que está lá no sistema venoso profundo e não no sistema venoso superficial. Essa separação é importante, porque quando esse sangue coagulação numa veia superficial, a gente chama de Tromboflebite superficial. Até essa nomenclatura é diferente para não causar tanto temor. Então porque a trombose acaba sendo então para as veias profundas, quando a gente fala trombose geral, a gente está falando de veia profunda ou de uma trombose arterial, mas este vídeo aqui é sobre trombose venosa. Por que tem essa diferenciação? Por causa do risco de levar a uma embolia pulmonar, uma trombose superficial uma tromboflebite tem um risco pequeno de levar a uma embolia pulmonar. Agora uma trombose venosa profunda, esse risco vai aumentando e quanto mais proximal ao coração essa trombose, maior o risco. Então se a gente está falando de uma trombose bem distal, lá na planta do pé, esse risco de embolia é pequeno, mas uma trombose venosa de uma veia iliaca ou uma veia cava, tem um risco enorme de ter uma embolia pulmonar, então por isso essa separação. Então o que leva à formação desse coágulo no sangue é a trombogênese, ou seja, a capacidade de formar um trombo, gerar um trombo. Isso foi descrito há muito tempo atrás por Virchow como uma tríade, são três fatores principais. Então o primeiro é a lesão do endotélio, que significa o que um pequeno trauma nessa parede do vaso. O segundo que é a alteração no sangue e aumento da coaguabilidade, são as trombofilias e em terceiro lugar a estase sanguínea. Então se o sangue ficar parado por muito tempo, ele também aumenta a probabilidade de formar um trombo, se ele ficar parado, ele vai ele vai coagular e nós temos no nosso sangue um equilíbrio muito tênue para manter a fluidez desse sangue, esse equilíbrio é entre os fatores pró-coagulantes e os fatores anticoagulantes. Sim! Nós temos anticoagulantes naturais no nosso corpo, que aliás se eles diminuírem muito acaba causando uma trombofilia, acaba gerando uma probabilidade maior de causar um trombo. Agora do ponto de vista da trombose venosa profunda, a gente tem que pensar o que ela pode levar, porque a trombose em si ela vai causar uma inflamação naquele local, vai causar a dor, vai causar um inchaço, a gente pode se preocupar com esses sintomas, mas não é isso que traz a relevância para trombose, o que traz a relevância são as suas complicações. Então em primeiro lugar, a embolia, a embolia pulmonar é disparado a complicação principal que a gente tem que se preocupar, porque ela leva sim a óbito, ela leva à morte muito frequentemente. Então em primeiro lugar a gente trata trombose, não por causa da trombose, mas para evitar a embolia pulmonar. Uma segunda complicação também aguda seriam as flegmasias, as flegmasias são trombose maciças, são realmente complicações bem graves, mas felizmente elas são bem raras. Não é algo que você tem que se preocupar com tanta frequência assim e chegando no atendimento médico, a gente na maior parte das vezes consegue ajudar, desde que seja com tempo hábil para isso. Agora a gente pode pensar na complicação mais tardia da trombose venosa profunda que seria a síndrome pós-trombótica, então uma pessoa teve uma trombose hoje, daqui a dez anos pode ter varizes, pode ter insuficiência venosa, tudo decorrente dessa trombose inicial. Então tudo o que a gente faz é para evitar a embolia em primeiro lugar, evitar uma flegmasia também embora mais rara. Obviamente, a gente vai ter que tratar também os sintomas que podem incomodar, mas também evitar uma síndrome pós-trombótica no futuro. Cirurgia para trombose venosa não é tão frequente assim. Existem alguns procedimentos que podem ser feitos, então a colocação de um filtro de veia cava que tem uma indicação bem restrita. Não é rotina em nenhum caso, especificamente quem tem a impossibilidade do tratamento com a anticoagulação, por exemplo, é uma das necessidades de colocar um filtro de veia cava. Existem outras cirurgias que seriam a retirada desse trombo, são métodos físicos, por métodos químicos, farmacológicos e esses medicamentos, eles podem quebrar esse trombo e você pode pensar “Puxa, isso é tão legal, acho que deve funcionar para todo mundo.” Mas na verdade são cirurgias que têm um risco e que você tem que colocar na balança o risco benefício. Então normalmente elas vão evitar aí a grande indicação e evitar aquela síndrome pós trombose no futuro, então se a gente tira esse trombo, esse trombo, ele não vai causar uma reação inflamatória muito grande nessa parede do vaso, não vai destruir as válvulas venosa, de modo que não leva aquela síndrome pós traumática no futuro. A questão é quem vai se beneficiar disso? Normalmente são as pessoas mais jovens que têm menos risco cirúrgico e cuja trombose foi muito extensa maciça de forma que a probabilidade de ter essa síndrome pós-trombótica é muito alta. Então esse não é um procedimento para evitar uma embolia pulmonar, por exemplo. Então o tratamento você tem que levar muito, muito, muito a sério, se foi feito o diagnóstico de trombose, você tem que tratar rigorosamente e assim existem algumas novidades que são muito boas por um lado, mas elas atrapalham por outro. Então eu lembro no meu início de carreira que a gente não tinha muita opção de medicamento para fazer anticoagulação e os medicamentos que a gente tinha à disposição, eram medicamentos que necessitavam um rigor e que a gente precisava ficar acompanhando quase que diariamente a alteração no sangue. Então eu lembro até que a gente pedir às vezes fax para o paciente, mandar o resultado do exame para a gente acompanhar semanalmente essa evolução. A questão é que isso mostrava para o paciente o quanto era necessário e importante esse controle. Os medicamentos atuais são os novos anticoagulantes, eles não precisam desse rigor todo no acompanhamento. Só que ao retirar esse rigor todo e facilitar a vida do paciente, alguns não levam tão a sério o tratamento. Pode esquecer um medicamento, pode esquecer a importância do medicamento, e pode esquecer a razão pela qual a gente está tratando. Aí eu volto tudo o que eu falei, e é por causa da embolia pulmonar. A gente está tratando a trombose para evitar uma embolia pulmonar e consequentemente evitar um óbito. Então por isso é extremamente importante você seguir à risca a orientação do seu médico, não é para parar com anticoagulante sem a indicação e o acompanhamento médico. E não é para continuar também sem o rigor de um acompanhamento médico. Faça consultas periódicas e isso é muito importante. Agora para fazer o diagnóstico da trombose, a gente precisa de dois sinais principais são dor e inchaço, o paciente vai se queixar de dor inchaço, só que dor inchaço é extremamente genérico e frequente, quem nunca teve dor e inchaço nas pernas e não necessariamente isso foi uma trombose. Tem, por exemplo, a Síndrome da pedrada, uma lesão muscular fazendo esporte, subindo escada que também causa dor e inchaço e não é uma trombose. Então só isso não é o suficiente, a gente tem que usar os critérios de fatores de risco. Quanto mais fatores de risco, mais chance dessa dor e inchaço ser decorrente de uma trombose. Então quais são os fatores de risco mais comuns? Neoplasia, o câncer ou o próprio tratamento para o câncer, a quimioterapia também pode desencadear trombose. Uma trombose prévia, quem já teve uma trombose já entra em um grupo de pessoas que têm uma probabilidade maior de ter trombose. Uma trombofilia, uma doença na cascata da coagulação do sangue, uma doença do sangue que aumenta a probabilidade de ter trombose. O uso de anticoncepcionais também aumenta o risco, aumenta um pouquinho, mas aumenta, uma gravidez aumenta mais ainda o risco de uma trombose. Esses são fatores comuns existem também, por exemplo, o trauma, um politraumatizado principalmente, a imobilização de um membro, então se alguém ficou imobilizado por muito tempo, usando o gesso, usando alguma bota ortopédica ou uma cadeira de rodas, vai causar essa imobilidade que é um fator de risco para trombose. A desidratação, então quem toma pouca água, e às vezes, toma muito pouca água, fica desidratado, isso também aumenta o risco de trombose. A idade, passou dos 40 anos já tem um risco maior de ter trombose, varizes que é extremamente frequente na população também é um fator de risco para trombose, não quer dizer que quem tem varizes, todo mundo vai ter trombose, não é isso! É que você vai somando um fator de risco ao outro. Na verdade, não é nem somar, você vai multiplicar, porque quanto mais fatores você vai aumentando exponencialmente o risco de desenvolver uma trombose. Então tendo esses fatores, tendo dor e inchaço, a probabilidade de ser uma trombose aumenta. Então é necessário uma avaliação médica, muitas vezes com o exame de sangue ou um exame de imagem para comprovar esse diagnóstico. Gostou do nosso vídeo! Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo!
Trombose venosa profunda (TVP) é uma condição médica séria que ocorre quando coágulos de sangue se formam nas veias profundas, frequentemente nas pernas. Este artigo visa esclarecer o que é a TVP, seus sintomas, complicações, tratamento e medidas preventivas.
O que é Trombose Venosa Profunda?
A TVP é a formação de coágulos nas veias profundas, principalmente nas pernas. Isso pode obstruir o fluxo sanguíneo e causar inchaço e dor. A maior preocupação é a possibilidade de esses coágulos se deslocarem para os pulmões, causando embolia pulmonar (TEP), uma emergência médica que pode ser fatal.
Sintomas da TVP
- Inchaço, dor e vermelhidão na perna afetada.
- Calor na área afetada.
- Tromboflebite, que é a formação de coágulos em veias mais superficiais, causando endurecimento das veias, dor e vermelhidão.
Sintomas da Embolia Pulmonar
- Falta de ar súbita.
- Dor no peito ao respirar.
- Tosse seca ou com sangue.
- Aceleração dos batimentos cardíacos.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico de TVP é geralmente feito por um cirurgião vascular através de exames físicos e complementares. O tratamento envolve o uso de medicamentos anticoagulantes para impedir o crescimento do coágulo e sua migração para os pulmões. É essencial seguir rigorosamente as orientações médicas e manter o acompanhamento necessário.
Prevenção
A prevenção da TVP é particularmente importante durante longas viagens de avião, onde o risco aumenta devido à imobilidade prolongada. Medidas preventivas incluem:
- Levantar-se e caminhar a cada duas horas.
- Usar roupas confortáveis.
- Escolher assentos com mais espaço.
- Fazer exercícios de flexão e extensão dos pés e joelhos.
- Beber líquidos e evitar álcool.
- Evitar sedativos que reduzem a mobilidade.
A Trombose Venosa Profunda é uma condição que requer atenção imediata devido ao risco de complicações graves como a embolia pulmonar. A compreensão de seus sintomas, diagnóstico preciso, tratamento adequado e medidas preventivas são essenciais para o manejo eficaz desta doença. A conscientização sobre a TVP é crucial, principalmente para pessoas em risco, como aquelas que realizam longas viagens aéreas ou têm predisposição para coagulação sanguínea.
O vídeo é apresentado pelo Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular no Instituto Amato, que discute a embolia pulmonar, uma doença grave que normalmente se desenvolve após uma trombose venosa. Ele explica que a doença ocorre quando um coágulo de sangue se solta e bloqueia uma artéria pulmonar, resultando em falta de oxigênio na área do pulmão afetada.
Dr. Amato esclarece que os principais fatores que aumentam o risco de trombose incluem estase sanguínea (sangue estagnado em um vaso), trauma ou lesão endotelial (dano à parede do vaso) e alterações na crase sanguínea (como a trombofilia). Ele também adverte que certas condições e situações podem aumentar o risco de trombose, incluindo cirurgias grandes, câncer, quimioterapia, gravidez, pós-parto e obesidade.
Ele também aborda o D-dímero, um exame usado para diagnosticar a trombose. Ele enfatiza que um resultado positivo no exame não confirma uma trombose, mas indica a necessidade de mais investigação.
Finalmente, ele discute medidas preventivas para evitar a trombose e, consequentemente, a embolia pulmonar. Essas incluem medicamentos anticoagulantes, mover-se ou deambular mais cedo após cirurgia ou trauma, elevar os pés da cama, hidratar-se bem, usar meias de compressão e, em alguns casos, a bomba de compressão pneumática.
O tratamento para a embolia pulmonar, se diagnostica cedo, inclui medicamentos anticoagulantes, tratamento cirúrgico em casos graves, e inclusão de filtro de veia cava em embolia recorrente. Dr. Amato encoraja aqueles com fatores de risco para trombose e embolia pulmonar a discutirem isso com seus médicos.
Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje eu vou falar sobre a embolia pulmonar que é uma doença gravíssima o que a gente pode fazer para prevenir uma embolia pulmonar, normalmente desencadeada após uma trombose venosa. Ou a pessoa tem uma trombose venosa, normalmente em membros inferiores e esse trombo se desprende e vai entupir como se fosse uma rolha, uma artéria pulmonar. E essa artéria pulmonar, ela é responsável por levar o sangue que vai fazer a troca de oxigênio. A gente fica sem a troca de oxigênio nessa área do pulmão, ocorrendo aí a embolia pulmonar e, dependendo do tamanho dessa embolia pulmonar, pode levar ao óbito. Leva muito frequentemente ao óbito. Então, a conversa de hoje é como evitar essa embolia pulmonar. Resumindo, como evitar uma morte por um mal súbito, que é perfeitamente evitável. Para entender a embolia pulmonar, a gente tem que entender por que a trombose se forma. Então, existem três fatores principais que foram descritos por Virchow há muito tempo atrás que, em primeiro lugar, a estase sanguínea e em segundo lugar, a lesão endotelial e em terceiro lugar, a alteração da crase sanguínea, ou seja, uma trombofilia. O que isso significa? Significa basicamente que se o sangue fica parado muito tempo num vaso, ele tem a propensão de coagular mais. Mas também significa que se você tem uma lesão endotelial, ou seja, uma lesão ou um trauma nessa parede do vaso, ele também vai acabar desencadeando a cascata da coagulação e formando um trombo. Mas também significa que quem tem uma doença do sangue, quem tem uma trombofilia, que eu já falei aqui em vídeo, que aumenta a probabilidade de ocorrer uma trombose, também fica mais sujeito a formação de trombo e, consequentemente, de uma embolia. Então, sabendo disso, a gente consegue rastrear as principais causas de embolia e se a gente sabe quais são as principais causas, os principais fatores de risco, a gente consegue identificar as pessoas que têm um risco elevado e tratar ou fazer a profilaxia para evitar que isso aconteça. Então, isso vai acontecer aonde? Vai acontecer em cirurgias muito grandes, cirurgias de joelho, quadril, cirurgias que vão causar uma imobilidade prolongada, câncer ou cirurgia para o câncer, ou a própria quimioterapia que é o tratamento para o câncer. Tudo isso aumenta a probabilidade de ter uma trombose venosa. Entre as pessoas que estão numa situação dessa têm que ficar atentas a isso. As trombofilias que são o aumento dessa probabilidade de ter uma coagulação maior. Trombofilia tem várias doenças que entram em vez de um que é muito frequente, que é o fator cinco de Leiden. Em 5% da população tem uma forma mais branda dessa dessa doença. Mas existem várias outras, como a proteína C, S e muitas outras trombofilias. Mas se a gente fala de trombofilia, a gente está falando do aumento de probabilidade de trombose. Então a gente pode rastrear até grupos de pessoas que têm um aumento dessa probabilidade. Eu posso falar de macro grupos, de grupos maiores. Mulheres, Elas estão sujeitas a ter uma trombose mais frequentemente do que homens. Para aqueles que têm um grupo sanguíneo tipo A, também tem um aumento de risco de trombose, esse aumento é pequenininho, mas ele existe. A idade avançada, à medida que a gente vai ganhando, o nosso RG vai ficando baixo, que a gente vai ganhando anos de vida, aumenta o risco de trombose. Uma gestação, a gravidez, a gravidez ela comprime a veia cava, tem um monte de hormônios circulando no sangue, tudo isso aumenta a probabilidade de uma trombose, o pós parto também tem esse risco. A obesidade, tal qual a gente, não consegue dizer muito bem se é a própria obesidade ou se é a imobilidade associada à obesidade. Mas ela pode aumentar o risco de trombose. Um trauma, então não há os politraumas de alguém que sofreu um acidente de carro ou algum acidente grave vai ter um risco maior do que um acidente pequenininho. Lógico, porque aí você começa a associar a fatores. Então, um trauma muito grande, vai ter um período de mobilidade e esse período de mobilidade aumenta a estase. O uso de catéter centrais, essas punções de veia muito profunda. Isso pode aumentar o risco de trombose e até mesmo o fato de ter varizes, veias varicosas nas pernas. Mas aí eu não estou falando daquelas varizes estéticas, pequenininhas. Não, estou falando de varizes descompensado, as varizes grandes, uma insuficiência venosa significativa. E isso pode aumentar o risco de uma trombose venosa. Então, se você fez uma cirurgia ou está em vias de fazer uma cirurgia, saiba que o pós operatório imediato é o momento crítico em que você tem que ficar bem atento aos sinais e sintomas de uma embolia pulmonar, que são então a falta de ar, uma dispneia, uma falta de ar súbita, uma dor no peito, uma dor torácica que pode ser aguda ou sob aguda. Ou seja, você pode ter abruptamente essa dor ou pode ter uma dor meio arrastada por algumas horas. a hemoptise que seria o escarro com o sangue também pode estar presente. Existem alguns outros sintomas que podem ou não estar presentes, como uma febre, uma tosse, essa tosse pode até ser seca, uma palpitação, uma taquicardia. Tudo isso pode estar relacionado a uma embolia. Então, se você tiver qualquer um desses sintomas, é bom você ir no hospital e rápido. No pronto socorro, a embolia pulmonar a gente trata no pronto socorro. Se ela identificado cedo, a gente consegue fazer o tratamento. Agora eu vou falar do D-dímero, que é o exame que a gente faz para ajudar no diagnóstico da trombose. Eu acho que vale a pena conversar um pouquinho sobre D-dímero, porque depois da história do ocorrido, estão pedindo D-dímero pra tudo e eu estou recebendo pacientes que estão tratando D-dímero alto e a gente não trata exame, a gente tem que tratar o paciente. E o D-dímero, ele tem uma característica muito peculiar. Ele não é um exame que quando deu positivo quando ele está alto, ele não fala deu trombose. Quando ele está alto, ele fala mais ou menos o seguinte trombose é um possível diagnóstico, dentre vários outros. Entre eles, um trauma um câncer ou até mesmo a inflamação. E o Covid é uma doença inflamatória. Então, o aumentar do D-dímero, não significa que você tem trombose ou que você tem embolia pulmonar. E é isso, a gente está falando de uma doença respiratória como o Covid e a pessoa vai estar com falta de e a gente vê um D-dímero positivo. A falta de ar e o D-dímero positivo não é o suficiente pra gente falar que tem uma embolia pulmonar ou que tem uma trombose. O D-dímero positivo significa simplesmente olha, pode ter uma trombose, mas eu não sei o que é, investiga mais um pouco, mas você pode estar perguntando, mas por que a gente pede um exame desse que não dá um diagnóstico preciso? Simples, porque quando ele vem é negativo, a mensagem é essa fica tranquilo que trombose não é! Então, quando ele vem em negativo, ele é um exame muito útil para descartar uma doença grave e falar “Olha, você não tem uma doença grave, segue sua vida.” Agora, quando ele vem positivo, ele não é o suficiente para dar o diagnóstico de uma trombose e de uma embolia pulmonar. Isso tem que ficar muito claro. Eu já recebi um monte de paciente aqui desesperado, acompanhando um D-dímero alto por semanas, meses depois de uma trombose, achando que tem alguma doença, mas na verdade, pode ser simplesmente um processo inflamatório decorrente da síndrome pós-covid. Agora, sabendo que você está dentro de um grupo de risco, a gente tem que aumentar as medidas profiláticas. Eles tem que fazer mais coisa para evitar que ocorra essa trombose, que essa rolha entupa o seu pulmão. E o que a gente pode fazer? Tem a profilaxia medicamentosa, que é o uso de drogas e medicamentos que vão afinar o sangue, que vão diminuir a coagulabilidade, vão diminuir a propensão de formar coágulos e tem a profilaxia não medicamentosa. A profilaxia medicamentosa vai ficar na mão do médico, ele vai ter que prescrever para você, se for necessário. Aqui no nosso hospital dia, a gente tem um protocolo de avaliação de trombose venosa e de embolia pulmonar. Então todos os pacientes que entram vão preencher esses critérios aqui a gente vai ver quem vai precisar e quem não vai precisar da profilaxia. Esse é um método pra gente evitar uma embolia pulmonar, aumentando o nível de profilaxia para que eles pacientes que têm um risco mais alto. Esse é um método para aumentar a segurança do paciente que vai sofrer uma cirurgia. Mas a gente tem a profilaxia não medicamentosa também. O que é isso? É a deambulação precoce, é voltar a se movimentar mais cedo, é elevar os pés da cama para melhorar o retorno venoso, é tomar bastante líquido, se hidratar bem e tomar bastante água mesmo para ficar com o sangue mais líquido, mais fluído. E isso é diminuir a viscosidade sanguínea, isso também diminui a propensão a formar coágulos. Em alguns casos, pode ser necessário a elastocompressão, então a gente vai colocar meia elástica para melhorar esse retorno venoso. Em alguns carros que a gente identifica que tem um risco maior ainda, pode ser necessário a bomba de compressão pneumática, que fica comprimindo a perna e bombeando esse sangue de volta para a circulação. Agora, se você já tem o diagnóstico de embolia pulmonar ou se foi feito o diagnóstico de embolia pulmonar, a gente vai ter que tratar. A embolia pulmonar é uma doença grave, mas se a gente identifica cedo e trata cedo, a gente consegue evitar uma complicação catastrófica. Essa complicação a gente evita então, com o tratamento medicamentoso, seriam os anticoagulantes. Existe o tratamento cirúrgico para alguns casos específicos, em que essa rolha é muito grande. A gente precisa dissolver ou tirar essa rolha do pulmão e a gente vai entrar com um cateter lá dentro e dissolver essa essa rolha ou com um medicamento que faz ela se dissolver, ou mesmo de uma forma mecânica, como se fosse um roto rooter. Ele vai arrancando e tirando essa essa rolha, mas isso só pode ser feito em alguns hospitais, e em alguns casos mais graves, não é para ser feito para todo o mundo. Tudo isso depende do tamanho dessa rolha e do grau de complicação respiratória que está levando. Muitas vezes é necessário a internação para ter que ficar em observação médica, embora se for o casos mais leves, é possível fazer o tratamento em casa também. E em alguns casos em que ocorre essa embolia recorrente, pode ser necessário a colocação de um filtro de veia cava, que é um dispositivo que a gente coloca cirurgicamente dentro de uma veia e que vai acabar filtrando qualquer rolha que tentar passar por esse espaço. Então, o tratamento tem que ser individualizado para cada caso, tem que ser feito pelo médico especialista e tem que ser feito, pelo menos inicialmente, num hospital. Se você tem os fatores de risco para uma trombose, para uma embolia pulmonar, por favor, converse com seu médico, por favor, vá um pronto socorro. Não fique na dúvida. Essa é uma das doenças que não dá para a gente esperar para ver o que vai acontecer. Gostou do nosso vídeo? Inscreva-se em nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo! Mas espere um pouquinho que vou deixar mais um vídeo aqui para você assistir!