Sumário
A insuficiência venosa crônica é uma condição muito frequente e as pessoas costumam confundi-la com as varizes. De fato, são situações que se relacionam, mas não são conceitos sinônimos.
É possível a pessoa ter insuficiência venosa crônica sem ter varizes e também é possível a pessoa ter varizes e não ter insuficiência venosa crônica. Então, são condições independentes, mas que têm alguns pontos em comum.
No artigo de hoje, vamos definir a insuficiência venosa crônica, saber como ela se manifesta e de que forma é feito o tratamento. Continue lendo e tire todas as suas dúvidas sobre a doença.
O dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular e endovascular, fala sobre a insuficiência venosa crônica, que é uma alteração da pele e da gordura abaixo da pele devido a uma insuficiência venosa, refluxo venoso, hipertensão venosa ou varizes. Os sintomas incluem manchas, eczema, pele endurecida, perda de elasticidade, lipodermatoesclerose e úlceras venosas. A classificação dos pacientes com doença venosa varia de 1 a 6, com aqueles acima de 3 considerados com insuficiência venosa crônica. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, mas às vezes o tratamento cirúrgico minimamente invasivo, como laser ou radiofrequência, é mais benéfico para o paciente.
Olá, sou o dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular e endovascular do Instituto Amato e hoje nós vamos falar um pouquinho sobre insuficiência venosa crônica, que é muito frequente e as pessoas confundem com varizes, porque elas estão relacionadas. É possível existir varizes sem a insuficiência venosa crônica e também é possível a insuficiência venosa crônica sem a existência das varizes. Apesar disso, elas estão interligadas. A insuficiência venosa crônica é a alteração da pele e a gordura abaixo da pele decorrente de uma insuficiência venosa, de um refluxo venoso, de uma hipertensão venosa ou mesmo das varizes. Então essa alteração na pele e subcutâneo pode desencadear e aparentar como manchas, como eczema, áreas que descamam, que coçam, uma pele bem endurecida, que perde a elasticidade, que é a lipodermatoesclerose e pode também ter as lesões mais avançadas, como as feridas, as chamadas úlceras venosas. A gente classifica o paciente que tem refluxo venoso, que tem doença venosa entre 1 a 6. Os pacientes que têm uma classificação acima de 3 já se considera a insuficiência venosa crônica, principalmente por causa do inchaço. Falado isso, então dá para perceber que quem tem insuficiência venosa crônica já tem a fase mais avançada da doença venosa, necessitando de um tratamento muitas vezes um pouco mais intervencionista, um pouco mais agressivo. O tratamento clínico pode ser feito, mas tem que se acompanhado de perto pelo cirurgião vascular, mas muitas vezes o tratamento cirúrgico, mesmo que seja minimamente invasivo, com laser ou radiofrequência, pode ser mais benéfico para o paciente. Então a insuficiência venosa crônica pode ser uma fase mais avançada de quem tem varizes e esses pacientes precisam de uma atenção maior. Gostou deste vídeo? Aproveite e curta nossos outros no nosso canal na internet. Muito obrigado.
O que é a insuficiência venosa crônica e por que ela acontece
A insuficiência venosa crônica, IVC, é uma alteração da pele e da gordura abaixo da pele decorrente da insuficiência venosa, refluxo venoso, hipertensão venosa, trombose venosa profunda e varizes. É uma doença muito comum em idosos e mulheres, atingindo especialmente a região das pernas e pés.
Por se tratar de uma doença crônica, a IVC vai evoluindo com o passar do tempo e, por ser muito comum, há a convicção médica de que, em algum momento da vida, tanto as mulheres quanto os homens sofrerão com o problema.
Veja a seguir algumas possíveis causas da IVC:
Insuficiência venosa: é a incapacidade do corpo em manter o equilíbrio do fluxo sanguíneo, geralmente em decorrência de alguma falha nas válvulas presentes nas veias e que impulsionam o sangue;
Trombose Venosa Profunda (TVP): a trombose venosa profunda acontece quando um coágulo sanguíneo obstrui a passagem do sangue pelos vasos. Além disso, é uma doença que danifica as válvulas propulsoras do sangue, aumentando a pressão venosa;
Refluxo venoso: surge quando o fluxo sanguíneo não segue sua direção normal, de baixo para cima. Normalmente, isso acontece por mau funcionamento da veia ou da musculatura da panturrilha, responsável pelo bombeamento do sangue nos membros inferiores;
Hipertensão venosa: trata-se do aumento da pressão dentro das veias que ocorre devido à falha no retorno venoso e pela dificuldade encontrada pelo sangue para fazer o seu trajeto;
Varizes: as varizes são veias tortuosas, dilatadas e aparentes causadas pelo refluxo sanguíneo e que também comprometem a circulação do sangue nos membros inferiores. Quando a pessoa sofre com varizes, as chances da insuficiência venosa crônica chegar nos estágios mais avançados são maiores.
Além disso, temos também alguns fatores de risco para a IVC. Conheça agora quais são:
- Ferimentos ou lesões nas pernas;
- Gravidez;
- Desequilíbrios hormonais;
- Envelhecimento natural do corpo;
- Obesidade;
- Tabagismo e alcoolismo;
- Sedentarismo;
- Ficar muitas horas em uma única posição: deitado ou sentado, por exemplo.
Como a insuficiência venosa se manifesta
A insuficiência venosa crônica se apresenta no corpo humano por meio de algumas alterações na pele, como:
- Manchas;
- Eczema;
- Áreas que descamam e coçam;
- Pele bastante endurecida por falta de elasticidade;
- Inchaço ou edema causado pela retenção de líquidos;
- Dor e sensação de cansaço;
- Queimação ou formigamento;
- Pele ressecada;
- Feridas de difícil cicatrização, também conhecidas como úlceras, na região do tornozelo;
- Alterações na cor da pele. As pernas ganham um aspecto escurecido, com pequenos pontos esbranquiçados. Tais pontos são áreas chamada de atrofia alba;
- Pele mais fina, frágil e suscetível a ferimentos.
Sintomas como o inchaço, a dor e a sensação de cansaço são mais comuns no final do dia, após a pessoa ter ficado muito tempo em pé ou muito tempo sentada. A falta de estímulo à circulação do sangue piora a insuficiência venosa.
Também devemos lembrar que o sangue é responsável por levar oxigênio e nutrientes até os órgãos e tecidos do corpo humano. Quando isso não acontece, por alguma obstrução, por exemplo, tais áreas ficam sem oxigenação e perdem a vitalidade. Por isso, as pernas perdem o aspecto saudável que tinham.
Os sintomas da insuficiência venosa crônica podem se tornar irreversíveis quando a doença está no seu estágio mais avançado, afetando de forma definitiva o aspecto da pele do indivíduo.
Classificação da insuficiência venosa crônica e tratamento
O paciente com doença venosa pode ser classificado em uma escala que vai do nível 1 ao nível 6. Quando a doença está no estágio acima de 3, já pode ser considerado uma insuficiência venosa crônica.
O inchaço é um dos sintomas que também comprova o grau de evolução desta enfermidade. Quanto maior for o comprometimento das veias, mais intenso será o edema.
Tratamento clínico
Quando o paciente está na fase mais avançada da doença venosa crônica, o tratamento clínico não é o mais indicado e sim o tratamento cirúrgico.
Por tratamento clínico, entendemos ser aquele realizado com uso de medicamentos para restaurar a saúde das veias e a mudança nos hábitos diários, incorporando aquelas práticas mais saudáveis, além do acompanhamento regular com um cirurgião vascular.
O estágio mais avançado da doença exige um tratamento mais intensivo, mais agressivo, quase sempre, com a adoção de procedimentos cirúrgicos para melhor recuperação das veias adoecidas.
E, claro, este tratamento também inclui a adoção de hábitos saudáveis, as consultas regulares com o cirurgião vascular e o uso de medicamentos.
O acompanhamento da doença pelo cirurgião vascular deve ser feito com muito cuidado e bem de perto. Esse é um cuidado importante, uma vez que as complicações da IVC podem ser bem graves.
Tratamento cirúrgico
Mesmo que seja uma intervenção minimamente invasiva, com uso de laser e radiofrequência, ainda assim, o tratamento cirúrgico é a melhor alternativa em vez do tratamento exclusivo com medicamentos que, em situações mais graves, não gera um efeito favorável ao paciente.
Concluindo, a insuficiência venosa crônica é uma doença que atinge especialmente a região das pernas e que evolui com o passar dos anos. É mais comum em mulheres, mas também atinge homens com frequência, principalmente os idosos. Pode ser causada por múltiplos fatores, dentre eles, as varizes, outra condição comum e que muitas vezes é confundida com a IVC.
O paciente que possui insuficiência venosa crônica avançada deve ter um acompanhamento mais de perto do cirurgião vascular, sendo recomendada a realização de procedimentos cirúrgicos para restauração do fluxo sanguíneo, uma vez que o tratamento clínico já não é mais suficiente nestas situações. Em caso de algum sintoma suspeito, procure o seu cirurgião vascular.
O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, fala sobre a insuficiência venosa profunda, que é uma condição em que o sistema venoso profundo, responsável por 90% do retorno do sangue para o coração, não está funcionando corretamente devido a problemas nas válvulas venosas. Isso pode ser resultado de doença do sistema venoso superficial, ou varizes, ou de outras condições, como problemas na circulação ou na musculatura. O tratamento inclui exercícios para fortalecer a panturrilha e a coxa, uso de medicamentos para aliviar sintomas como dor e cansaço, e uso de meias elásticas. Em alguns casos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.
Olá sou Dr Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje vou falar sobre a insuficiência venosa profunda. Nós temos dois principais sistemas venosos em membros inferiores. Nós temos o sistema venoso superficial e temos o sistema venoso profundo; quando nós estamos falando de varizes, varizes visíveis, veias tortuosas, visíveis a olho nu. Elas são decorrentes de uma falha do sistema venoso superficial. O sistema venoso superficial é responsável por 10% do retorno venoso no nosso corpo e o sistema venoso profundo que está escondido lá dentro da perna e que não é visível ele é responsável por 90% do retorno venoso. Tanto o sistema venoso superficial quanto o sistema venoso profundo possuem válvulas que direcionam esse fluxo do sangue para cima, quando há uma doença do sistema venoso superficial, das varizes que são visíveis. Elas podem ser retiradas e tratadas. É mais simples porque o sistema venoso superficial é responsável só por 10 % do retorno venoso. Então se a gente tira essas veias que estão direcionando o fluxo para o lado errado o sangue passa a ser levado para o coração pelo sistema venoso profundo que tem a capacidade natural de 90% do retorno venoso. Agora o problema ocorre quando há um dano do sistema venoso profundo. Já ouvi as pessoas chamarem de varizes internas. Esse termo não existe. Varizes internas. Varizes tem que ser veias visíveis e tortuosas. Então não tem como haver varizes internas, mas o princípio é esse: Então as válvulas venosas do sistema venoso profundo não estão funcionando. Então o sistema venoso profundo não está direcionando o fluxo do sangue de volta para o coração. Quando isso ocorre a gente não pode tirar as veias do sistema venoso profundo porque elas são muito importantes e a gente começa a ficar mais restrito com os tratamentos que a gente pode oferecer. Então passa a ser muito mais importante o fortalecimento da bomba da panturrilha, que ela é a principal fonte do retorno venoso da musculatura contrai, bombeia o sangue de volta para cima, então o fortalecimento da panturrilha, o fortalecimento muscular da coxa, caminhada, exercício físico, evitar a anquilose. que eu Já falei em outro vídeo. Tudo isso vai melhorar o retorno venoso. Agora o que a gente pode oferecer externamente para melhorar. Bom, se houver sintomas como dor, cansaço, peso, a gente pode usar medicação para aliviar esses sintomas e o uso da meia elástica. A Meia elástica é essencial no tratamento da insuficiência do sistema venoso profundo. Muitas vezes há uma associação da doença superficial com com a doença no sistema venoso profundo. A gente pode tratar cirurgicamente o sistema venoso superficial, as varizes, mas, a gente vai continuar tendo que tratar o sistema venoso profundo com as medidas clínicas. Então a insuficiência venosa profunda apesar de ser a falha das válvulas venosas o tratamento não é igual ao tratamento das varizes superficiais. É preciso fazer um acompanhamento a longo prazo com observação pelo seu cirurgião vascular. Gostou do nosso vídeo? assine nosso canal. Compartilhe. Clique aqui embaixo. Sininho é até o próximo vídeo.
Primeiro que tudo a minha gratidão ao Dr. Alexandre Amato, pelo brilhante esclarecimento que me deu. Lamento não ter possibilidades de uma consulta, mas vivo em Portugal e tudo o isso implica. GRATIDÃO IMENSA