Veias varicosas são um problema comum que afeta muitas pessoas, causando desconforto e dor nas pernas. Felizmente, existe uma solução para o refluxo das veias varicosas, que pode ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a aparência das pernas. Essa solução é a termoablação endovenosa, um tratamento minimamente invasivo que pode ser realizado por radiofrequência ou laser para tratar a veia safena. Neste artigo, vamos explorar como a termoablação endovenosa funciona, como ela pode ajudar no tratamento das veias varicosas e quais são os benefícios em relação à cirurgia tradicional.
Sumário
O Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, fala sobre as diferentes técnicas de cirurgia para o tratamento de varizes. Para o tratamento de vasinhos menores, são utilizadas a microcirurgia e a técnica de Muller, enquanto que para as veias maiores, como a safena, são realizadas termoablações por laser ou radiofrequência e cirurgia de stripping. O vídeo explica que a cirurgia de stripping é considerada secundária nas diretrizes internacionais e que as termoablações têm resultados melhores. O vídeo também menciona que a cirurgia de varizes pode ser uma combinação de diferentes métodos para tratar todas as veias afetadas.
Olá, sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje nós vamos falar sobre a cirurgia de varizes. Existem várias cirurgias de varizes, então quando a gente fala só em cirurgia de varizes não dá pra saber qual técnica que tá sendo falada. Então vamos lá, para o tratamento dos vasinhos menores então reticulares, veias tributarias e colaterais, a microcirurgia, e a técnica de Muller que são cortes maiores, pode ser realizada. Microcirurgia é uma modificação dessa técnica de Muller em que a gente faz pequenos furinhos e através desses pequenos furinhos que não precisa nem de ponto, as veias são retiradas. A microcirurgia pode ser realizada com sedação e anestesia local sem a necessidade de um hospital ou muito menos de uma anestesia raquidiana ou uma anestesia geral, anestesia local é mais do que o suficiente. Então para o tratamento das tributárias, colaterais, e reticulares, quando a gente fala de cirurgia de varizes, estamos falando normalmente da microcirurgia ou da técnica de Muller. Quando a gente tá falando da insuficiência venosa de veias maiores, como safena, safena magna, safena parva ou safena acessórias, a gente tá falando de, ou cirurgia ou cirurgia de stripping que é a cirurgia tradicional ou as termo ablações que aí entra a cirurgia laser ou a cirurgia por radiofreqüência. A cirurgia stripping, a cirurgia tradicional consiste num corte na perna, um corte na virilha, coloca-se um fio de aço, traciona, arranca-se essa veia, e ela não faz mais parte da circulação. A cirurgia tradicional, a cirurgia de stripping já foi colocada como secundária nos, nas grandes diretrizes internacionais. As técnicas [inint] [00:01:48], então o laser e a radiofreqüência tem um resultado melhor, e são as indicadas atualmente. Então o laser e a radiofreqüência funcionam mais ou menos da mesma maneira, ambas causam a oclusão da veia pelo calor. A questão é que o laser vai usar o calor gerado pela energia luminosa enquanto a radiofreqüência vai usar o calor gerado por uma energia de microondas. Ambas vão coagular as proteínas da parede do vaso que vai se fechar e não vai passar mais circulação nessa veia. A cirurgia de veias maiores é essa. Então quando a gente tá falando de cirurgia de varizes, muitas vezes é uma associação de vários métodos. Então pro tratamento das veias maiores, safenas, é realizado uma termoablação a cirurgia do stripping associado a fleboextração a microcirurgia dos vasos colaterais e tributárias, então essa é a cirurgia de varizes que a gente realiza. Gostou desse vídeo? Ajude-nos a continuar. Curte e compartilha, muito obrigado! Até a próxima.
Termoablação endovenosa – radiofrequência e laser da veias safena.
Pacientes com veias varicosas grandes, normalmente tem o que se conhece como refluxo, onde as válvulas venosas deixam de funcionar e o sangue passa a mover-se na direção errada, em direção aos pés. Isso resulta num acumulo de sangue nas pernas que pode lesar a vários sintomas que incomodam bastante, como, dor, inchaço e cansaço nas pernas, também pode levar a mudanças na pele, na perna e tornozelo, no pior caso a mudança da pele pode ser a abertura de uma ferida chamada úlcera. O cirurgião vascular pode identificar quais veias possuem refluxo examinando-as através do ultrassom.
Muito embora os pacientes procurem ajuda médica por causa das veias visíveis e saltadas na pele o ultrassom muitas vezes mostra que a raiz do problema venoso está mais profundamente nas pernas e não são visíveis olhando as veias, isso pode ser confuso para os pacientes que apenas vêem as veias superficiais e é muito frequente que o ultrassom mostre refluxo em duas veias mais frequentemente, a safena magna que é veia que corre na parte interna da perna ou safena parva que é a veia que corre na panturrilha.
Ao fazer um exame de ultrassom nós podemos determinar se o sangue está se movendo para cima ou para baixo nessas veias e enchendo as veias varicosas, o objetivo é remover ou fechar esse problema venoso de modo que o sangue seja redirecionado para as veias saudáveis e em direção ao coração.
Um dos tratamentos mais efetivos para o refluxo da veia safena é a termoablação endovenosa.
Muitas pessoas se preocupam com o fato de fechar a veia safena, que isso pode influenciar negativamente na sua circulação, mas isso está muito longe da verdade, a maior parte do nosso fluxo sanguíneo se faz através das veias mais profundas, veias que estão entre a musculatura da perna, toda vez que nós movemos as pernas os nossos músculos se contraem e espremem as veias de modo que o sangue é empurrado (bombeado) para cima em direção ao coração.
O tratamento da veia safena, não muda a direção das veias profundas, na verdade, ao fechar essas veias superficiais acaba ajudando as veias profundas a fazerem o seu trabalho, isso ocorre porque quando temos refluxo na veia safena o sangue acaba voltando para as pernas e essa quantidade maior de sangue começa a sobrecarregar o sistema venoso profundo, é como se fosse um barco com um buraco, toda vez que você tira água ele volta se encher. Então, ao fechar as veias safenas e fechando o refluxo das veias safenas, nosso sistema venoso profundo tem menos sangue para bombear e pode funcionar melhor.
Por mais de 100 anos o único tratamento existente para a veia safena era um procedimento chamado stripping, que é a cirurgia tradicional, o stripping nada mais é que um arrancamento da veia, por causa do modo como é feito o arrancamento da veia tem a recuperação mais prolongada, houve varias tentativas de minimizar o procedimento e faze-lo menos invasivo. Em 1999, a energia da radiofrequência foi usada pela primeira vez para tratar a veia safena por dentro e logo após o laser foi utilizado da mesma maneira. Essas duas técnicas são chamadas de termoablação endovenosa e são os métodos mais comumente utilizados para tratar a veia safena hoje em dia.
Ao usar um cateter ao invés de técnica cirúrgica, esses procedimentos se mostraram muito mais eficazes e menos invasivos do que a cirurgia tradicional, comparando com a cirurgia tradicional a termoablação endovenosa é menos dolorosa, mais rápida, sem cicatrizes ou com menos cicatrizes, permite ao paciente retornar a atividade normal quase que imediatamente, podendo ser feita de modo ambulatorial, com anestesia local e é mais barato, esse procedimento pode ser realizado em quase todos os pacientes que possuem refluxo da veia safena e tem sido visto que ao longo prazo por mais de 5 anos, a efetividade desses tratamentos é tão boa ou melhor do que a técnica tradicional.
Termoablação endovenosa por radiofrequência
Existem diferentes técnicas que podem ser utilizadas na termoablação endovenosa. A primeira técnica é conhecida como a termoablação por radiofrequência, e é uma variação do procedimento que foi realizado há décadas atrás para tratar hemorroidas, esses sistema utiliza em cateter especializado venoso que emite ondas de rádio bem seguras, essa é uma frequência de rádio um pouco abaixo da rádio AM, ela vai esquentar e vai colapsar as veias doentes, fechando-as.
A primeira geração dos aparelhos de termoablação por termofrequencia, representaram um grande avanço no tratamento minimamente invasivo, apesar de suas limitações, desde então, a aparelhagem tem se desenvolvido e melhorado continuamente e agora apenas alguns minutos são necessários para esquentar e fechar permanentemente uma veia anormal, se você for fazer uma termoablação por termofrequencia, o seu cirurgião vascular vai limpar sua pele muito bem, depois colocar um anestésico na sua pele, o ultrassom é utilizado para visualizar a veia que vai ser tratada, uma pequena agulha é colocada na área da sua pele em que essa veia passa e através dessa agulha um cateter vai ser passado, esse cateter contem aparelhagem que emite a radiofrequência na sua veia, após isso será aplicado mais anestésico em volta de todo o trajeto da veia que vai ser tratado, de modo que você não sinta o calor gerado pelo aparelho. O fluido anestésico também age como uma camada de proteção do restante da perna do calor. Assim que o aparelho de radiofrequência é ligado, o tratamento leva alguns minutos para ser completado, a maior parte dos cirurgiões vasculares vai pedir que você utilize a meia de compressão elástica após o tratamento e que ande com frequência. As complicações do procedimento são raras, você pode e deve conversar com seu cirurgião vascular; a maior parte dos pacientes volta as suas atividades normais dentro de um dia e descobrem que é fácil encaixar o tratamento no meio de suas vidas atribuladas, resolvendo as veias doentes. Logo após o procedimento ou numa consulta posterior, o seu cirurgião vascular pode realizar um outro procedimento para a retirada das veias dilatadas na pele ou as veias reticulares. Muitas vezes entretanto, o tratamento da veia safena é realizado primeiro como um passo inicial para depois ter sucesso no tratamento das outras veias.
Termoablação endovenosa por laser.
Outra técnica de termoablação endovenosa faz o uso da energia luminosa proveniente do laser, este procedimento é chamado de termoablação endovenosa por laser e envolve a passagem de uma fibra ótica dentro da veia e o aquecimento dessa veia por intermédio da energia do laser, o procedimento é muito similar ao da radiofrequencia, utilizado um ultrassom para visualizar a veia é feito uma punção e através dessa punção é passado um cateter introdutor e dentro desse cateter introdutor a fibra ótica, após o posicionamento do laser é feito o anestésico em volta da veia e é necessário alguns minutos para realizar o tratamento após o laser ser colocado em posição. Com o tempo nós temos mais dados sobre a efetividade de longo termo das técnicas de tratamento endovenoso, mas novas técnicas continuam sendo desenvolvidas para um dia substituírem a termoablação por laser e radiofrequencia.
Atualmente tem se estudado a possibilidade de destruir as veias doentes com o vapor ou um dano mecânico na parede do vaso e a cola para o fechamento das paredes, esses sistemas que ainda estão em estudo podem mostrar as vantagens sobre o tratamento convencional e a termoablação, mas ainda necessitam muito mais investigação. O que é importante para você e para o seu cirurgião é que os pesquisadores continuam constantemente trabalhando para melhorar as possibilidades de tratamento e prover mais opções para você.
Novidades no tratamento de termoablação endovenosa, revolucionaram o tratamento do refluxo venoso e das veias varicosas, essas técnicas são seguras, efetivas, mais baratas, menos dolorosas e possibilitam um resultado estético melhor do que quando realizado com a cirurgia tradicional, embora não seja o objetivo principal. Independente do tipo de tratamento, você terá um melhor resultado, se você retornar periodicamente para realizar o ultrassom e exame físico seguido do procedimento, de modo que o seu cirurgião vascular possa minimizar as chances de aparecimento de mais veias doentes.
Leia mais:
- Cirurgia de varizes com laser (Laser dentro da veia)
- CLaCS: Aplicações de laser para tratamento de vasinhos (Laser fora da veia)
- Escleroterapia
Neste vídeo, o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, responde uma pergunta frequente sobre a eficácia da cirurgia de varizes com laser. Ele explica que a cirurgia com laser é eficaz no tratamento das veias maiores, como a safena, mas há limitações para resolver todas as varizes, sendo necessário associar outras técnicas, como a microcirurgia. Além disso, ele esclarece que a doença varicosa é genética e, portanto, não é possível eliminar todas as varizes para sempre, mas as técnicas visam eliminar as veias presentes no momento. Cerca de 10% dos pacientes que fazem cirurgia de varizes precisarão de algum outro procedimento no futuro, mas a maioria resolve o problema e não precisa se preocupar. A cirurgia de varizes, principalmente com laser, é minimamente invasiva e feita com sedação e anestesia local.
Olá Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje vou responder uma pergunta muito frequente: se a cirurgia de varizes com o laser é capaz de eliminar todas as varizes. Bom a cirurgia com laser ela é muito eficaz no tratamento das veias maiores como safena: safena magna, safena parva pode ser usada também algumas veias não nominadas mas permitem a passagem da fibra ótica, mas há uma limitação do laser para resolver todas as varizes. Então a gente precisa associar alguma outra técnica com a micro cirurgia possivelmente, mas normalmente quem faz essa pergunta está preocupado com outra coisa. Está preocupado se vai fazer essa cirurgia com laser vai resolver o problema de varizes para o resto da sua vida. Então na verdade a doença varicosa é uma doença genética, quando primária, essa doença genética você vai carregar a vida toda; não tem como a gente fazer o tratamento genético ainda. Então a gente faz o tratamento com laser com micro cirurgia. Com a cirurgia tradicional com a escleroterapia. Todas essas técnicas visam eliminar as veias presentes no momento. Hoje. Agora, outras veias podem se desenvolver no futuro devido à genética. É óbvio que existem medidas profiláticas que sabendo da prevalência das varizes você pode fazer exercício, pode fazer manter a panturrilha bem exercitada para bombear bem o sangue. Veja nossos vídeos sobre prevenção das varizes e, assim, a gente consegue fazer o tratamento adequado das varizes atuais. Agora, todo mundo que faz cirurgia de varizes vai precisar fazer uma nova cirurgia no futuro? Na verdade em torno de 10% dos pacientes que fazem cirurgia hoje vão precisar de algum outro procedimento no futuro. Então 90% dos pacientes resolvem o problema e não precisam se preocupar. Agora essa pequena parcela de 10% vão precisar fazer outro procedimento no futuro e isso pode ser uma nova cirurgia. Mas isso também não significa que vai ser uma cirurgia grande ou uma cirurgia complicada. A cirurgia de varizes principalmente com laser é uma cirurgia minimamente invasiva que se feita hoje, se você possivelmente precisar fazer no futuro, ela é feita com sedação, anestesia local, é bem tranquilo. Não precisa evitar o tratamento das varizes hoje, pensando que talvez haja a necessidade de um tratamento no futuro. Resolva o problema hoje e se for necessário algum tratamento no futuro, a gente vai ver o que lá naquela época será o mais indicado. Gostou dos nossos vídeos? Assine nosso canal. Clica no Sininho! E aguarde o próximo.
O vídeo apresenta uma entrevista com o cirurgião vascular Alexandre Amato sobre varizes e vasinhos. O doutor explica que a realidade aumentada está sendo utilizada no tratamento das varizes para permitir maior precisão na identificação das veias a serem tratadas. Ele também fala sobre a diferença entre vasinhos e varizes, as possíveis causas e fatores de risco, bem como as complicações de saúde que podem surgir em casos mais graves. O médico ressalta a importância de tratar a doença precocemente, especialmente para evitar a progressão dos sintomas e problemas mais graves. O uso de medicamentos sem prescrição médica e a automedicação podem ser perigosos, e o doutor alerta que a doença pode evoluir se a pessoa continuar tomando medicamentos sem tratar a causa. Ele também destaca que existem muitos tratamentos disponíveis atualmente para varizes e vasinhos.
Agora estou recebendo aqui no nosso estúdio o doutor Alexandre Amato, que é cirurgião vascular e vai conversar conosco sobre varizes e vasinhos. Tudo bem, doutor? Boa tarde. Tudo bom, boa tarde. Prazer recebe-lo aqui, viu? O prazer é todo meu, eu que agradeço. Tem para todo gosto, tem gente caçando Pokémon, mas o que a gente não pode fazer é ficar mal informado quanto a saúde, né, doutor? Com certeza. Eu achei interessante o tema realidade aumentada, você estava falando sobre a realidade aumentada e é uma coisa que a gente tem usado muito na medicina. É fantástica, né, a tecnologia. É fantástica. E no tratamento das varizes está sendo aplicado a realidade aumentada, é muito interessante. Ahãm, porque as vezes é muito pequenininha, é muito ruim para enxergar exatamente, né, doutor? Exatamente. Nós temos veias que são muito superficiais fáceis de ver e que incomodam as mulheres, mas por baixo dessas veias nós temos outras que são um pouquinho maiores, mas não são tão visíveis e elas são como uma raiz que nutre o problema. Então a gente usa a realidade aumentada capta a projeção infravermelha e projeta na pele do paciente o desenho da veia do próprio paciente. Isso já aqui no Brasil, doutor? Já, já, isso a gente já faz há um bom tempo. Há quanto tempo mais ou menos? Ah, eu uso já no consultório há mais de 6, 7 anos. A realidade aumentada já é uma realidade, né. Já é uma realidade para a gente, já é uma realidade. Então, quando a gente projeta a imagem da anatomia no paciente a gente consegue tratar olhando o paciente, olhando a anatomia dele então a preciso é incrível. Eu achei interessante que calhou de ser o mesmo assunto. De fazer essa ligação, né. Exatamente. Doutor, eu vou perguntar mais então sobre esse assunto. Mas antes eu queria entender um pouco qual é a diferente entre varizes e os vasinhos? Como a gente costuma falar. OK. Então, varizes é uma doença que tem várias classificações. A primeira fase das varizes são as varizes, eles são chamados de telangiectasias, são aqueles vasinhos fininhos e superficiais vermelhinhos, azuis que incomodam as mulheres, as veias um pouquinho maiores são chamadas de reticulares. Além disso, quando elas são maiores ainda aí são as varizes, são veias dilatadas e tortuosas visíveis a olho nu. Então, os vasinhos seria a primeira classificação da doença venosa. Varizes já é a segunda classificação. A classificação vai de 1 a 6, sendo a 6 é a catástrofe, é a fase final da doença. Quando a gente está falando de varizes e vasinhos a gente está falando das primeiras categorias. Doutor vamos entender os motivos, eu queria saber se fatores genéticos ou alguma coisa que a gente faz? A gente ouve falar muito de salto alto, anticoncepcional no caso das mulheres, ou até mesmo o peso, isso tudo influencia? Tudo isso tem uma influência com pesos diferentes. O principal sem dúvida nenhuma é o fator genético, a gente carrega a genética dos nossos pais isso não tem como mudar, não existe nenhuma terapia genética, vamos mudar o nosso gen para parar de apresentar a doença venosa, mas existem os fatores de piora então, o sedentarismo, a obesidade, usar o salto alto ele não necessariamente causa varizes, mas ele pode causar o sintomas da varizes então, quem usa salto alto por muito tempo pode sentir dor, inchaço, um peso nas pernas e isso as vezes nem está relacionado com uma doença venosa, mas tem o sintomas muito parecidos. Doutor, quando a gente pensa em veias entupidas, logo a gente pensa em comer gordura, em comer bobagem, isso pode agravar de fato, no caso das varizes? Das varizes não. Comer gordura, comer bobagens, estar acima do peso, não controlar o colesterol tudo isso causa deposição de placas nas artérias que são os vasos que levam o sangue para a nossa periferia, os vasos que trazem o sangue de volta para o coração são as veias. Então, quando a gente fala de gordura a gente normalmente está falando das artérias, quando a gente fala de veia não é o problema principal, o que pode acontecer e que muitas vezes assusta as pessoas é a trombose, né, a trombose venosa que é a formação de um coagulo dentro dessas veias, obstruindo o retorno venoso. Esse coagulo quando fica ali parado é um problema local, tem que ser tratado, tem que ser rápido não pode enrolar, mas o problema maior é quando esse coagulo desprende e vai até o pulmão, nessa situação ocorre uma embolia pulmonar que é gravíssimo. Sim, sim, a embolia pulmonar pode, pode. Doutor, especificamente sobre desde os vasinhos até as varizes, explica um pouco para a gente quais podem ser as complicações para a saúde com relação a isso? Ok. Então, quando a gente está falando das primeiras categorias aí da doença venosa, pode ter sintoma então, dor, inchaço, sensação de peso, as vezes formigamento, algumas pessoas têm câimbra, a síndrome das pernas balançantes, né, ficar balançando a perna pode ser até um sintoma de doença venosa. Além disso a doença pode começar a causar danos na pele e no subcutâneo que é o tecido embaixo da pele e isso pode causar um endurecimento da pele, manchas e até abertura de feridas, essas feridas são a fase final da doença que seriam as ulceras venosas, nessa fase o tratamento, existe tratamento, mas o tratamento já é mais complicado então, por isso o ideal é sempre tratar antes no início da doença. Doutor, muitas mulheres pincipalmente eu sei que também pode acontecer com homens, mas eu acho que quando a gente está falando do começo dos vasinhos a questão estética muitas vezes incomoda as mulheres demais. Ainda que a mulher não sinta, ou mesmo o homem não sinta dores, mas comecem a aparecer esses vasinhos e se perceba um aumento que está incomodando ali na estética, apesar de não estar incomodando com dores e tudo mais, vale procurar um médico, vale já começar a tratar? Deve, eu vou explicar porque. as mulheres chegam antes no médico exatamente por causa do problema estético então, “ah, o que me incomoda é esse vasinho”, passa num médico e acaba identificando um problema maior que tinha trás e que ela não percebia e aí a gente trata no início da doença, os homens nem sempre estão preocupados com a estética e eles demoram um pouquinho mais para chegar no médico então, mais frequentemente as mulheres chegam no início da doença na categoria 1 e 2, os homens acabam chegando na categoria 3 e 4, ou seja, chegam mais tarde, tratam mais tarde. Porque eles só vão por conta da dor mesmo, né, que por conta da estética dificilmente o homem vai, né? Isso quando não vem arrastado pela esposa. Com dor, mas ainda assim arrastado. Com dor e falando que não está sentindo nada. “Não, está tudo bem isso aqui é bobeira”. Isso porque acostuma, como é uma doença de uma evolução muito lenta e progressiva o nosso cérebro para não ficar sofrendo o tempo todo ele se acostuma com a dor e a gente para de sentir, porque não é uma dor aguda, é uma dor crônica. Então, é interessante esse aspecto. É quando a pessoa fala “não, estou com aquela minha dor, né”, a pessoa fala assim as vezes, né. Eu trabalhei do dia inteiro, eu trabalhei como que a minha perna não vai doer no final do dia, é normal, mas não, não é normal. Doutor, eu queria entender sobre o risco da alto medicação. Quando a gente fala de varizes e vasinhos a gente tem até algumas propagandas falando sobre “use isso, use aquilo” com exceção daquilo que é totalmente natural, agora eu estou pensando em medicamentos, a gente tem que tomar muito cuidado, não tem? Muito, na automedicação para tudo, não só varizes. Eu vou falar das varizes, mas a automedicação é perigosa para tudo. Existe muita medicação natural para varizes, elas funcionam atuando no sintoma, não na causa então, primeiro que não existe remedinho milagroso que vai fazer as veias desaparecerem, o que existe são medicamentos que vão melhorar os sintomas então, pode melhorar um pouquinho a dor, melhora um pouquinho o inchaço, mas não trata a causa e aí a pessoa pode star se auto enganando. Aliás, eu entendo, imagino até, o senhor me corrija, que a doença pode até evoluir, porque a pessoa “ah, passou a minha dor eu vou continuar tomando isso aqui”. Exatamente, e aí acaba chegando no médico mais tarde e se tivesse vindo antes, talvez o problema fosse mais fácil e menor de tratar. mas rápido até, né? Mas rápido, menos invasivo. Doutor e aquele… ah, falando invasivo tem muitas perguntas para fazer, me dá até um negócio aqui pensando nas varizes. E aquelas que a gente vê comuns em algumas pessoas depende da faixa etária, as vezes em homens também que são grossas e parece que você sente ali pulsar quando a pessoa fala que está com dor, meu Deus, me dá uma agonia. Fala para gente sobre isso doutor. Essas são as veias varicosas, essas já é classificação de 2 para cima. As vezes verdes até, né, doutor? Sim, sim. Essas aí… o interessante de varizes é que é uma doença muito prevalente, muito frequente, muito comum. Se você não tem você conhece alguém que tem, né. Então, qual que é o bom disso? É que tem muita gente estudando assunto então existem muitos tratamentos atuais. Então, quando eu falo “ah, esse tratamento pode ser feito”, mas existem alternativas então a gente tem que conseguir unir o desejo do paciente, com o objetivo dele e com a necessidade, não é só o que ele quer, é o que ele precisa é o que ele pode e o que ele deve fazer, né. Eu vou abrir aqui para ver se tem perguntas. Você entra na nossa página no ‘facebook.com/jaquelineestefano’ e deixa aqui a sua pergunta par aa gente, estou só conectando. E queria entender então um pouco sobre tratamentos. Doutor, a pessoa que chega no começo, as vezes até vai, portanto pela questão estética e já começa a tratar, como a pessoa que chega aí de repente nesse grau 5, como senhor cita para a gente, os tratamentos são muitos diferentes? Muito, muito. Na primeira fase que só os vasinhos, que são as telangiectasias é uma fase mais estética então existem vários tratamentos atuais como a escleroterapia, injeção de glicose, injeção de vários medicamentos esclerosantes. Eu queria falar de um tratamento especifico que é o clacs, clacs é o criolaser associado a crioglicose então, eu pego duas técnicas de escleroterapia que são de baixo risco e com poder não tão alto de esclerosar, mas na hora que eu uso os dois eles acabam se multiplicando. intensifica então, né? Intensifica o poder. Então, na hora que eu faço um tratamento com o laser em cima dessas veias associado com a escleroterapia a gente começa a ter resultados melhores com menos risco. Então é assim, as diversas técnicas existentes apareceram nas últimas décadas e agora a gente está estudando como que a gente vai associar essas técnicas para conseguir ter um resultado melhor, mais rápido e atingindo o objetivo da mulher ou do homem também, resolvendo tanto o problema estético quanto o problema da doença também. então quer dizer, a doença para de evoluir além de tudo a mulher principalmente eu falo, porque a questão estética conta muito para gente, se livra daquelas varizes, que muitas vezes a mulher deixa de usar saia, as vezes fala “ah, não gosto mais de ir para praia, não gosto mais de usar vestido”, é impressionante como isso interfere, né, doutor? Exatamente. Tem gente que vem no inverno, pedindo assim “o meu objetivo é ir na praia no verão” ok, vamos então bolar um plano, uma estratégia de resolução, porque isso também é verdade as pessoas acreditam “ah, eu vou no médico vai ser uma pílula milagrosa que resolve” ou um evento que a gente desenvolva e que vai desaparecer tudo. Muitas vezes tem que ter uma estratégia por trás, a gente trata primeiro a doença maior, depois a doença menor, depois a parte estética e o que dá para fazer junto a gente faz, mas muitas vezes são eventos diferentes e separados que precisam acontecer para ter um resultado bom. De repente se uma mãe e uma filha vão cuidar de diferentes, o médico pode optar de tratamentos diferentes, né. Pode. Pela resposta de uma e de outra. Mas aí tem um outro aspecto, quando é mãe e filha a genética é parecida então… É mais ou menos o mesmo tratamento, né. É mais ou menos… já operei várias mães de filhas no mesmo dia é até interessante. Ah, legal. Uma fala “não, eu vou te dou coragem a gente vai junto”, né. Tem outro aspecto também, uma não quer cuidar do pós-operatório da outra então… Pronto aí ela já se livrou as duas e coloca os homens em casa para ajudar, né. Boa, doutor, se a minha filha fizer eu vou ter que cuidar, se a minha mãe fizer eu vou ter que cuidar, já faz junto. Doutor, dói muito pensando nessa primeira etapa? Não, é um procedimento relativamente indolor. Não é invasivo esse então? Não, não, não, é tudo transdérmico, né. A escleroterapia com glicose que é injeção é uma injeção dérmica, tá. O que tem nela? Só por curiosidade. Existem várias substancias esclerosantes a mais utilizada não Brasil é a glicose hipertônica, que é pela alta osmolaridade ele acaba destruindo o vaso, mas existem diversas outras como, lidocanol. Essa da injeção não dói não doutor? então, primeiro, depende da mão de quem está aplicando, quando você aplica no vaso a dor é menor… Geralmente é o próprio médico que faz isso? É para ser o médico, né. É para ser, né… a gente está falando aí com o Brasil inteiro a gente sabe que as vezes… Exatamente. O problema de outras pessoas fazerem é que elas não vão estar preocupadas com a doença traz. Não é só estética, o médico quer tratar a doença, né. Exatamente. A gente foca em tratar a doença e depois resolver a parte estética. Outras pessoas que não tem esse foco na doença vão ficar fazendo a escleroterapia seguida sem tratar a doença e não vai resolver o problema externo. Pode voltar no caso? Vai voltar, não é pode, se não trata a doença vai voltar. Então, por isso que eu acho importante. Mas a glicose quando aplicada ela é aplicada em vasinhos bem superficiais a agulha não chega nem a entrar a pontinha dela inteira, ela fica metade para fora, é bem, é bem… quando bem aplicada ela é bem suportável. Sem anestesia? Existe a crioanestesia que é muito legal, a crioanestesia é uma r gelado que a gente joga em cima da pele e esse ar gelado a menos 30, menos 20 graus ele vai enganar o seu cérebro, seu cérebro vai sentir frio naquele local, mas ele não consegue diferenciar o frio da dor ele fica com aquele friozinho, mas não compreende a dor. O frio de alguma forma vai dissipar ali no atendimento do cérebro o frio, né, com a dor. Exatamente. E na hora que a gente usa o laser aí essa crioanestesia tem duas funções é, abaixar a temperatura da pele para não queimar a pele, além de causar essa analgesia ou falta de não sentir dor pela temperatura. Doutor tem várias perguntas chegando. Daniela, de Vitoria da Conquista na Bahia, Dani obrigada pela sua participação, um beijo. Ela fala que ela começou a malhar e depois começaram a aparecer alguns vasinhos nas pernas dela, que ela não pegava muito peso. Pode ser a causa? Puxa, essa pergunta é muito frequente no consultório, muito. Em primeiro lugar, exercício físico é bom para quem tem varizes, tá, nunca eu vou falar “pare com exercício que vai aparecer vasinho”, o que pode acontecer é que com exercício físico ela diminui a primeira camada de gordura da pele e aí começam a aparecer mais vasinhos que muitas vezes já até estavam lá. Então, quando a gente perde essa camada que estava escondendo os vasinhos eles vão aparecer. Então, na verdade só deixa visível aquilo que já estava lá. Exatamente. Alguns exercícios isométricos em que é feito muita pressão, muita força, mas aí eu estou falando de exageros pode aumentar a pressão nesses vasinhos e acabar fazendo aparecer um ou outro. O que deve acontecer apenas com atletas ou pessoas que estão querendo pegar muito pesado, né? Eu acho que é um pouquinho diferente, acontece em quem tem a genética para isso, quem não tem genética não vai acontecer. Pode pegar o peso que for que isso não vai ter relação, né? Então, o fator principal é sempre a genética ou a doença secundaria, né, quem tem varizes por conta de uma outra doença que teve antes. Por exemplo, se você tem uma trombose hoje, daqui a anos ou as vezes décadas você pode ter uma doença varicosa por causa da trombose, mas aí é muito mais grave, aí é outra categoria. doutor, e fala um pouco mais para a gente sobre os tipos então de tratamentos que existem, conta para nós. A gente estava falando aqui dos vasinhos que já são tratados a doença e a questão estética. Vamos evoluindo um pouco para as outras fases. Ok. Não posso deixar de falar do tratamento conservador, né, não vamos operar. A melhor cirurgia é aquela que a gente consegue evitar. gostei dessa frase. O tratamento conservador é tratamento clínico, existe tratamento clínico. Então, esses medicamentos sintomáticos quando bem prescritos, associados a meia elástica que também deve ser prescrita pelo especialista, a meia elástica ela comprime o sistema venoso superficial direcionando o fluxo venoso para o sistema venoso profundo e isso tira os sintomas e “estaciona a doença”, ela não vai progredir, só que não tem melhora estética. Então por isso, eu sempre comento com os pacientes, existe os dois tratamentos você pode partir para o tratamento conservador, mas se tem um desejo estético a gente vai ter que ser um pouquinho o mais invasivo, porque a meia elástica não vai resolver a estética, resolve a doença, resolve o sintoma, pelo menos melhora, né. então, dependendo da faixa etária, se a pessoa falar “não vou me submeter a isso, porque já tenho tal idade, não me preocupo muito com isso”, não há necessidade, né. Exatamente. Tem a opção do tratamento conservador. Agora, quando a gente fala em cirurgias, aí… primeiro que existem várias técnicas cirúrgicas, existe a cirurgia tradicional que a gente arranca as veias, existe a cirurgia agora com laser também então, a gente faz um pequeno furinho, entra com uma fibra ótica dentro dessa veia… Essas cosias são fantásticas, né. É uma maravilha, eu adoro tecnologia, né, então… estava falando do Pokémon, né, é impressionante a que ponto chegamos com a tecnologia, né. Então, a gente coloca a fibra ótica dentro da veia, essa fibra vai emitir um laser, esse laser coagula a parede do vaso o vaso se fecha, e aí o seu próprio vai reabsorver essa veia no futuro. Então, uma cirurgia que era feita em hospital com anestesia muitas vezes geral, agora dar para ser feita até em day hospital ou até no consultório com anestesia local. isso significa inclusive se você pensa em todo o aparato gasta menos, embora tecnologia possa ser um pouco mais cara, no todo você acaba gastando menos, não? Mas tendência da tecnologia à medida que ela é mais utilizada, vai diminuir o preço e tem as tecnologias que estão para vir, né. Nos Estados Unidos está sendo estudado uma cola então, a gente injeta a cola, a cola gruda na veia, ela se fecha e resolve o problema. Fantástico, né. É fantástico, mas como a gente acabou de comentar, essa cola é caríssima lá, chegando aqui vai ser… Um absurdo por enquanto. E não chegou ainda que está numa fase de estudos, mas é uma possibilidade quem sabe, se der certo lá quem sabe não chegue aqui em breve. Pois é, gostei dessa ideia. Doutor, como são as cirurgias, por exemplo, utilizando o que eu falei, que foi a realidade aumentada, a gente começou aqui o nosso bate-papo. Quais cirurgias são essas? Bom, é mais na fase inicial da doença, tá. Tá. a gente identifica não só esses vasinhos, mas a gente identifica as veias reticulares que nutrem esses vasinhos com a realidade aumentada, a gente consegue identificar nitidamente qual que é a veia que está nutrindo e qual que é o problema. A gente pode fazer uma marcação cirúrgica e tirar essa veia cirurgicamente ou o que eu tenho feito é tratar com laser externo. Então, a gente dispara o laser de modo transdérmico numa veia que a olho nu não é visível e eu consigo fazer ela fechar antes dela aparecer e consequentemente resolver os problemas superficiais dos vasinhos que estão incomodando. doutor, pensando no pós de qualquer um dos tratamentos que a gente cita aqui, soa muitos diferentes, como que funciona? Ah, são, a cirurgia tradicional se a gente fala de algumas décadas, poucas décadas atrás a cirurgia tradicional recuperação era de 30 dias para cima, né, mesmo a cirurgia tradicional já diminuiu isso então, a gente já consegue uma recuperação um pouco mais rápida, mas com as… eu me lembro de pessoas que falavam que tinham dificuldade até de por o pé no chão no começo, alguma coisa assim, né. É, a cirurgia era muito agressiva, por isso a tendência antiga era posterga o seu problema ao máximo que puder para operar assim, no fim da vida se precisar. Hoje em dia a gente pensa diferente, resolve o problema hoje que é pequeno, se precisar resolver de novo depois, vai ser um problema pequeno de novo, é melhor resolver várias vezes pequeno do que um gigante depois. Então, a cirurgia tradicional tem essa recuperação, mas a cirurgias minimamente invasivas é assim, opera de manhã, se for com anestesia local na hora do almoço já está indo para a casa e já está se mexendo, já está pronta para recuperar, aí depende de médico para médico, né, sempre conversa com o seu cirurgião vascular antes para entender. Mas o afastamento de uma semana, não é afastamento para ficar deitada o tempo todo não, deve se movimentar. É bom para cuidar da própria saúde. Se a pessoa de repente trabalha em casa o home care pode até continuar normalmente, né. Pode continuar é assim, a pessoa vai se sentir tão bem, tão normal no dia seguinte que vai sentir vontade de voltar a trabalhar, essas pessoas que tem essa ânsia por trabalhar, as vezes ficam tão focadas no trabalho que não sentem uma pequena dorzinha alguma coisa que é o corpo falando “ó, está na hora de descansar um pouco com a perna para cima” e aí vaia cumulando no final do dia sente um pouquinho de dor então, para evitar melhor ficar uma semaninha fora. doutor, tem uma faixa etária de maior incidência, apesar de ser genético? Ah, tem ah, tem. Dos 20 aos 50 anos é uma faixa acontece bastante, mas à medida que a idade vai aumentando também aumenta o aparecimento. A pessoa pensa “ah, cheguei aos 40 sem ah, estou livre”, não, infelizmente ainda pode aparecer, né. Não, eu já operei até criança com varizes, mas aí era um caso especifico que nasceu sem as válvulas venosas e não é frequente, é bem raro, mas pode acontecer. doutor, chegaram as perguntas aqui, deixa eu pegar, essa pergunta é da Josenilda, ela diz que fez uma cirurgia para varizes no dia 23 de junho e tirou a safena, estou sentindo muita dor, ainda estou sentindo muita dor, isso é normal? É, já faz um bom tempo, né, a primeira coisa que eu tenho que recomendar é, voltar no próprio médico e investigar, não estou examinando não tenho como ter certeza do que aconteceu, mas não é para estar sentindo dor, se não é para estar sentindo dor tem que investigar, tem que ir atrás. Chegou uma outra pergunta aqui para gente da Sol Ramos, é muito longa, eu vou só ler a introdução para o doutor poder te orientar. Ela diz que tem muitas dores internas na perna e ele crê que é varizes, ela foi ao médico e o médico disse que não, que são só vasinhos e que são bem visíveis, aí ela conta de alguns produtos naturais que ela já utilizou, castanha da índia, outras medicações enfim, ainda não passou, ela tem 56 anos e 80 quilos, será genético? Primeiro, é logico o doutor vai tentar te orientar, precisa vê-la de fato. Ela fez uma introdução enorme para fazer uma pergunta muito simples, é genético? Sim. Pronto, resolvido. já concluiu que é. Não, mas eu faço um contexto com relação a isso. As pessoas acreditam que esses vasinhos superficiais que incomodam esteticamente causam muita dor, mas é raro ter essa ligação desses vasinhos com dor. Então, no começo da doença ela não causa tanta dor mesmo? Não, não é para causar. Então, se for somente esses vasinhos da classe 1, normalmente não causam dor, aí tem que investigar outras causas, isso é importante é o que tem que ser feito. para quem já tem varizes, por exemplo, a Rauriana matos, ela diz que ela tem varizes, ela ainda fala assim, por causa do meu pai, e daí… já pois a culpa no pai, gente, tem que ser culpa de alguém, alguém lá atrás também, né. Ele também recebeu, né, pode ir lá para trás. Tem mais para trás, ai gente. Ai a Rauriana pergunta, ela fala que dói muito quando ela coloca salto alto, quem já tem varizes sente mais dor de fato? Ah, mas o salto a gente pode fazer um programa inteiro para falar só de salto alto, falar com ortopedista também. mas esse aqui tá ok, tá mediozinho, vai, não está muito alto, mas não vamos falar sobre isso. O salto alto ele impede e a movimentação do pé e consequentemente a movimentação da panturrilha que é o que bombeia o sangue para cima, por causa disso com o bombeamento diminuído a pessoa vai sentir dor, vai sentir inchaço, vai sentir todos os sintomas da doença venosa e tem todo o aspecto ortopédico também, o salto alto ele pode causar alterações ortopédicas que causam dor também. Até nos tendões, viu gente, que eu conto que eu tenho umas alterações aqui. O ideal, o que pode ser feito, um salto menor, um salto de dois, três dedos pode ser usado. Ah, esse aqui está super dentro então. É, três dedões talvez. Depende do tamanho do dedo. A plataforma não tem esse problema. Agora, uma coisa que eu faço e recomendo para as mulheres, muitas de nós em algumas ocasiões por exemplo, no trabalho, quando vai para uma entrevista de emprego a gente gosta de usar salto então, deixa o salto alto na bolsa, vai, eu faço muito isso, uso sapato baixo, sapatilha para andar aqui, gente, por essas avenidas São João aqui no centro de São Paulo e tudo mais, aí quando eu estou aqui eu ponho meu salto alto, não é verdade? Sem dúvida. A minha esposa tem o sapato do carro… Pois é, o meu carro é cheio de sapato, porque precisou para a ocasião está ali você coloca o salto, né. Exatamente. Não precisa se expor o tempo inteiro. Minimizar… Assim, eu sei que tem gente que considera isso essencial para o serviço, as vezes é norma, mas tenta minimizar o tempo de uso. E se a gente for pensar nas ruas, você está nos assistindo de qualquer lugar do Brasil, mas eu falo aqui por São Paulo é tudo esburacado, além de estragar o sapato você está sempre tropeçando com salto alto sempre o risco é maior. Né, doutor. ‘Nossa’ ter uma lesão ligamentar, uma torção, isso é…. Quebrar um salto caríssimo, né, gente, é muito prejuízo. Pensou no salto, mas eu pensei no pé, quebrar o pé. pensou no pé. A primeira coisa que eu penso quando engancha se eu estou de salto alto na rua, meu Deus, qual que é o sapato? Para ver o tamanho do prejuízo, não penso nem no pé, doutor, não pode, né. Doutor, foi um prazer recebe-lo aqui, muito obrigada. Eu queria que o senhor deixasse uma orientação final, porque muitas pessoas que mandaram mensagens, não dá para responder tudo, eu acho que prevenção aí é uma boa, né? a prevenção é uma boa então, passar com especialista que é o cirurgião vascular, consulte o seu cirurgião vascular, se tiver qualquer dúvida, que tem muita coisa sendo falada por aí, o acesso à informação está muito fácil, mas a informação nem sempre… A pessoa vai lá no Google. Exatamente. Mas a informação nem sempre é de qualidade. Então, converse com seu médico, com seu vascular, exercício físico faça, se não tiver nenhuma outra contraindicação. Mesmo quem tem varizes pode fazer, né, doutor. Deve fazer exercício físico é bom, fortaleça a musculatura da perna, da panturrilha que vai fazer bem. Muito obrigada. Quem quiser entrar em contato tem o site www.amato.com.br e o telefone 0 operadora 11 – 5053-2222. Mais uma vez, obrigada e uma ótima tarde, doutor. Muito obrigado.