Trombose no Braço: O que Você Precisa Saber

Quando pensamos em trombose venosa, geralmente nos vem à mente a imagem de coágulos nas pernas, mas é crucial estar ciente de que a trombose também pode ocorrer nos braços. Este artigo tem como objetivo ampliar a compreensão sobre a trombose no braço, uma condição menos conhecida, mas igualmente importante. Vamos explorar as causas que levam à formação de coágulos nas veias do braço, os sintomas típicos, as técnicas de diagnóstico disponíveis e as opções de tratamento eficazes. Ao abordar desde a compressão no desfiladeiro torácico até o papel dos catéteres na trombose, este artigo fornece informações essenciais para o reconhecimento e o manejo adequado desta condição médica, enfatizando a importância da avaliação e orientação médica especializada para um tratamento efetivo.

Sumário

O vídeo trata sobre a doença chamada trombose venosa profunda, que resulta quando o sangue coagula dentro de uma veia profunda, frequentemente causando embolia pulmonar. Este tipo de trombose é perigoso por poder levar à embolia pulmonar, que é uma complicação fatal. O vídeo destaca que esta condição é responsável por mais mortes do que câncer de mama, AIDS, câncer de próstata e acidentes automobilísticos combinados, no mundo inteiro.

A formação de um trombo (coágulo) é causada por três fatores principais: a lesão do endotélio (parede interna do vaso sanguíneo), alteração do sangue aumentando a coagulabilidade e a estase sanguínea (quando o sangue permanece parado por um longo período). A trombose venosa profunda é tratada principalmente para evitar a embolia pulmonar.

Há medicamentos disponíveis para a anticoagulação, que precisam ser tomados rigorosamente sob orientação e supervisão médica. O diagnóstico de trombose requer a observação de dois sinais principais: dor e inchaço, e a análise de fatores de risco como: neoplasia, trombose anterior, trombofilia, idade superior a 40 anos, gravidez, uso de anticoncepcionais, varizes, trauma, imobilização de um membro e desidratação.

Uma em cada dez mortes no hospital ocorre por embolia pulmonar. 500 mil mortes por ano na Europa por embolia pulmonar, 300 mil mortes por ano nos Estados Unidos. A embolia pulmonar causa mais mortes do que câncer de mama, Aids, câncer de próstata e acidentes automobilísticos somados no mundo. Chamei sua atenção? Embolia pulmonar é importante? A questão é que o que leva à embolia pulmonar é a trombose venosa profunda, e eu me assustei que eu não tinha feito um vídeo falando da trombose venosa profunda aqui nesse canal. Então estou corrigindo esse erro agora! Vamos falar sobre essa doença que é extremamente preocupante, que todo mundo tem que se atentar, e realmente quando alguém fala trombose é para se preocupar, não no intuito de ficar preocupado, perdido, mas de buscar informação, buscar atendimento médico. Então em primeiro lugar o que é a trombose venosa profunda? Trombose venosa profunda nada mais é do que sangue coagulação dentro de uma veia e de uma veia específica, uma veia que está lá no sistema venoso profundo e não no sistema venoso superficial. Essa separação é importante, porque quando esse sangue coagulação numa veia superficial, a gente chama de Tromboflebite superficial. Até essa nomenclatura é diferente para não causar tanto temor. Então porque a trombose acaba sendo então para as veias profundas, quando a gente fala trombose geral, a gente está falando de veia profunda ou de uma trombose arterial, mas este vídeo aqui é sobre trombose venosa. Por que tem essa diferenciação? Por causa do risco de levar a uma embolia pulmonar, uma trombose superficial uma tromboflebite tem um risco pequeno de levar a uma embolia pulmonar. Agora uma trombose venosa profunda, esse risco vai aumentando e quanto mais proximal ao coração essa trombose, maior o risco. Então se a gente está falando de uma trombose bem distal, lá na planta do pé, esse risco de embolia é pequeno, mas uma trombose venosa de uma veia iliaca ou uma veia cava, tem um risco enorme de ter uma embolia pulmonar, então por isso essa separação. Então o que leva à formação desse coágulo no sangue é a trombogênese, ou seja, a capacidade de formar um trombo, gerar um trombo. Isso foi descrito há muito tempo atrás por Virchow como uma tríade, são três fatores principais. Então o primeiro é a lesão do endotélio, que significa o que um pequeno trauma nessa parede do vaso. O segundo que é a alteração no sangue e aumento da coaguabilidade, são as trombofilias e em terceiro lugar a estase sanguínea. Então se o sangue ficar parado por muito tempo, ele também aumenta a probabilidade de formar um trombo, se ele ficar parado, ele vai ele vai coagular e nós temos no nosso sangue um equilíbrio muito tênue para manter a fluidez desse sangue, esse equilíbrio é entre os fatores pró-coagulantes e os fatores anticoagulantes. Sim! Nós temos anticoagulantes naturais no nosso corpo, que aliás se eles diminuírem muito acaba causando uma trombofilia, acaba gerando uma probabilidade maior de causar um trombo. Agora do ponto de vista da trombose venosa profunda, a gente tem que pensar o que ela pode levar, porque a trombose em si ela vai causar uma inflamação naquele local, vai causar a dor, vai causar um inchaço, a gente pode se preocupar com esses sintomas, mas não é isso que traz a relevância para trombose, o que traz a relevância são as suas complicações. Então em primeiro lugar, a embolia, a embolia pulmonar é disparado a complicação principal que a gente tem que se preocupar, porque ela leva sim a óbito, ela leva à morte muito frequentemente. Então em primeiro lugar a gente trata trombose, não por causa da trombose, mas para evitar a embolia pulmonar. Uma segunda complicação também aguda seriam as flegmasias, as flegmasias são trombose maciças, são realmente complicações bem graves, mas felizmente elas são bem raras. Não é algo que você tem que se preocupar com tanta frequência assim e chegando no atendimento médico, a gente na maior parte das vezes consegue ajudar, desde que seja com tempo hábil para isso. Agora a gente pode pensar na complicação mais tardia da trombose venosa profunda que seria a síndrome pós-trombótica, então uma pessoa teve uma trombose hoje, daqui a dez anos pode ter varizes, pode ter insuficiência venosa, tudo decorrente dessa trombose inicial. Então tudo o que a gente faz é para evitar a embolia em primeiro lugar, evitar uma flegmasia também embora mais rara. Obviamente, a gente vai ter que tratar também os sintomas que podem incomodar, mas também evitar uma síndrome pós-trombótica no futuro. Cirurgia para trombose venosa não é tão frequente assim. Existem alguns procedimentos que podem ser feitos, então a colocação de um filtro de veia cava que tem uma indicação bem restrita. Não é rotina em nenhum caso, especificamente quem tem a impossibilidade do tratamento com a anticoagulação, por exemplo, é uma das necessidades de colocar um filtro de veia cava. Existem outras cirurgias que seriam a retirada desse trombo, são métodos físicos, por métodos químicos, farmacológicos e esses medicamentos, eles podem quebrar esse trombo e você pode pensar “Puxa, isso é tão legal, acho que deve funcionar para todo mundo.” Mas na verdade são cirurgias que têm um risco e que você tem que colocar na balança o risco benefício. Então normalmente elas vão evitar aí a grande indicação e evitar aquela síndrome pós trombose no futuro, então se a gente tira esse trombo, esse trombo, ele não vai causar uma reação inflamatória muito grande nessa parede do vaso, não vai destruir as válvulas venosa, de modo que não leva aquela síndrome pós traumática no futuro. A questão é quem vai se beneficiar disso? Normalmente são as pessoas mais jovens que têm menos risco cirúrgico e cuja trombose foi muito extensa maciça de forma que a probabilidade de ter essa síndrome pós-trombótica é muito alta. Então esse não é um procedimento para evitar uma embolia pulmonar, por exemplo. Então o tratamento você tem que levar muito, muito, muito a sério, se foi feito o diagnóstico de trombose, você tem que tratar rigorosamente e assim existem algumas novidades que são muito boas por um lado, mas elas atrapalham por outro. Então eu lembro no meu início de carreira que a gente não tinha muita opção de medicamento para fazer anticoagulação e os medicamentos que a gente tinha à disposição, eram medicamentos que necessitavam um rigor e que a gente precisava ficar acompanhando quase que diariamente a alteração no sangue. Então eu lembro até que a gente pedir às vezes fax para o paciente, mandar o resultado do exame para a gente acompanhar semanalmente essa evolução. A questão é que isso mostrava para o paciente o quanto era necessário e importante esse controle. Os medicamentos atuais são os novos anticoagulantes, eles não precisam desse rigor todo no acompanhamento. Só que ao retirar esse rigor todo e facilitar a vida do paciente, alguns não levam tão a sério o tratamento. Pode esquecer um medicamento, pode esquecer a importância do medicamento, e pode esquecer a razão pela qual a gente está tratando. Aí eu volto tudo o que eu falei, e é por causa da embolia pulmonar. A gente está tratando a trombose para evitar uma embolia pulmonar e consequentemente evitar um óbito. Então por isso é extremamente importante você seguir à risca a orientação do seu médico, não é para parar com anticoagulante sem a indicação e o acompanhamento médico. E não é para continuar também sem o rigor de um acompanhamento médico. Faça consultas periódicas e isso é muito importante. Agora para fazer o diagnóstico da trombose, a gente precisa de dois sinais principais são dor e inchaço, o paciente vai se queixar de dor inchaço, só que dor inchaço é extremamente genérico e frequente, quem nunca teve dor e inchaço nas pernas e não necessariamente isso foi uma trombose. Tem, por exemplo, a Síndrome da pedrada, uma lesão muscular fazendo esporte, subindo escada que também causa dor e inchaço e não é uma trombose. Então só isso não é o suficiente, a gente tem que usar os critérios de fatores de risco. Quanto mais fatores de risco, mais chance dessa dor e inchaço ser decorrente de uma trombose. Então quais são os fatores de risco mais comuns? Neoplasia, o câncer ou o próprio tratamento para o câncer, a quimioterapia também pode desencadear trombose. Uma trombose prévia, quem já teve uma trombose já entra em um grupo de pessoas que têm uma probabilidade maior de ter trombose. Uma trombofilia, uma doença na cascata da coagulação do sangue, uma doença do sangue que aumenta a probabilidade de ter trombose. O uso de anticoncepcionais também aumenta o risco, aumenta um pouquinho, mas aumenta, uma gravidez aumenta mais ainda o risco de uma trombose. Esses são fatores comuns existem também, por exemplo, o trauma, um politraumatizado principalmente, a imobilização de um membro, então se alguém ficou imobilizado por muito tempo, usando o gesso, usando alguma bota ortopédica ou uma cadeira de rodas, vai causar essa imobilidade que é um fator de risco para trombose. A desidratação, então quem toma pouca água, e às vezes, toma muito pouca água, fica desidratado, isso também aumenta o risco de trombose. A idade, passou dos 40 anos já tem um risco maior de ter trombose, varizes que é extremamente frequente na população também é um fator de risco para trombose, não quer dizer que quem tem varizes, todo mundo vai ter trombose, não é isso! É que você vai somando um fator de risco ao outro. Na verdade, não é nem somar, você vai multiplicar, porque quanto mais fatores você vai aumentando exponencialmente o risco de desenvolver uma trombose. Então tendo esses fatores, tendo dor e inchaço, a probabilidade de ser uma trombose aumenta. Então é necessário uma avaliação médica, muitas vezes com o exame de sangue ou um exame de imagem para comprovar esse diagnóstico. Gostou do nosso vídeo! Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo!

Embora a trombose venosa seja mais comum nas pernas, é importante reconhecer que ela também pode ocorrer nos braços. Este artigo aborda o que é a trombose no braço, suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento.

Entendendo a Trombose no Braço

A trombose no braço envolve a formação de coágulos sanguíneos nas veias do braço, obstruindo o fluxo sanguíneo de volta ao coração. Os sintomas incluem dor, inchaço significativo, vermelhidão e dificuldade de movimentar os músculos, com as veias do braço e ombro muitas vezes tornando-se mais proeminentes. O diagnóstico é comumente realizado através de ultrassonografia.

Causas Comuns

  • Compressão no Desfiladeiro Torácico: Esta é uma condição onde o espaço estreito entre a primeira costela e a clavícula comprime a veia. Isso pode levar a um tipo especial de trombose, conhecida como trombose de esforço. Afeta principalmente jovens atletas ou pessoas com musculatura bem desenvolvida, mas também pode ocorrer em indivíduos sem essas características devido a variações anatômicas.
  • Trombofilia: Esta é uma predisposição, muitas vezes genética, para a formação de coágulos sanguíneos. A trombose relacionada à trombofilia pode ser espontânea e ocorrer em locais incomuns, como o braço.
  • Uso de Catéteres: Catéteres para quimioterapia ou hemodiálise podem ser fatores de risco para a trombose no braço.

Tratamento

O tratamento para a trombose no braço pode incluir:

  • Repouso e Anticoagulantes: Para controlar a formação e o crescimento dos coágulos.
  • Cirurgia: Especialmente no caso da trombose de esforço, pode ser necessário remover a primeira costela, a costela extra, ou os músculos que causam a compressão.
  • Manutenção de Catéteres: Se um catéter ainda está funcionando após a trombose, pode não ser necessário removê-lo.

Prevenção e Cuidados

  • Para pacientes com trombofilia, medidas preventivas são essenciais para evitar recorrências.
  • Atenção especial é necessária para indivíduos que usam catéteres ou que estão em risco de compressão no desfiladeiro torácico.

A trombose no braço é uma condição médica séria que requer atenção imediata. Compreender suas causas, sintomas e opções de tratamento é crucial para o manejo eficaz dessa condição. É importante procurar aconselhamento médico para um diagnóstico correto e tratamento adequado.

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