Úlceras Venosas (úlcera de estase, úlcera varicosa)

Úlcera venosa

Existe tratamento para as feridas crônicas dos membros inferiores que ficam abertas, sujeitas a infecções e complicações.

As úlceras venosas são feridas crônicas dos membros inferiores. Por ficarem abertas estão sujeitas a infecções e complicações. Devido às secreções, mal cheiro e aparência, as pessoas que sofrem dessa efermidade passam a se isolar do convivio social, de modo que além de ser um problema grave de saúde, também é um problema social importante. Devido ao isolamento e necessidade de repouso, essas pessoas não conseguem trabalhar, passando também a ser um problema econômico.

Sumário

No vídeo, o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, aborda o tema das úlceras venosas, feridas causadas por insuficiência venosa e refluxo. Ele explica que as úlceras venosas ocorrem principalmente na parte interna da perna e são diferentes das úlceras arteriais, que são mais doloridas e possuem bordas mais definidas.

O tratamento das úlceras venosas envolve cuidados locais e tratamento da causa subjacente. Dr. Amato destaca a importância da limpeza e higiene das feridas, usando soro fisiológico ou água corrente. Ele explica que o desbridamento (remoção de tecido morto) é essencial para a cicatrização e pode ser feito de várias maneiras: químico (com pomadas), mecânico (com jato de soro) ou cirúrgico.

Dr. Amato ressalta que o uso de antibióticos deve ser indicado pelo médico, e o uso indiscriminado de antissépticos pode prejudicar a cicatrização. Ele também orienta sobre a forma correta de realizar um curativo, evitando que a gaze grude na ferida e utilizando uma faixa para fixá-la, sem colar fita adesiva diretamente na pele.

O médico conclui enfatizando a importância de seguir as orientações do cirurgião vascular e compartilhar informações com outras pessoas que possam se beneficiar. Ele também incentiva os espectadores a se inscreverem no canal do Instituto Amato no YouTube para obter mais informações sobre o tema.

Olá! Sou Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje eu vou falar sobre a úlcera venosa. Vou falar sobre os cuidados locais nas úlceras venosas, que são aquelas feridas desencadeadas por muito tempo de insuficiência venosa, de refluxo nas safenas ou no sistema venoso profundo, que pode acontecer muito tempo depois de uma trombose, ou pode acontecer também de forma primária por uma questão genética.

As úlceras venosas costumam ocorrer na face medial, ou seja, na parte de dentro da perna. Elas têm bordas irregulares e podem ser pequenas ou grandes. Elas não costumam doer muito quando dói; tem alguma coisa associada, como infecção ou uma doença arterial associada. Essas feridas são de tratamento vascular. É necessário fazer o tratamento da causa da ferida, então aquela insuficiência venosa ou refluxo tem que ser tratado pelo cirurgião vascular. Mas a gente também tem que se preocupar com os cuidados locais, que é isso que eu vou ensinar hoje.

A úlcera venosa é diferente das úlceras arteriais. As úlceras arteriais têm normalmente uma borda mais bem delimitada. Existem áreas isquêmicas ou áreas de tecido morto. Não tem o tecido vermelhinho ou o sangramento, e essas úlceras arteriais costumam ser bem doloridas, porque a isquemia, a falta de sangue e a falta de oxigênio no tecido realmente trazem muita dor.

Então, nas úlceras venosas, a gente pode ter o tecido de granulação, que é esse tecido vermelhinho que fica no meio da ferida. A gente pode ter fibrina, que é um tecido branquinho, e a gente pode ter áreas necróticas, típicas de tecido desvitalizado, ou seja, tecido morto. Essas áreas pretas aqui de tecido morto não têm como recuperar, não tem como o tecido voltar a viver. Então, a gente precisa de alguma forma retirar isso; a fibrina também dificulta bastante a cicatrização.

Agora, também pode haver a infecção. A área de infecção pode ter saída de pus, pode ter um tecido mais amarelado ou mais esverdeado, que é onde nascem as bactérias. Essa infecção pode trazer um odor pútrido, pode trazer um mau cheiro, e isso é bem evidente. Essa infecção aqui pode sim trazer dor.

Agora, existe uma diferença muito grande entre uma ferida infectada e uma ferida colonizada. O que é isso? Se a gente pegar qualquer tecido nosso e colocar em uma placa de Petri para ver se vai nascer a bactéria, vai nascer sempre. A gente vive cheio de bactérias em nossa pele; isso se chama colonização. Então, se a gente pegar e passar um cotonete aqui e avaliar se está nascendo bactéria, sempre vai nascer, mesmo que esteja ou não esteja infectado. Então, só o exame de cultura dessa ferida não é o suficiente para dizer se está ou não está infectada. Por isso, é importante que você passe no cirurgião vascular para avaliar sua ferida, e o uso de cremes, pomadas com antibiótico, não é o suficiente para tratar uma infecção, e a colonização por si só não é um problema. Quando está infectada, é necessário antibiótico sistêmico ou via oral ou via endovenosa, mas é necessário antibiótico mais potente.

Então, o uso de cremes ou pomadas com antibiótico aqui superficial, a maior parte das vezes, vai servir somente para não grudar o curativo. Agora, todo o tecido desvitalizado, fibrina, infecção, a gente precisa retirar para que a úlcera consiga se fechar. Então, enquanto tiver isso aqui, a gente não consegue fechar uma úlcera. E esse procedimento se chama desbridamento.

Então, existem vários tipos de desbridamento: desbridamento químico, que a gente vai fazer com uma pomada bem específica, um creme bem específico; existe o desbridamento mecânico, em que eu posso jogar um jato de soro de alta intensidade aqui para retirar esse tecido morto, ou eu posso fazer a retirada cirúrgica, que eu vou mostrar para vocês.

Então, o desbridamento cirúrgico, a gente vai retirar esse tecido desvitalizado; é um procedimento feito com anestesia em centro cirúrgico, que pode ser dolorido; é um procedimento bem cuidadoso. É possível fazer também em regime ambulatorial, principalmente nas feridas que não doem tanto assim. A gente tem que retirar todo o tecido morto, tecido desvitalizado, necrose com fibrina, e o objetivo é chegar no tecido de granulação, que é esse tecido vermelhinho aqui embaixo. Esse tecido vermelhinho é aquele que tem a chance de cicatrizar, é o tecido que pode cicatrizar. Quando a gente chega nesse tecido de granulação, aí a gente pode fazer o curativo porque a gente permite dessa forma que o corpo se regenere.

O procedimento de desbridamento cirúrgico é feito pelo cirurgião vascular. O procedimento de desbridamento químico, que é a pomada ou creme, é feito pelo próprio paciente em casa, na maioria das vezes. Agora, existe o desbridamento mecânico, que pode ser feito com um jato de soro em alta intensidade, que também pode ser feito pelo próprio paciente.

As feridas devem ser sempre muito bem limpas; então, a higiene é essencial para cuidar de uma úlcera venosa. Essa higiene deve ser feita com soro fisiológico, então bastante soro fisiológico, ou um jato de água corrente que pode conseguir isso com um chuveirinho no próprio banheiro. Deixar a água correr, essa água corrente pode ajudar a fazer esse desligamento mecânico e essa higiene; ela é essencial. Sem essa higiene, a infecção volta e a úlcera não se fecha.

Obviamente, sendo uma lesão venosa, assim como já falei em vários outros vídeos de doença venosa, a gente tem que manter a perna elevada, pois o retorno venoso vai ser melhor e ajuda na cicatrização. O uso de antissépticos pode ser tentador no tratamento da úlcera venosa, o problema dos antissépticos é que realmente eles matam as bactérias que estão nessa região, mas eles matam também as células que são necessárias para a cicatrização. Então, você vai ter uma ferida limpinha, mas que não cicatriza.

Então, o uso dos antibióticos tem que ser indicado pelo médico, existem alguns momentos em que sim pode ser necessário, mas se perdurar muito tempo, se mantiver isso indefinidamente, isso também vai atrapalhar a cicatrização da úlcera.

Uma das coisas importantes ao se fazer um curativo é evitar que a gaze grude nesse tecido de granulação. Então, a gente usa algumas substâncias que vão fazer o desbridamento químico ou podem ajudar com a cicatrização. Mas o mais importante de tudo é que evite que a gaze grude na úlcera.

Um dos erros muito comuns é fazer o curativo e colocar a fita na própria pele. Só que essa pele, ela já é muito danificada, é uma pele frágil, a gente não pode colocar um adesivo na pele. A gente precisa usar uma faixa para fazer esse curativo de forma que não machuque a pele. A gente coloca a gaze da maneira que o médico indicou, com a substância que o médico indicou, e vai fazer o curativo firmando com uma faixa que pode ser frouxa, não precisa ser muito apertada. E aí sim, colocar a fita para segurar esse curativo.

Aqui, a gente fez um curativo que vai permitir a retirada segura depois. Então, um curativo feito dessa maneira a gente evita que novas bactérias venham até a úlcera causando uma colonização de outra bactéria ou mesmo uma infecção. Então, é importante ocluir a úlcera no tratamento, nos seus cuidados locais.

É possível usar uma meia elástica se for indicada pelo seu cirurgião vascular por cima desse curativo. Existem outras meias que são adequadas para aquelas pessoas que possuem a úlcera; eu já falei sobre isso em outros vídeos que eu vou colocar aqui para vocês acessarem.

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Causa

Existem diversas causas de úlcera de membros inferiores, dentre elas, a úlcera venosa é uma das mais frequentes e a comentada nesse artigo, sendo causada pelo aumento da pressão venosa. A úlcera de origem venosa representa 70% de todas as feridas crônicas dos membros inferiores entre pacientes adultos. Pode acontecer como consequencia de uma síndrome pós trombótica, ou seja, anos após uma trombose venosa profunda, a constante pressão venosa não tratada determina a formação de feridas que acabam cronificando; ou pode ocorrer após anos e anos de varizes descompensadas não tratadas. Outras causas menos frequentes também existem.

Diagnóstico diferencial

Epidemiologia

Prevalência entre 0,5 a 1% Entre 75 a 80% de todas as úlceras de membros inferiores são de etiologia venosa.

Prognóstico

Sem o tratamento da causa, a úlcera não costuma fechar, e, quando fecha, pode abrir novamente.

Complicações possíveis

Tratamentos possíveis

O tratamento local da úlcera é essencial, mas não é suficiente, pois a ferida continuará aberta ou será facilmente reaberta por causa da hipertensão venosa. A causa da pressão venosa aumentada deve ser tratada também, caso contrário, mesmo fechando a úlcera, logo ela abrirá novamente. Não adianta tratar somente a consequencia da doença, a causa também deve ser eliminada. Muitos tratamentos foram propostos e cada um com a sua indicação: repouso com membros elevados, medicamentos hemorreolíticos, terapia compressiva com faixas elásticas/inelásticas e meias elásticas próprias, cirurgia de ligadura das perfurantes insuficientes, ligadura de croça da safena, bota de Unna, laser transdérmico, endolaser: laser endovenoso (laser de safenas e perfurantes), tratamento das varizes tronculares, radiofrequencia e outras. A espuma de oxypolyethoxydodecane associada a ligadura cirúrgica de croça de safena tem se mostrado efetiva no tratamento das úlceras venosas, eliminando o refluxo venoso do sistema superficial em casos selecionados. Certamente que os cuidados locais devem ser mantidos e incentivados e a associação de tratamentos é mais efetiva. O curativo deve ser realizado por profissional e ensinado ao paciente ou cuidador de modo que possa ser reproduzido em casa e que a úlcera mantenha-se sempre limpa.

Prevenção primária

Uso de meias elásticas, exercicio físico, fisioterapia.

Fatores de risco

Sinais e sintomas

Feridas que não cicatrizam em membros inferiores, com alterações tróficas da pele: manchas, eczema, lipedermatoesclerose – endurecimento da pele.

CID 10:

I83.0

O especialista indicado para indicar o melhor tratamento é o cirurgião vascular. Converse com seu médico.

Video: Técnica para criar a espuma de oxypolyethoxydodecane

*Relato de caso: Relato de caso é um tipo de estudo epidemiológico onde não há comparação entre métodos e não é considerado evidência científica. Tem seu valor para ilustrar possibilidades evolutivas ou demonstrar casos infrequentes.

Para entender melhor a úlcera venosa, leia sobre a Insuficiência Venosa Crônica. O tratamento da causa é essencial e, para isso leia sobre o Tratamento Conservador Da Doença Venosa e Tratamento Corretivo Da Doença Venosa.

No vídeo, o Dr. Alexandre Amato explica a diferença entre úlcera arterial e úlcera venosa, bem como a importância de tratar a causa subjacente de cada uma.

A úlcera venosa ocorre devido a uma lesão no sistema venoso, causada por danos nas válvulas venosas, resultando em hipertensão venosa. Isso leva à dilatação das veias e extravasamento de líquido, causando inflamação crônica e, eventualmente, uma úlcera. O tratamento envolve obstruir ou retirar a veia incompetente, dependendo do caso.

A úlcera arterial ocorre quando há uma obstrução na artéria, impedindo a chegada de oxigênio aos tecidos, o que dificulta a cicatrização de feridas. Essas úlceras são mais escuras e pálidas. O tratamento envolve abrir a artéria obstruída, seja por cirurgia aberta, fazendo uma ponte, ou por cirurgia endovascular, colocando um stent para abrir a artéria.

Em casos de úlcera mista, onde há problemas venosos e arteriais, é necessário tratar ambas as doenças, planejando cuidadosamente qual problema deve ser tratado primeiro. O cirurgião vascular é o médico indicado para propor o melhor tratamento para cada paciente.

Em resumo, é importante entender a diferença entre as úlceras arteriais e venosas e tratar a causa subjacente de cada uma para garantir uma recuperação adequada. O vídeo destaca a importância de consultar um cirurgião vascular para obter o tratamento mais eficaz para cada caso.

Olá, sou o doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, e hoje eu vou falar sobre a diferença entre úlcera arterial e úlcera venosa. Também existe a possibilidade de associação das duas. Antes de continuar, clique lá embaixo no botãozinho vermelho para se inscrever no nosso canal e no sininho para receber as notificações de novas dicas de saúde.

A úlcera venosa é uma úlcera que ocorre por uma lesão no sistema venoso, e a úlcera arterial é uma úlcera que ocorre no sistema arterial, que leva o oxigênio para as pernas. A artéria leva o sangue, e a veia traz o sangue de volta. Um dano em qualquer um desses dois sistemas pode acabar acarretando uma úlcera. A úlcera é uma ferida de longa duração; tem mais de 15-20 dias já pode se chamar de úlcera, se ela não cicatriza.

Então, o que é uma úlcera venosa? Quando ocorre o dano nas válvulas venosas, ocorre uma hipertensão venosa. Essas veias se dilatam e acabam extravasando líquido ao redor dessa veia. Esse conteúdo é rico em proteínas que acabam causando uma inflamação crônica naquela região. Essa inflamação acaba causando a abertura de uma ferida e, consequentemente, vira uma úlcera. Essa úlcera é de difícil tratamento, principalmente se você não tratar a causa. Se ficar fazendo só curativo, só por ativa, é difícil, mas ela pode até fechar. Se fechar, ela vai abrir de novo. A gente tem que tratar a causa, e a causa é o problema no sistema venoso.

Basicamente, existem algumas maneiras de se tratar um sistema venoso: a gente pode obstruir uma veia que esteja incompetente, ou a gente pode retirar essa veia incompetente. Se for uma veia que a gente pode viver sem, ótimo, a gente retira, fecha, oclui, põe laser, termoablação; a gente vai ter um bom resultado e a úlcera vai cicatrizar rápido. Conseguimos resultados brilhantes, muito legais mesmo; paciente fica muito feliz.

A úlcera arterial é diferente. A úlcera arterial é como se fosse uma rolha na artéria, no que leva o sangue oxigenado para as pernas. Então não chega oxigênio nos tecidos musculares, na pele e tudo mais. Então, qualquer feridinha, a gente necessita de oxigênio para cicatrizar, e não vai chegar se tiver esse entupimento do sistema arterial. E não chegará sangue, nosso corpo não é capaz de fechar essa ferida. Então, acaba virando uma úlcera, é uma úlcera isquêmica, uma úlcera onde o sangue não chega. São úlceras mais escuras, com bordas pretas ou que não têm aquele vermelhão, são essas úlceras mais pálidas.

Nesse caso, a gente tem que tratar o sistema arterial, e o sistema arterial é diferente do sistema venoso. O tratamento não é de obstruir ou arrancar fora, fechar como o sistema venoso; o tratamento é exatamente o contrário. A gente tem que abrir, a gente tem que permitir que o sangue passe pelo sistema arterial. Então, existem várias maneiras de se fazer isso, desde uma cirurgia aberta, em que a gente faz uma ponte, leva sangue de um lugar para o outro, ou uma cirurgia endovascular, a gente coloca um stent que vai abrir essa artéria, permitindo que passe o sangue arterial por ela. Abrindo essa artéria, vai chegar oxigênio nessa região dessa ferida, e ela vai conseguir cicatrizar.

E isso é diferente do sistema venoso, onde, já tendo a insuficiência, a gente pode bloquear essa veia e vai também fechar a úlcera. O problema é quando a gente tem uma úlcera mista, a gente tem um problema tanto venoso quanto um problema arterial. São pessoas que já carregam um problema venoso há décadas e, aí, ou fugiram, não fizeram o tratamento, muitas vezes um tratamento cirúrgico, tentaram evitar o tratamento cirúrgico e, aí, em cima desse problema venoso, que normalmente ocorre mais cedo durante a vida, veio também o problema arterial. E aí o desequilíbrio é muito grande, a gente tem que tratar as duas doenças. Dependendo das características da úlcera, a gente vai tratar primeiro o problema arterial ou primeiro o problema venoso, mas isso tem que ser muito bem planejado para cada indivíduo.

Então, agora você sabe o que é uma úlcera arterial, uma úlcera venosa, sabe que as duas é necessário o tratamento da causa subjacente, o que está levando a isso, e que o cirurgião vascular é o médico indicado para propor o melhor tratamento para você. Gostou do nosso vídeo? Clique no botão “Inscreva-se”, clique também no sininho para receber as notificações. Bom, e até o próximo!

[Música]

E aí?

E aí?

[Música]

E aí?

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Neste vídeo, o doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato, discute os cuidados locais com relação a úlceras venosas. Ele destaca a importância de manter a úlcera limpa para evitar infecções. A úlcera venosa geralmente não dói, permitindo uma limpeza adequada. Ele sugere a limpeza com uma seringa e soro fisiológico sob alta pressão para retirar tecidos mortos e limpar a ferida. Outra alternativa é utilizar água corrente do chuveiro para limpeza, seguida de um sabonete neutro, enxaguando bem para retirar resíduos. Lembre-se de consultar um profissional para tirar dúvidas e receber orientações específicas para o seu caso.

Olá. Sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. Hoje, eu vou falar sobre os cuidados locais com relação a úlceras venosas. Primeiro, úlceras são feridas de longa duração, de várias causas; as venosas simplesmente são as mais frequentes. As orientações podem variar de paciente para paciente e também de médico para médico.

Mas, basicamente, com relação à úlcera venosa, o que o paciente tem que fazer de cuidados locais? É manter a úlcera limpa, ela tem que ficar muito, muito, muito limpa para evitar uma infecção. Então, nós temos as úlceras infectadas, que são as que já estão com bactérias, já têm que precisam de tratamento com antibiótico; e nós temos as úlceras que estão limpas, apesar de abertas, expostas ao meio exterior, elas estão sujeitas à infecção e o paciente tem que ter o cuidado próprio, cuidado local, para evitar essa infecção.

Então, como que se faz, mantendo muito limpa essa ferida? Normalmente, a úlcera venosa não dói. Quando ela dói, ela tem outro problema, pode estar infectada ou pode ser uma úlcera mista ou de outra causa. A úlcera venosa, então, normalmente por não ter uma questão de dor muito forte, ela permite que seja feita uma limpeza adequada. 

 

Então, a limpeza sugerida em casa é com uma seringa, aqui eu estou com uma seringa de dez ml, mas o ideal é uma seringa de vinte ml, e uma agulha vinte por doze. A gente faz o desbridamento mecânico com a colocação de soro sob alta pressão. Essa alta pressão do soro vai retirar o tecido morto, limpando essa ferida. Essa é uma maneira de fazer a limpeza da úlcera. 

 

Então, com soro fisiológico injetado sob alta pressão nessa ferida, limpando da fibrina e tirando esse tecido inadequado. Agora, isso pode não ser fácil, pode não ser prático e uma maneira bem simples, pode não ser a melhor de todas, mas pode ser feita é a limpeza com chuveirinho, o próprio chuveiro de tomar banho, coloca água corrente em cima da ferida e deixa a água corrente limpar bastante essa ferida. 

 

E se for usar algum material, algum sabonete neutro para limpeza, depois passar bastante água para retirar qualquer resíduo que tenha sobrado. Então, essa é a maneira de fazer a limpeza, os cuidados locais com as úlceras venosas. Tire todas as suas dúvidas com o seu cirurgião vascular. 

 

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