Quais são as doenças vasculares periféricas?

doenças vasculares periféricas - Saúde

Você já ouviu falar das doenças vasculares periféricas? Essa é uma condição que pode afetar a circulação sanguínea nas extremidades do corpo, principalmente nas pernas e nos pés. Essa condição pode ser causada por diversos fatores, como sedentarismo, obesidade, tabagismo e até mesmo predisposição genética. Mas como prevenir essas doenças e garantir uma vida mais saudável? Neste vídeo, vamos mostrar quais são os principais tipos de doenças vasculares periféricas, seus sintomas e fatores de risco, além de dicas de como preveni-las e manter uma boa circulação sanguínea. Não perca!

Sumário

O vídeo apresenta 12 sinais comuns de má circulação, que podem afetar o sistema arterial, venoso ou linfático. O primeiro sinal é a dor, que pode ter diferentes características dependendo do tipo de problema circulatório. O inchaço é o segundo sinal, normalmente associado a problemas venosos ou linfáticos. O terceiro sinal são as varizes, que podem ser apenas estéticas ou indicar problemas mais graves de insuficiência venosa. As feridas e úlceras nas pernas são o quarto sinal, podendo ser decorrentes de má circulação venosa, arterial ou linfática. Mudanças na coloração e temperatura dos membros, infecções recorrentes, alterações tróficas, parestesias, atrofia muscular, amaurose fugaz e síndrome do dedo azul são outros sinais apresentados no vídeo. É recomendado procurar um cirurgião vascular se algum desses sinais estiver presente.

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato e hoje vou falar 12 sinais da má circulação. Então em primeiro lugar o que é a má circulação? Má circulação é um termo que eu não gosto muito, é um termo extremamente genérico, pode significar um problema tanto no sistema arterial, como no sistema venoso, como no sistema linfático. É um problema assim similar, se eu falasse para um eletricista que tem um problema elétrico, ou usando uma piadinha interna, ou falar para o encanador, que na verdade o cirurgião vascular acaba lidando com os canos do corpo, com os vasos, falar para o encanador que tem um problema de encanamento. Então má circulação é extremamente genérico, pode significar qualquer problema dentro da especialidade da angiologia e da cirurgia vascular. Mas isso não me impede de falar quais são os 12 principais sinais de um problema de má circulação. Sem sombra de dúvidas, o principal, número 1 é a dor! Então a dor acomete a grande maioria dos pacientes que têm má circulação. A questão é que a dor, ela pode ser um pouco diferente, então num problema da circulação venosa, essa dor pode aparecer com uma sensação de peso, cansaço nas pernas. Agora numa situação onde o problema é arterial, essa dor pode ser mais uma claudicação intermitente, então aquele paciente que caminha e aí ele tem que parar por causa da dor, e essa dor em grupos musculares, então panturrilha, glúteo, todos os músculos da coxa e perna. Então porquê? Porque falta oxigênio, não tem oxigênio para produzir a energia necessária para contração muscular. Então falei a primeira causa de toda, sem sombra de dúvidas é a dor. Agora vou falar a segunda causa, a segunda causa é bem interessante, porque ela quase que separa um grupo de doenças, de outra. Então é o inchaço, o edema. Esse inchaço em membros inferiores, normalmente ele está relacionado a um problema venoso ou a um problema linfático. É muito raro ter inchaço num problema arterial, o que pode acontecer é coexistir. Pode ter o problema arterial junto com um problema venoso e/ou linfático. Agora quando tenho esse inchaço, normalmente a gente está pensando no problema venoso, linfático ou ainda o Lipedema que eu falo bastante nos outros vídeos aqui do canal. O terceiro sinal, bastante frequente também, é o aparecimento de veias tortuosas, dilatadas em membros inferiores, são as famosas varizes. Ela só é extremamente frequente, porque varizes é muito frequente. Então a gente vai encontrar desde varizes que tem uma questão mais estética, desde uma insuficiência venosa que tem um problema de uma má circulação venosa aí muito mais significativo, podendo causar desde manchas, eczema, coceira, uma pele mais endurecida. E tudo isso pode ser desencadeado por causa dessa insuficiência venosa. A ponto de levar ao quarto sinal de má circulação que seria as feridas, as úlceras nas pernas, em primeiro lugar eu vou separar a ferida, de úlcera. A ferida, mormalmente são mais agudas, são aqueles ferimentos que acontecem e podem resolver em torno aí de 15 dias. Agora as úlceras, não, as úlceras são crônicas, um dia elas podem ter sido ferida só que por ter se perpetuado por muito tempo, elas acabam se cronificando e viram as úlceras, então as feridas e úlceras podem ser decorrentes de má circulação. Pode ser tanto pela má circulação venosa, quanto pela má circulação arterial e mesmo até linfática, então só a presença da úlcera, a gente não consegue definir qual o sistema que está acometido, mas todo o aspecto dessa úlcera pode indicar, por exemplo, o formato da úlcera, a localização pode direcionar para uma úlcera venosa, uma úlcera mais dolorosa, com bordas delimitadas, com áreas necróticas, tecido morto, pode indicar mais uma úlcera arterial, ou pode ter também o úlcera mista também. Já falei de tudo isso aqui em outros vídeos do canal! Agora a mudança de coloração também é um sinal de má circulação. Veja, quando a gente tem uma obstrução arterial, a gente vai ter uma palidez, se isso se prorrogar, pode ter até uma gangrena que muda de cor, pode ficar até preto o pé. Ele normalmente as cores que chamam a atenção pra gente são a palidez, quando fica bem bem clarinho, a Cianose que é quando fica bem roxinho o membro. Essa coloração pode ter várias tonalidades de roxo e quando fica muito vermelho quando fica hiperemiado, fica esse vermelhão, também é importante. Então a questão pode ser a coloração fixa, pode ser a coloração que fica mudando de cor, ou em sequência quando tem a sequência da mudança de cor, pode ser o fenômeno de Raynaud, que é um vaso espasmo quando essa artéria se fecha. Por exemplo, desencadeada pelo frio ou desencadeada por algum stress, isso pode acontecer e levar à má circulação, com alteração da coloração. Outro sinal é a mudança da temperatura, então a gente pode ter áreas mais frias, áreas mais quentes. Normalmente as áreas mais frias indicam uma má circulação onde não chega o sangue arterial, e áreas mais quentes podem sugerir uma infecção, por exemplo, uma infecção do sistema linfático, uma erisipela, por exemplo. Então essa mudança da temperatura, pode ser no mesmo membro ou comparado com outro membro. Então se você tem uma perna quente, uma perna fria, alguma coisa está errada e pode sim ser um problema de má circulação. As infecções recorrentes como já mencionei, a erisipela, por exemplo, que deixa o vermelhão, que deixa febre, que deixa até em alguns casos aquelas bolhas, elas podem indicar um problema de má circulação linfática. Um outro sinal interessante são as alterações tróficas, como perda de pêlo, por exemplo, na insuficiência venosa mais avançada, começa a perder pêlo abaixo do joelho. Às vezes as pessoas acham que é por causa da meia que está usando, que está fazendo atrito, até pode colaborar, mas a insuficiência venosa por muito tempo acaba fazendo cair esses pêlos, então há uma mudança da pilificação. Uma outra coisa seria a velocidade de crescimento das unhas, então se alguém tem uma obstrução arterial crônica de um lado da perna e não tem do outro, pode ter uma velocidade de crescimento da unha diferente, então uma unha na perna boa cresce mais rápido e a unha na perna ruim cresce muito lentamente. Então a frequência de cortar unha, pode ser uma dica de má circulação nas pernas. Quando não chega sangue adequadamente na perna, ou seja, de novo má circulação, há uma atrofia muscular, então esse músculo começa a se atrofiar, então perde força, essa atrofia muscular também é um sinal da perda da circulação arterial. Nós temos também as parestesias que seriam o típico formigamento, quando a gente sente um formigamento em alguma extremidade que pode ser nas mãos, pode ser nos pés. Isso muitas vezes está relacionado com uma questão neurológica, mas em uma parcela desses pacientes, a influência da má circulação é enorme. Então a gente pode ter, por exemplo, no diabetes, a lesão do Vasa nervorum, o que é o Vasa nervorum? São os pequenos vasinhos que irrigam os nervos, então esses vasinhos perdem essa capacidade de irrigar os nervos de forma adequada, os nervos morrem e o paciente passa a ter esse formigamento ou essa dormência relacionado a um problema neurológico e vascular. Agora algumas obstruções arteriais também podem levar esse formigamento e dormência, então pode ser um sinal de má circulação também. Agora um sinal bem interessante que eu tenho certeza que você nunca ia imaginar que era um sinal de má circulação é a amaurose fugaz. Vou falar o que é a amaurose fugaz. É a cegueira monocular transitória, ou seja, você fica cego de um olho por um período e depois essa visão volta. Então imagina, você parou de ver por um olho só, aí você começa a ficar bem preocupado e quando você começa a se preparar para ir para o hospital, volta a enxergar. Aí você marca uma consulta, com quem você vai marcar consulta? Com certeza não é com um cirurgião vascular, você vai marcar com um oftalmologista que é o médico do olho. E aí, você vai descobrir que na verdade isso é um problema vascular. Muitas vezes é uma placa na carótida que se desprendeu e foi parar na artéria retiniana, causando essa cegueira transitória, e é um pequeno sinal de que pode vir a ter um AVC, um derrame em pouco tempo. É um sinal essencialmente de má circulação e esse mesmo problema pode levar a outro sinal que eu queria mencionar, que é a síndrome do dedo azul, quando a gente fica com o dedo azul de forma fixa, é isquemia, falta de oxigênio nessa periferia. Agora por que acontece isso? Quando uma pequena placa aterosclerótica, também ocorre o desprendimento de micro cristais de colesterol, mas ao invés de ir parar na artéria retina, vão parar numa artéria bem distal do dedo, uma artéria bem fininha, e aí, causa essa pequena área de isquemia. Então, eu falei aqui 12 sinais frequentes de má circulação que pode ser de má circulação arterial, venosa ou linfática. Se você tiver qualquer um desses sinais, eu recomendo conversar com seu cirurgião vascular que ele vai poder te ajudar com certeza. Gostou desse vídeo! Inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo!

As doenças vasculares periféricas também são conhecidas como doenças arteriais periféricas e, como o nome sugere, são aquelas que atingem a extremidade do corpo, mais precisamente as pernas e os pés. Veja a seguir quais são os principais tipos dessa doença, seus fatores de risco e o que você pode fazer para evitar que elas surjam.

O que são doenças vasculares periféricas?

As doenças vasculares periféricas, (DVP), são distúrbios que afetam a circulação periférica do corpo, ou seja, a região das pernas e dos pés. A doença provoca estreitamento das artérias localizadas na região dos membros inferiores, prejudicando a circulação sanguínea local. Quando não recebe o sangue de forma adequada, essa parte do corpo também não recebe oxigênio, essencial para a saúde e sobrevivência dos tecidos. A consequência da ausência de oxigênio, portanto, é a fragilidade dos tecidos que demoram a se recuperar após alguma lesão. Mas, o que provoca esse estreitamento das artérias? A principal causa do comprometimento dos vasos sanguíneos é a formação de placas de gordura que, além de bloquear o fluxo sanguíneo, também endurece e lesiona as artérias por onde o sangue circula. Além disso, existem alguns fatores de risco que aumentam a probabilidade do indivíduo sofrer com a doença vascular periférica. Falaremos mais sobre esses fatores de risco no final deste artigo.  

Principais doenças vasculares periféricas

As doenças vasculares periféricas que mais atingem a população são:

Insuficiência venosa (varizes)

A insuficiência venosa é uma doença extremamente comum que atinge especialmente a região das pernas de homens e mulheres. O público feminino, contudo, é o que mais sofre com esse problema. A doença é provocada por má circulação nos vasos sanguíneos, geralmente ocasionada por bloqueios ou mau funcionamento das veias. As varizes são uma das complicações da insuficiência venosa. São veias saltadas e tortuosas, que podem surgir como pequenos vasinhos e evoluir para condições mais graves da doença. A presença de varizes nas pernas é sinal de que há algum problema com a saúde dos vasos sanguíneos.

Sintomas

Além de veias aparentes e saltadas, outros sintomas da insuficiência venosa são veias de coloração arroxeada ou avermelhada, dor, cansaço e formigamento nas pernas, sensação de peso e desconforto geral na área afetada. Quando não tratadas corretamente e precocemente, as varizes podem evoluir para complicações mais graves como trombose, úlceras e outras doenças.

Aterosclerose

A aterosclerose é a principal causa das doenças vasculares periféricas já que ela é responsável pelo acúmulo de placas de gordura dentro dos vasos sanguíneos, bloqueando a passagem do sangue e evitando que o oxigênio, o sangue e outros nutrientes cheguem aos órgãos e tecidos. A aterosclerose pode atingir várias partes do corpo e as pernas são um exemplo de área atingida com frequência.

Sintomas

O acúmulo de gordura nos vasos acontece ao longo da vida do indivíduo e, nem sempre, oferece sinais que indiquem um problema. Quando está em estágio mais avançado e acontece o rompimento dessas placas é que a pessoa começa a sentir que algo não vai bem com o seu corpo. Além disso, os sintomas podem variar de acordo com a área afetada.  Quando atinge as artérias do pescoço e da região da cabeça, a aterosclerose pode provocar acidente vascular cerebral (AVC), morte súbita e infarto. A aterosclerose, quando atinge as veias localizadas nas pernas, costuma provocar desconforto, cansaço e dor sem causa aparente e até durante períodos de descanso, dor ao caminhar e também ferimentos.

Trombose venosa

A trombose venosa é causada pela presença de coágulos nas veias mais internas das pernas, por isso também é chamada de trombose venosa profunda. Geralmente, o trombo se instala na região da panturrilha, responsável pelo bombeamento de sangue para os membros inferiores. A trombose venosa pode evoluir para uma complicação bem mais grave que é a embolia pulmonar. Acontece quando o coágulo presente nas veias das pernas se desprende e segue o fluxo da corrente sanguínea chegando até os pulmões, bloqueando as artérias do órgão, provocando falta de ar e dor no peito. A embolia pulmonar é uma das causas mais comuns de morte repentina. Temos também a trombose arterial, que é quando o coágulo bloqueia uma artéria. Uma das principais consequências dessa doença é o AVC (Acidente Vascular Cerebral). É uma doença perigosa que precisa ser diagnosticada o mais rápido possível. Mas, o que provoca a trombose venosa? A trombose normalmente se manifesta quando uma pessoa passa muito tempo imóvel, em uma mesma posição. É o que acontece em voos muito longos, após a realização de cirurgias ou quando a pessoa tem alguma condição que a obriga a ficar por muito tempo sem se movimentar. Além disso, como vimos, a trombose pode ser causada por alguma lesão ou mau funcionamento de veias e artérias que dificultam a passagem de sangue, formando os trombos. É o que caracteriza as doenças vasculares periféricas.

Sintomas

Os principais sintomas da trombose são: dor, inchaço local, vermelhidão, calor e musculatura rígida.

Fatores de risco para as doenças vasculares periféricas

Existem alguns fatores de risco que podem aumentar a chance de uma pessoa sofrer com uma doença vascular periférica. São eles:
  • Predisposição genética;
  • Sedentarismo ou longos períodos em posição imóvel;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Alcoolismo;
  • Uso prolongado de anticoncepcionais;
  • Idade avançada;
  • Doenças cardiovasculares e respiratórias;
  • Diabetes;
  • Altas taxas de colesterol;
  • Alimentação rica em gorduras e industrializados;
  • Varizes (fator de risco para a trombose);
  • Estresse.

Como prevenir

Não existe uma maneira cem por cento segura de prevenir o surgimento dessas doenças, mas é possível reduzir o risco de ser afetado por elas. O primeiro passo é conhecer todos os fatores de risco e tentar ficar longe deles. Assim, é preciso melhorar a alimentação, perder peso, deixar de lado os hábitos pouco saudáveis, fazer atividade física e driblar o estresse realizando atividades relaxantes. Além disso, é preciso tratar doenças já existentes como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas. Por fim, realizar uma consulta com um médico vascular logo que identificar alguma alteração no corpo ou após os 35 anos de idade, especialmente se houver algum caso na família de doença vascular periférica ou similares. Como pudemos perceber, as doenças que afetam o sistema vascular periférico são extremamente nocivas ao indivíduo causando não só problemas estéticos, como é o caso das varizes, mas, principalmente, impedindo uma vida com mais qualidade e mais longa, que é o mais importante.  
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