Você sabia que a dor nas pernas pode ser um sinal de uma doença vascular de grande importância? As dores podem ser causadas por lesões arteriais ou venosas, que comprometem o fluxo sanguíneo para os músculos e tecidos, causando dores e outros sintomas. É importante diagnosticar e tratar essas condições adequadamente para prevenir complicações mais graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Neste artigo, vamos falar sobre as causas, complicações, tratamentos possíveis, diagnóstico diferencial e fatores de risco da dor nas pernas de origem vascular. Se você sofre de dores nas pernas, este artigo é para você.
Sumário
O vídeo é uma conversa entre Marcelo Amato, neurocirurgião, e Salvador Amato, cirurgião vascular, sobre a dor nas pernas. A dor nas pernas é uma queixa comum em ambos os consultórios, e pode ser difícil para o paciente distinguir se é um problema vascular ou neurológico. Os médicos explicam que as principais áreas de dor nas pernas são venosas, arteriais e linfáticas, e cada uma delas apresenta sintomas diferentes. Eles também discutem como a alteração sensitiva pode ser um problema neurológico, e como o inchaço das pernas pode estar relacionado a problemas vasculares. O exame complementar mais moderno é a ultrassonografia com efeito Doppler, que avalia a insuficiência de válvulas e o sistema venoso. Os médicos também falam sobre a claudicação neurogênica e a claudicação vascular arterial, e como é difícil para os pacientes distinguir entre as duas. O vídeo termina com um incentivo para os espectadores se inscreverem no canal e deixar sugestões para futuros vídeos.
Olá pessoal, eu sou o Marcelo Amato, neurocirurgião do Instituto Amato e hoje eu estou aqui com o doutor Salvador Amato, meu pai cirurgião vascular e eu estou aqui para conversar de um tema muito interessante que é dor nas pernas e é legal porque é um assunto muito presente no consultório do neurocirurgião e também no consultório do cirurgião vascular, não é? Pois é, Marcelo, a maior parte dos meus pacientes eles apresentam uma queixa de dor nas pernas e é 60% dos casos mais ou menos. É impressionante e nós temos realmente muitos pacientes comum. Às vezes, esses pacientes vêm no meu consultório e eu preciso encaminhar para ele e vice versa. O que poderia talvez ajudar um pouco mais o paciente que tem dor nas pernas a entender que é um problema vascular e não neurológico, que outros sintomas podem vir associado à dor nas pernas que faz o paciente procurar o cirurgião vascular? Eu acho bastante complicado para o paciente, muito embora a gente tenha a pesquisa da internet, ele chegar à conclusão que é da área da cirurgia vascular ou é da área da neuro cirurgia ou é da área da ortopedia. Basicamente isso! Lógico que há alguns pacientes também consultam a ginecologia e a clínica médica que nos ajuda também bastante a elucidar os problemas dos pacientes. A principal coisa que nós devemos diferenciar é em que território da dor, ela acontece. No caso da cirurgia vascular nós temos o território venoso, temos o território arterial, que temos o território linfático, então o território venoso é aquele que é o sangue que volta para o coração território arterial e o sangue que irriga as extremidades e todos os órgãos e o território linfático que ajuda a trazer os catabolismo, ou seja, os excrementos das células de volta para circulação e posteriormente filtrados no rim. No caso do lado venoso, o paciente, ele se queixa de uma dor e uma dor que principalmente ela acontece no período vespertino, ou seja, no final da tarde. Então durante a manhã o paciente não tem dor e vai acontecendo o período, vai ficando muito tempo em pé ou inativo e essa dor aparece no final da tarde. Então o lado arterial a dor, ela tem uma característica importante, é aquilo que nós chamamos de claudicação intermitente e o paciente que ao andar, eles sente dor. Ele para e volta a andar, uma outra variante é o paciente ao andar dói a panturrilha, batata da perna, ele para prra descansar, massagear a batata da perna e volta a andar. E uma terceira modalidade, ele anda dói a batata da perna e ele para, massageia e ele não consegue mais andar. É claro que eu estou colocando só um grupo muscular. Isso pode acontecer a partir dos glúteos. Nos casos dos membros inferiores, no terceiro, que é o lado linfático, ele já sente um peso na perna no final do dia. Mas ele acontece também no período matutino, então vai piorando ao longo do dia e isso é decorrente de distúrbios de de gordura. E também decorrentes de processos inflamatórios consecutivos dos membros inferiores. E o inchaço nas pernas? Ele acontece nessas doenças, seja venosa, seja arterial ou linfática. Como é que a presença do inchaço e também da coloração das pernas? Com relação ao inchaço das pernas, quando do lado venoso que ocorre a dor, um peso nas pernas, um ardor. Esse inchaço é também no período vespertino, às vezes até a meia a curta e o pequeno elástico que ela tem, ela marca as pernas. O que a gente não vê esse inchaço que a gente chama de Sinal de Godet e essa classificação pode ser uma cruz, duas cruzes, até quatro cruzes, e uma avaliação do médico. E com relação ao inchaço da área linfática, nós temos um edema já duro, que não regride. Faltou da área arterial. Nós não temos o inchaço quando estamos no território arterial. Então com relação à coloração o que você perguntou. Agora voltando a ao lado arterial muitas vezes ele é pálido ou e quando ele está, o pé está pendente, ou seja, quando a pessoa está sentada ou na beira da cama o pé fica arroxeada no território linfático. Nós temos um edema duro, não perecível e a coloração da pele ela é esbranquiçada, ou seja, ela é pálida do lado venoso. Nós temos o edema, ou seja, o inchaço. Ele é depressivo e a perna tem uma e pés tem uma coloração arroxeada. Tem uma particularidade do território venoso que a pele a partir do pé da metade da perna e pés. Eles começam a uma pigmentação dessa pele que a gente chama de dermatite ocre. Já é um grau aumentado de uma estase venosa, ou seja, já é um grau mais elevado de uma insuficiência venosa, ou seja, desse fato a gente pode classificar as varizes dos membros inferiores. Vejam que interessante, a gente tem dentro das doenças vasculares que causam dor nas pernas. Então problemas venosa os problemas arteriais e problemas dos vasos linfáticos, então, na parte neurológica digamos assim, em geral, a gente tem um problema do nervo. O nervo, ele pode tá acometido em diferentes segmentos, mas o mais comum, realmente quando a gente tem uma dor na perna é que esse problema esteja vindo da coluna. É uma compressão da raiz nervosa que é a origem do nervo lá na coluna, ela pode trazer dor, pode trazer perda de sensibilidade e perda de força e na perda de sensibilidade, um dos sintomas mais frequentes é o formigamento, dormência, mas às vezes formigamento, e eu sei também que o formigamento é um dos sintomas que aparece nas doenças vasculares, possivelmente mais na zona de origem venosa. É isso mesmo. E como é que é esse formigamento do problema venoso? Se nós formos considerar que 40% das mulheres com 40 anos de idade tem uma sobrecarga venosa, 50% das mulheres com 50 anos têm sobrecarga venosa e isto vai com o passar dos anos aumentando, então muitas vezes isso que você falou está imbricado com uma doença venosa, então a pessoa aparece com um processo venoso de evolução de uma insuficiência venosa e está ligado também ao lado neurológico. Então às vezes eles se queixam de uma dor na face lateral da coxa. Às vezes um formigamento na face lateral da perna e veja, eu falei a dor, falei formigamento, falei peso dor, é muito subjetivo, cada um descreve de uma maneira diferente. Então o que é interessante também, nós avaliarmos do ponto de vista neurológico se esses processos estão imbricado, então eu eu não costumo, embora raramente, fazer exames complementares do lado neurológico. Eu prefiro fazer um encaminhamento com a descrição dos sintomas que o paciente refere e aquilo que eu observei clinicamente. E não tenho dúvida que os pacientes quando vêm do Dr. Salvador, vêm muito bem encaminhado. Eu fico tranquilo totalmente com a parte vascular, apesar de realmente existir situações que as doenças elas estão tão juntas e como a gente falou em alguns vídeos, é muito comum o paciente com dor, seja por conta da coluna ou outro quadro de dor que impeça de movimentar ou de ter uma vida mais ativa. O paciente acaba ficando mais imóvel, se mexendo menos e isso leva a uma estase dos membros inferiores, um inchaço e muitas vezes esses pacientes têm também, associado um problema vascular, não é um problema venoso. Agora uma coisa que eu queria salientar também, é que a alteração sensitiva quando é um problema da coluna ou um problema do nervo, geralmente ela respeita o território do nervo acometido. Então se a gente tem, por exemplo, uma dormência ou formigamento que vem pela perna, pega o dorso do pé e o dedão. Isso é característico de uma raiz nervosa que sai da coluna. É muito difícil um problema vascular, ele dar esse padrão de acometimento sensitivo. Então nas doenças vasculares, a sensibilidade fica acometido de uma forma mais global, talvez mais uniforme, cometendo muitas vezes os dois membros. Não é isso?! Bom, é como você comentou dos exames complementares. Que exame complementar pode auxiliar no diagnóstico das doenças vasculares? Bom, hoje em dia o mais moderno é a ultrassonografia com efeito Doppler e que nos dá exatamente a o grau de insuficiência válvula, por isso a insuficiência válvula, que leva a uma insuficiência venosa. Porque eu não expliquei anteriormente, mas as veias são providas de válvulas. Nós temos dois sistemas venosos, o superficial e o profundo, varizes e no sistema superficial, então 85% do sangue para retorno no coração ele vem pelo sistema profundo e 15% pelo sistema superficial. E esse exame complementar a ele avalia exatamente o sistema profundo e o sistema superficial. O Dr. Salvador comentou também aqui da claudicação vascular que é um quadro clínico bem característico do paciente que tem um problema arterial nos membros inferiores e que ele precisa parar depois de um tempo por muita dor na panturrilha, não consegue caminhar. E é interessante a gente diferenciar isso da claudicação neurogênica dos membros inferiores e é uma situação que muitas vezes confunde, mas tem alguns detalhes que podem nos ajudam a diferenciar, por exemplo, muito interessante na claudicação neurogênica dos membros inferiores, o paciente que tem uma estenose de canal, ou seja, os nervos, eles estão apertados ali na coluna. Geralmente acontece no idoso com um bico de papagaio, hérnia de disco, doenças que causam esse estreitamento da coluna lombar, principalmente depois de um tempo andando. Os membros inferiores começam a ficar cansados e o paciente também precisa parar para descansar, para poder sentir os membros novamente, continuar andando. E é interessante que o paciente que tenha a doença na coluna com um simples movimento de refletir a coluna para frente esses sintomas aliviam. Então o paciente começa a perceber isso e ele começa a andar curvado ou muitas vezes o paciente nos diz que ele não tem esses sintomas para andar, mas para andar de bicicleta não, e o paciente começa a andar de bicicleta, vai pra todo lugar de bicicleta, porque na bicicleta, ele está com a coluna lombar curvada, é um movimento que abre o canal vertebral e deixa os nervos mais soltos digamos assim. E os sintomas eles melhoram. Diferente da claudicação vascular arterial dos membros inferiores, que é esse tipo de manobra não funciona, não é mesmo? E usando o paralelismo do lado da coluna, nós temos a aorta que é o grande vaso do corpo humano e se nós tivermos uma estenose do seu diâmetro, o paciente vai ter uma claudicação a nível de glúteo que é um paralelismo com aquela indicação neurológica, então ele ao andar ele apresenta uma dor no glúteo ou em ambos ou unilateralmente. Então a gente consegue ver em que território a doença está se é no território arterial ou se é no território neurológico. E o exame complementar, é também, o ultrassom com efeito Doppler a nível de aorta terminal e membros inferiores. Realmente é muito difícil para o paciente por conta própria diferenciar essas situações. Dr. Salvador comentou no começo, não deveria ser função do paciente isso. Em alguns países é o clínico geral. Ele tem um papel muito importante nessa fase para direcionar o paciente para o especialista correto. Mas a gente sabe do interesse da nossa população e da vontade do paciente entender melhor o que está acontecendo e eu espero que vocês tenham gostado do vídeo de hoje. Espero que tenha ficado um pouco mais claro essa situação e então não deixe de se inscrever no nosso canal! Dar um like no nosso vídeo e deixe seu comentário também com uma sugestão de um próximo vídeo para que a gente converse com outros especialistas. Obrigado Dr. Salvador e até o próximo! Obrigado Marcelo! Até a próxima!
Tratamento para dor nas pernas depende da causa.
A dor nas pernas pode ser devida a múltiplas causas, entre elas uma caminhada ou corrida mais vigorosa, um trauma, uma desordem de origem nos músculos das pernas ou até mesmo devido a doenças infecciosas como gripe ou leptospirose. Quando a dor é decorrente de problema nos vasos sanguíneos, aparecem alguns sintomas peculiares e dessa forma alguns cuidados devem ser tomados.
Nossos vasos sanguíneos diferenciam-se em veias e artérias: as primeiras carregam o sangue pobre em oxigênio para o coração e depois para o pulmão e as segundas levam o sangue rico em oxigênio para os tecidos e órgãos do corpo.
As doenças vasculares que acometem as artérias podem acarretar oclusão do fluxo de uma hora para outra, chamada oclusão arterial aguda. Nessa situação, pode haver uma doença já existente no vaso chamada arteriosclerose que em um dado momento solta um pedaço de material calcificado que obstrui a luz do vaso repentinamente, ou esse chamado êmbolo pode ser proveniente do coração. Além da dor intensa, as extremidades vão ficando com pouco aporte de oxigênio e nutrientes, tornando-se rapidamente frias e azuladas; o tratamento deve ser imediato. Nos eventos crônicos, para os quais a obstrução é gradativa e lenta, há dor nas pernas quando se caminha pequenas distâncias e que melhoram com o parar da caminhada, a chamada claudicação intermitente.
Quando os vasos doentes são as veias, pode ocorrer varizes visíveis e tortuosas, que doem bastante quando a pessoa permanece muito tempo em pé ou na mesma posição. Também, mesmo sem que haja varizes, pode-se haver desprendimento de material chamado trombo (que se forma em situações especiais) o que pode causar o aparecimento de dor e vermelhidão na panturrilha e aumento de volume dela. Esse trombo pode ainda se soltar (sofrendo embolização) por meio da circulação até o pulmão, fato que pode gerar o infarto pulmonar e, nesse caso, o tratamento também deve ser rápido.
Portanto, dor nas pernas pode ser sinal de uma doença vascular de grande importância. Para todas essas dores, a prevenção está em ter uma vida saudável com dieta equilibrada, atividade física diária e check-up periódico. Para quem gosta de fumar e beber, lembre-se de que essas são armas poderosas contra a saúde de nossos vasos sanguíneos. Portanto, o acompanhamento médico é essencial para descartar casos mais graves, para tratá-los ou para obter dicas de como se tornar ainda mais saudável.
Dor nas pernas e o COVID
O vídeo do Dr. Alexandre Amato aborda a relação entre a dor nas pernas e a Covid-19. Ele explica que o Covid-19 criou um contexto de confinamento, diminuição da atividade física, aumento da depressão e ansiedade, o que pode contribuir para a dor nas pernas. Além disso, o vírus pode causar trombose, tanto arterial quanto venosa, e danos nas paredes dos vasos sanguíneos, conhecidos como vasculites. Outra explicação para a dor nas pernas é a dor neuropática, onde o vírus causa uma lesão direta nos nervos, podendo ocorrer em qualquer região do corpo. Um trabalho recente mostrou que 55% das pessoas durante a infecção com o Covid vão ter dor em membros superiores e 60% das pessoas vão ter dor em membros inferiores. Durante a infecção e mesmo após, é importante relatar a dor nas pernas ao médico, especialmente se houver suspeita de trombose, para iniciar o tratamento adequado.
Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular do Instituto Amato. E hoje vou falar sobre dor nas pernas e o Covid! Então todo mundo sabe aqui que quem acompanha o canal, que eu tentei evitar falar do Covid durante toda essa pandemia, porque primeiro porque não sou infectologista e segundo que se eu fosse falar, eu queria falar de algo bem relacionado com a minha especialidade e como eu tenho recebido muitos pacientes no consultório com queixa de dor nas pernas por causa do Covid. Durante o Covid, depois do Covid, acredito que ficou bem relevante esse tema agora e também, eu não queria fazer um vídeo que fosse momentâneo. Eu queria que fosse algo mais atemporal, uma coisa que durasse por mais tempo, então a gente tinha que coletar mais dados, eu tinha que ter mais pesquisa para mostrar para vocês alguma coisa. Então eu esperei, realmente eu esperei para falar sobre esse assunto, mas esperei para trazer uma informação muito mais sólida pra vocês. Tá bom?! Então vamos falar sobre a dor nas pernas, pra chegar nisso a gente tem que entender o contexto que o Covid criou. O Covid acabou criando uma situação de confinamento, uma situação de onde aumentou a depressão, aumentou a ansiedade, diminuiu a atividade física. As pessoas que ficaram restritas a movimentação, diminuindo a atividade física, acaba tendo várias outras razões para a dor que não só o vírus em si, mas o contexto em que acabou se colocando. E mesmo quando a gente está falando do vírus em si, existem várias fases, momentos da doença e tratamentos. Obviamente quem está numa UTI por causa de um Covid e tem uma dor nas pernas. É bem diferente de uma pessoa que está em casa que tem o Covid e está com a dor nas pernas. Assim como a dor desencadeada pode ser durante a fase aguda da doença do Coronavírus ou na fase mais tardia, também vão ser contextos diferentes com tratamentos diferentes. Os sintomas mais frequentes do Covid são febre, tosse, dispneia que seria a falta de ar e a fadiga, o cansaço. Esses são os sintomas principais, mas também tem a mialgia que seria a dor muscular, dor de cabeça e também a produção de escarros. São sintomas mais superiores, sintomas respiratórios também. Agora todo mundo acompanhou que o Coronavírus, ele causa trombose. Aí sim uma causa bem vascular, então são tromboses tanto arteriais, quanto venosas. Eu falo bastante de trombose arterial nesse vídeo aqui e eu vou colocar também aqui em seguida, o meu vídeo sobre trombose venosa. Tem uma diferença entre as duas, mas a origem é uma uma situação pró coagulativa. Nosso corpo fica propenso a gerar trombos, coágulos, coagular. Então uma trombose venosa pode levar a dor e inchaço, e uma trombose arterial também pode levar a dor, mas aí por causa de isquemia, não chega sangue arterial oxigenado na extremidade, na perna, por exemplo. Existe outra causa vascular também desencadeada pelo Covid. Graças a Deus é menos frequente que são as vasculites, as vasculites são danos muito importante na parede do vaso que também pode levar a trombose arterial e a trombose venosa e normalmente tem uma evolução bem maligna. As mialgias, então as dores musculares que podem acontecer em qualquer região do corpo pode acontecer nas pernas e coxas, porque nós temos grandes grupos musculares nessa região e o Covid pode gerar a rabdomiólise que seria o dano direto no músculo com lesão da célula muscular, causando dor nessa região. Outra explicação para a dor que o vírus Covid pode causar é uma dor neuropática, o que é isso? É uma dor onde o vírus causa uma lesão direta nos nervos. As estimativas iniciais lá no começo da pandemia era que ocorriam em torno de 2 a 3 por cento de casos de dor neuropática por causa do vírus. Você já deve ter visto ou ouvido falar de uma dor neuropática por causa de vírus, uma bem comum, famosa é a Herpes Zoster, onde o vírus causa essa lesão direta no trajeto nervoso e é bem doloroso. Outros vírus também podem causar dores como o HIV, Poliovírus, Enterovirus e vários outros. Então essa lesão direta parece que ela foi subestimada, parece que ocorre muito mais frequentemente do que só esses dois a três por cento. Acredita-se que a própria infecção causa danos que também pode levar essa dor. Então essa infecção pode ocorrer em qualquer região do corpo. O vírus está lá pode trazer bastante sintoma respiratório, mas ele está em várias outras células do corpo causando essa infecção e essa infecção levando a dor. A produção de citoquinas também, as citoquinas pró inflamatórias que desencadeiam a inflamação, também é uma excelente explicação para a causa da dor e isso eu vejo uma correlação muito grande com as pacientes que têm Lipedema, por exemplo, o Lipedema é uma doença inflamatória e na hora que a gente tem um gatilho inflamatório como o Covid, pode desencadear a dor em coxas, pernas e nessa região de gordura lipedêmica. Então nesse mecanismo inflamatório, os neurônios sensitivos, eles são ativados por essas citoquinas pró inflamatórias que eu mencionei. Existe uma outra teoria que explica a dor que seria a enzima conversora da angiotensina, que é exatamente o caminho que o Covid encontra para entrar na nossa célula, é o receptor dessa enzima. Ele dá uma burlada nesse receptor e acaba entrando dentro da célula por causa dele. Pode ter um mecanismo associado à dor relacionada a essa enzima conversor da angiotensina. Agora um trabalho recente mostrou que 55% das pessoas durante a infecção com o Covid vão ter dor em membros superiores e 60% das pessoas vão ter dor em membros inferiores, durante a infecção do Covid. Agora a gente pode falar do pós Covid também, esse mesmo trabalho mostrou que 31% das pessoas após a infecção com Covid vão ter dor em membros superiores e 37% vão ter dor em membros inferiores. Então, o que a gente pode concluir? Que a dor em membros inferiores, dor nas pernas, e mesmo dor em membros superiores é extremamente comum na infecção com Covid, tanto durante, quanto depois e é muito importante e isso ser relatado para o seu médico para que seja devidamente cuidado. Agora, se você está no durante a infecção e começa a ter dor. A gente tem que lembrar daquelas outras causas que eu falei, das trombose. Então é muito importante consultar o seu cirurgião vascular, para identificar uma possível trombose cedo e iniciar o tratamento que aí não tem problema nenhum. O problema é ter uma trombose, não fazer o diagnóstico e acabar tendo as consequências maléficas dessa doença. E aí, já sabe qual é o próximo vídeo que vai assistir nosso? Eu vou deixar uma indicação aqui para você, inscreva-se no nosso canal, compartilhe com seus amigos e até o próximo!
O ideal é avaliar a possibilidade de má circulação, de doença arterial periférica com seu cirurgião vascular.
Anatomia:
Os membros inferiores são irrigados por uma complexa rede de vasos sanguíneos que incluem artérias, veias e vasos linfáticos. As artérias levam sangue oxigenado para os tecidos musculares, enquanto as veias retornam o sangue desoxigenado de volta para o coração. As artérias mais importantes dos membros inferiores incluem a artéria ilíaca, femoral, poplítea, tibial anterior e posterior, e as veias principais são a safena e as veias profundas. Problemas vasculares, como a aterosclerose ou trombose, podem afetar o fluxo sanguíneo nessas artérias e veias, o que pode causar dor, inchaço e outras complicações nos membros inferiores.
Causa:
As dores nas pernas podem ser causadas por diversos fatores, incluindo lesões arteriais ou venosas. Quando as artérias ou veias que irrigam os membros inferiores são danificadas ou comprometidas de alguma forma, pode ocorrer uma redução no fluxo sanguíneo para os músculos e tecidos, o que pode levar a dores e outros sintomas. Algumas das causas mais comuns de lesão arterial incluem a aterosclerose, que é uma acumulação de placas de gordura nas paredes das artérias, e a trombose arterial, que é a formação de um coágulo sanguíneo que bloqueia o fluxo sanguíneo. Já as lesões venosas podem ocorrer devido à insuficiência venosa crônica, que é quando as veias não conseguem transportar o sangue de volta ao coração de forma eficiente, ou à trombose venosa profunda, que é a formação de um coágulo sanguíneo em uma veia profunda. É importante diagnosticar e tratar essas condições adequadamente para prevenir complicações mais graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Complicações possíveis:
As dores nas pernas de origem vascular podem levar a diversas complicações se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente. Uma das complicações mais graves é a embolia, que ocorre quando um coágulo sanguíneo se solta de uma veia ou artéria e viaja pela corrente sanguínea, podendo causar bloqueios em vasos menores. A isquemia é outra complicação que pode ocorrer devido à diminuição do fluxo sanguíneo, o que pode levar à falta de oxigênio e nutrientes nos tecidos musculares, podendo causar dor, formigamento, fraqueza muscular e outros sintomas. Em casos graves, a isquemia prolongada pode levar à necrose tecidual, que é a morte do tecido muscular afetado, o que pode levar a amputações ou outras sequelas graves. É importante que os pacientes que apresentam dores nas pernas de origem vascular busquem atendimento médico imediatamente para evitar complicações e garantir um tratamento adequado.
Tratamentos possíveis:
Os tratamentos para dores nas pernas de origem vascular podem variar de acordo com a causa subjacente e a gravidade da condição. Algumas opções de tratamento incluem a angioplastia, que é um procedimento minimamente invasivo que utiliza um balão para desobstruir artérias estreitadas ou bloqueadas, a anticoagulação, que é o uso de medicamentos para prevenir a formação de coágulos sanguíneos, a cirurgia vascular, que pode ser necessária para remover placas de gordura das artérias ou reparar veias danificadas, o tratamento clínico para a insuficiência venosa crônica, que inclui medidas como compressão elástica e elevação das pernas, e a analgesia, que pode ser prescrita para aliviar a dor. O tratamento mais indicado dependerá do diagnóstico e da avaliação clínica realizada pelo médico. É importante que o paciente siga as recomendações do profissional de saúde e faça um acompanhamento regular para garantir uma boa evolução do quadro clínico.
Diagnóstico diferencial:
O diagnóstico diferencial é importante na avaliação de dores nas pernas, uma vez que diversas condições podem apresentar sintomas semelhantes. Alguns dos diagnósticos diferenciais incluem a trombose venosa profunda, que é a formação de um coágulo sanguíneo em uma veia profunda, a dor muscular, que pode ser causada por lesões ou tensões musculares, a dor óssea, que pode estar relacionada a fraturas ou outras condições ósseas, e a dor na articulação, que pode ser causada por artrite ou outras doenças articulares. Para realizar o diagnóstico diferencial, o médico pode solicitar exames complementares, como ultrassom Doppler para detectar a presença de coágulos sanguíneos ou radiografias para avaliar as estruturas ósseas e articulares. A avaliação clínica do paciente, incluindo a anamnese e o exame físico, também é importante para diferenciar as causas possíveis de dores nas pernas. O diagnóstico diferencial adequado é essencial para garantir que o tratamento seja direcionado à causa correta da dor nas pernas.
Fatores de risco:
Existem alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver dores nas pernas de origem vascular. Um desses fatores é a idade, já que o envelhecimento naturalmente leva a mudanças nas artérias e veias, tornando-as mais propensas a desenvolver doenças vasculares. Além disso, o tabagismo é um fator de risco significativo para a doença vascular, pois as substâncias químicas presentes no cigarro podem danificar as paredes das artérias e veias, além de promover a formação de coágulos sanguíneos. Outros fatores de risco incluem hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, obesidade, sedentarismo e histórico familiar de doenças vasculares. É importante que os indivíduos que apresentam fatores de risco busquem orientação médica e adotem hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física e a adoção de uma dieta equilibrada, para prevenir o desenvolvimento de doenças vasculares e reduzir o risco de dores nas pernas.
Sinais ou sintomas:
Os sintomas mais comuns de dores nas pernas de origem vascular incluem dor, peso e cansaço nas pernas, que podem ser agudos ou crônicos. A dor pode variar em intensidade e localização, sendo mais comum nas panturrilhas, coxas ou pés. O peso nas pernas é descrito como uma sensação de fadiga ou desconforto, que pode ser mais perceptível após atividades físicas ou períodos prolongados em pé ou sentado. O cansaço nas pernas também pode ser um sintoma presente em pacientes com problemas vasculares, sendo descrito como uma sensação de fraqueza ou falta de energia nas pernas. Além disso, em casos mais graves, os pacientes podem apresentar outros sintomas, como inchaço, alterações na coloração da pele e ulcerações, que podem indicar a presença de doenças vasculares mais avançadas. É importante que os pacientes fiquem atentos a qualquer sintoma incomum nas pernas e busquem avaliação médica caso apresentem dores persistentes ou sinais de complicações.
Código:
M79.6